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A realidade social para os liberais e neoliberais

Por:   •  20/11/2018  •  Resenha  •  455 Palavras (2 Páginas)  •  97 Visualizações

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A realidade social para os liberais e neoliberais,se constitui a partir da premissa que é um conjunto de indivíduos organizados por interesses próprios em relações voluntárias, uma realidade equilibrada regulada pela mão invisível do mercado, entendendo mercado como conjunto de relações mediadas por seres humanos livres e iguais em todos os âmbitos, sendo assim, responsáveis pelo bem estar.

Parte-se da premissa de que a liberdade econômica gera liberdade política e que o inverso é impossível, sem refletir sobre o acúmulo econômico que se materializam nos grandes monopólios, que logo também monopolizam a atividade política, acúmulo econômico esse que é uma lei geral e inevitável das relações sociais na ordem societária do capital.

Para Friedman, no modo de produção capitalista a liberdade é realizada em duas dimensões, liberdade política e liberdade econômica na qual uma não existe sem a outra e se uma não acontece a outra também é restrita.

A liberdade política é a ausência de coerção sobre um homem por parte dos seus semelhantes e a liberdade econômica se dá pela livre transação econômica bilateralmente organizada e voluntária, onde a troca  acontece sem coerção. Desse modo, a teoria liberal considera a propriedade privada a base da liberdade individual, de acordo com o autor liberdades individuais só serão atendidas e reguladas por um sistema de mercado e coloca-se contrário a qualquer organização coletiva, critica a tendência ao coletivismo, pois acredita que essas destroem a liberdade dos sujeitos. Logo que a liberdade econômica (o direito à propriedade privada) é estabelecido, se estabelece também a liberdade política.

A essência desse pensamento é a crença na dignidade do indivíduo, usando ao máximo  suas capacidades e oportunidades de acordo com suas próprias escolhas materializando a  liberdade, cabe ao  sujeito somente a obrigação de não interferir na liberdade de outros indivíduos. Em vista disso, o economista define que liberdade política significa ausência de coerção sobre um homem por parte de seus semelhantes e evidencia que “a relação entre liberdade política e econômica é complexa e de modo algum unilateral (FRIEDMAN, 1962, p. 18)”, sendo a liberdade econômica um instrumento para a liberdade política.

A ameaça fundamental à liberdade consiste no poder de coagir, esteja ele nas mãos de um monarca, de um ditador, de uma oligarquia ou de uma maioria momentânea. Friedman (1962) pondera que a preservação da liberdade requer a maior eliminação possível de tal concentração de poder e a dispersão e distribuição de todo o poder que não puder ser eliminado. Defende a ideia de um sistema de controle e equilíbrio, pois, ao remover a organização da atividade econômica do controle da autoridade política, o mercado elimina essa fonte de poder coercitivo, permitindo que a força econômica se constitua num controle do poder político, então num reforço.

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