A Resenha Movimentos Sociais
Por: Samara Batista • 5/2/2019 • Resenha • 1.934 Palavras (8 Páginas) • 318 Visualizações
Disciplina: Movimentos Sociais Data: 12/08/2018
Discente: Samara Batista Ferreira Docente: Artur Candido Barbosa Silva
Relatórios dos Seminários
Tema do Seminário 1: Religiões e Movimentos Sociais | Data: 16/07/2018 |
Grupo organizador: Ludymilla e Evellyn | |
Palestrante: Jaqueline Vilas Boas Talga | |
Descrição: Na palestra sobre Religiões e Movimentos Sociais, articulada pela palestrante Jaqueline Vilas Boas Talga, foram discutidas e explanadas alguns movimentos sociais ligados às religiões, que são eles: Terra sem males (século XV e XVI); Organizações negras (irmandades, terreiros, quilombos); Canudos – Ceará (1893 – 1897); Comissão Indigenista Missionaria – CIMI (1972) e a Comissão Pastoral da Terra – CPT (1975). Na palestra foi explicado o que seria cada movimento social, sendo eles: Canudos – Ceará (1893 – 1897) que teve como líder Antônio Conselheiro (1830 – 1897), seno um movimento messiânico que aglutinou várias pessoas que vivem em situação de miséria. Eles construíram uma cidade que vivia em regime de comunhão de maneira autônoma em relação à Federação. A guerra de Canudos foi de 1896 a 1897, com a alegação por parte do governo de que se tratava de um movimento pró monarquia. Comissão Indigenista Missionaria – CIMI (1972), que foi criado = em 1972, no auge da Ditadura Militar, quando o Estado brasileiro adotava como centrais os grandes projetos de infraestrutura e assumia abertamente a integração dos povos indígenas à sociedade majoritária como perspectiva única, o Cimi procurou favorecer a articulação entre aldeias e povos, promovendo as grandes assembleias indígenas, onde se desenharam os primeiros contornos da luta pela garantia do direito à diversidade cultural. Em sua prática junto aos povos indígenas, o Cimi assume como objetivo geral: Testemunhar e anunciar profeticamente a Boa-Nova do Reino, a serviço dos projetos de vida dos povos indígenas, denunciando as estruturas de dominação, violência e injustiça, praticando o diálogo intercultural, inter-religioso e ecumênico, apoiando as alianças desses povos entre si e com os setores populares para a construção de um mundo para todos, igualitário, democrático, pluricultural e em harmonia coma natureza, a caminho do reino definitivo. A Comissão Pastoral da Terra – CPT (1975) nasceu em junho de 1975, durante o Encontro de Bispos e Prelados da Amazônia, convocado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado em Goiânia (GO). Foi fundada em plena ditadura militar, como resposta à grave situação vivida pelos trabalhadores rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia, explorados em seu trabalho, submetidos a condições análogas ao trabalho escravo e expulsos das terras que ocupavam. A CPT foi criada para ser um serviço à causa dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e de ser um suporte para a sua organização. O homem e a mulher do campo são os que definem os rumos a seguir, seus objetivos e metas. Eles e elas são os protagonistas de sua própria história. A CPT os acompanha, não cegamente, mas com espírito crítico. Além disso, foram abordadas as organizações negras, as irmandades que são organizações de ajuda mutuas ligadas a Igreja Católica, os terreiros que são organizações de religiosidades de matrizes africanas de culto aos ancestrais e sobre os quilombos, que são organizações de negras que buscavam viver em liberdade, em contraste com o regime escravagista vigente, essas organizações passaram por mudanças mas, continuam a ser locais de resistência negra. | |
Análise crítica (fundamentada/ABNT): Segundo Gramsci (1972), cada grupo social, ao nascer no terreno originário de uma função essencial no mundo da produção econômica, se cria, conjunta e organicamente, um ou mais segmentos de intelectuais que lhe dão homogeneidade e consciência da própria função, não somente no campo econômico, mas também no social e no político. Sofiati (2009), também entende que Karl Marx apresenta também a religião como uma instituição portadora das contradições que perpassam a sociedade de classe, ora como força revolucionária, ora como expressão da alienação das massas. Nesse sentido, a religiosidade não é opcional e independe de vínculos institucionais, podendo, ainda, nutrir cidadãos para conquista sociais, de acordo com Benjamim (1987). | |
