A Sociedade Líquida
Por: Iasmyn Fernandes • 16/5/2018 • Resenha • 754 Palavras (4 Páginas) • 313 Visualizações
FICHA DE LEITURA
Referência completa: BAUMAN, Zygmunt. A sociedade líquida: entrevista. Caderno Mais! Entrevista concedida a Maria Lúcia Garcia - Pallares-Burke. Folha de S. Paulo, 19.10.2003 Palavras-chave: Modernidade líquida, condição humana, pós-modernismo, pós-modernidade. |
Ideias principais do texto: O texto apresenta uma entrevista com Zygmunt Baumam, um dos líderes da chamada "sociologia humanística". Nascido na Posnânia, Baumam, tenta entender a heterogeneidade da vida humana diante das condições do mundo da modernidade líquida. Seus temas são diversos e salientam a vida cotidiana dos cidadãos comuns, no que fala à condição humana. Sempre interroga a ação dos governos neoliberais que fortificam os ideais de mercado e paralelamente não promovem a justiça social. Durante toda a entrevista é questionado sobre citações que fez durante sua trajetória. Inicialmente, faz uma diferenciação entre os termos “pós-modernidade” e “pós-modernismo”, já que, é descrito como um “profeta da pós-modernidade”. Fala que pós-modernidade para ele é modernidade sem ilusões, antagonista da sociedade moderna anterior, denominada modernidade sólida. Para ele ser um pós-modernista significa “ter uma ideologia, uma percepção do mundo, uma determinada hierarquia de valores que, entre outras coisas, [..], assume que todos os tipos de vida humana se equivalem” (pag. 3). Mas, que sempre teve curiosidade na sociologia da pós-modernidade: “meu tema tem sempre sido compreender esse tipo curioso e em muitos sentidos misterioso de sociedade que vem surgindo ao nosso redor” (pag. 3). Baumam, fala que a sociedade moderna está em constante mudança, que dificilmente algo se torna um costume, hábito e verdades, já que, estamos vivendo em constante flexibilidade e liquidez. Ele enxerga que essa mudança rápida afeta os “aspectos da vida humana” e queria compreender as consequências dessa fluidez para o indivíduo. Em seguida, expõe sobre os riscos da pós- modernidade comparando com os da modernidade sólida. Fala que toda sociedade tem os problemas e as dificuldades de sua época, que a diferença está hoje nos riscos não palpáveis que vivemos hoje: “Não podemos, por exemplo, cheirar, ouvir, ver ou tocar as condições climáticas que gradativamente, mas sem trégua, estão se deteriorando” (pag. 4). E que hoje em dia, na tentativa de solucionar o perigo, podemos desviar das verdadeiras fontes que causam o problema. Quando questionado sobre o marxismo e esse ainda se considerava um socialista, fala não ter abandonado ambos, já que, acredita que uma sociedade de ser testada pelo critério da justiça que regulamenta a coletividade humana. Questionado se foi desviado para sociologia deixando temporariamente de ser filósofo devido às condições da Polônia, ele afirma que seria uma reconstrução justa, porém, que não era um filósofo profissional antes de ter ido p sociologia. Menciona a missão da sociologia em sua convicção como sendo ciência da sociedade, o que pode causar estranhamento ao leitor que ouve atualmente que “devemos buscar soluções individuais para problemas produzidos socialmente e sofridos coletivamente” (pag. 7). Em seguida fala da sensação de ter vivenciado as universidades na Polônia na “idade áurea” em que todas as visões de mundo se encontravam e lutavam por uma sociedade melhor. Que hoje, apesar de vivemos uma academia completa ou quase completa, não expandimos a importância do trabalho de cada um para fora dos muros da academia e assim, deixamos o mundo como ele é. Acredita que as universidades podem tentar colocar fim aos pensamentos livres, mas jamais irão colocar fim a curiosidade humana. Fala que nunca uma cultura deve se ajustar a outra, mas sim, oferecer algo novo para que ambas enriqueçam. É questionado como os romances podem ensinar sobre a sociedade e a condição humana. Responde, que a sociologia nunca foi superior as outras formas de narrativas. Por fim, fala que sempre enfatiza a necessidade de todos nós “questionarmos ostensivamente as premissas de nosso modo de vida” e que se ele desse as respostas a esses questionamentos seria colocar um ponto final em algo que poderia ser mudado de acordo com a experiências vividas de cada um. |
Opinião acerca do texto: O texto tem relevância singular, já que, expõe sobre questionamentos vivenciados pela sociedade atual. Nessa era da globalização e capitalista, em que, o individualismo tem tomado conta das relações a importância do coletivo tem sido esquecida, assim como, a luta pelos ideais de uma sociedade igualitária e honesta. Como esses pontos são levantados no texto, ele desperta no leitor um olhar crítico a respeito das consequências da sociedade moderna. . .
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