Referência (ABNT): Conselho Indigenista Missionário. Disponível em: Comissão Pastoral da Terra. Disponível em: Paulo Freire fala de Socialismo e Teologia da Libertação. 6:22 minutos. Disponível em: Massacre do Paralelo 11 extermina 3.500 índios. Disponível em:
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Tema do Seminário 2: Feminismo, mulheres e gênero: apontamentos e conceitos. | Data: 30/07/2018 |
Grupo organizador: Alessandra e Larah. | |
Palestrante: Paulo Brito do Prado. | |
Descrição: Na palestra sobre Feminismo, mulheres e gênero: apontamentos e conceitos, articulada pelo palestrante Paulo Brito do Prado foram discutidos vários tópicos dentro do tema, começando sobre a história sobre a luta das mulheres para existir na narrativa, sendo o feminismo um movimento social, em primeiro momento, de mulheres que lutavam por direitos políticos (o voto) e por reconhecimento de sua cidadania. Elas desejavam ser social e juridicamente iguais aos homens. O feminismo ao longo de sua marcha pluralizou-se. Por ser atravessado por gênero, novas demandas apareceram, novas agentes se apropriaram de suas agendas e outros conceitos passaram a atravessá-lo. A multiplicidade e o reconhecimento de diferenças fez com que questões de classe, raça, identidade, geração e região se interseccionassem ao movimento. Hoje é comum falar em feminismos. Não se restringindo somente aos movimentos organizados que se autodenominavam feministas, mas femininas consideram-se os movimentos que lutam pelas práticas sociais, culturais, políticas e linguísticas, atuando no sentido de libertar as mulheres de uma cultura misógina e da imposição que o machismo perpetua nas sociedades. Na palestra também foi discutido sobre o gênero, que enquanto categoria de análise histórica, opera construindo corpos sexuados e que se faz necessário discutir e entender a categoria “gênero” como potencial ferramenta de ação para identidades de gênero subalternizadas e violentadas por um modelo universal de sujeito: o homem, branco, heterossexual, macho/viril e de segmento social abastado, que entre os anos de 1960 a 1990, os movimentos LGBTs e que junto aos movimentos de mulheres ampliaram as fronteiras do gênero. | |
Análise crítica (fundamentada/ABNT): A segunda metade do século passado foi marcada por um dos mais expressivos movimentos sociais, a luta feminista. A busca da emancipação da mulher variou enormemente segundo cada país e as particularidades que caracterizaram seus fatos históricos, além disso, tudo aquilo que as acompanhavam. Na luta das mulheres para existir na narrativa, na questão dos direitos políticos das mulheres, aludindo à realidade da relação gênero e política, com essa referência, foram enfocadas as interpelações democráticas voltadas a eliminar as barreiras à concretização daqueles direitos. Na medida em que as mulheres questionam os princípios da democracia moderna e as deficiências de seus direitos políticos, abriu-se um amplo campo de ação política, questões de classe, raça, identidade, geração e região. Segundo Margareth Rago (2013), nesse sentido, vale dizer, considero os feminismos como linguagens que não se restringem aos movimentos organizados que se autodenominavam feministas, mas que se referem a práticas sociais, culturais, políticas e linguísticas, que atuam no sentido de libertar as mulheres de uma cultura misógina e da imposição de um modo de ser ditado pela lógica masculina nos marcos da heterossexualidade compulsória. | |
Referência (ABNT): RAGO, Margareth. Feminizar é preciso, ou por uma cultura filógina. Revista São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), v. 15, n.º 03, 2001.
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