ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR: CARACTERÍSTICAS DAS PUBLICAÇÕES EM PERIÓDICOS NACIONAIS
Por: Franzinha1890 • 20/5/2020 • Projeto de pesquisa • 6.407 Palavras (26 Páginas) • 162 Visualizações
RELATÓRIO FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
NOME DA ALUNA: Franciele Floriano ORIENTADOR: Prof. Willson Gerigk
REFERENTE AO PERÍODO: 01/08/2017 até 31/07/2018
TÍTULO: Administração Hospitalar: características das publicações em periódicos nacionais
RESUMO: A presente pesquisa analisou as características das publicações em periódicos nacionais sobre o tema Administração Hospitalar, entre os anos de 2011 a 2016. A metodologia desenvolveu-se por meio de pesquisa bibliográfica e documental, com o emprego de análise descritiva e procedimentos quantitativos, além de se caracterizar como um estudo bibliométrico. A amostra constituiu-se de 41 artigos, filtrados com termos definidos na metodologia, retirados dos periódicos classificados, pelo Qualis/Capes 2015, como A1, A2 e B1, da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo. Os resultados indicaram que, o ano de 2014 foi o com maior quantidade de trabalhos; houve predominância do gênero feminino nos escritos; os artigos, em sua maioria, tiveram a formação de autoria e coautoria; as abordagens mais usadas pelos autores foram quantitativa e qualitativa; a instituição de ensino mais prolixa foi a Universidade de São Paulo, seguida da Fundação Oswaldo Cruz. O periódico de referência foi a revista Caderno de Saúde Pública, aplicado os preceitos da Lei de Bradford. A análise bibliométrica, utilizando a Lei de Lotka, revelou que o número de autores com uma única publicação é maior do que o indicado pela teoria – 88%. As palavras de maior frequência nos artigos analisados, Lei de Zipf, foram: saúde, hospitalar, público, serviço, hospital e gestão.
PALAVRAS-CHAVE: Administração hospitalar; Bibliometria; Periódicos brasileiros.
- – INTRODUÇÃO
A presente pesquisa tem como tema de estudo a administração hospitalar, o intuito foi aprofundar o conhecimento sobre essa temática em relação às publicações em períodos nacionais, no período de 2011 a 2016, utilizando técnicas bibliométricas.
Para a Organização Mundial de Saúde - OMS (1957) um hospital é parte integrante de um sistema médico e social, cuja função consiste em proporcionar assistência médica, tanto preventiva como curativa, envolvendo serviços extensivos às famílias, e ainda, funciona como um centro de treinamento para formação de médicos e de pesquisa biossocial.
As funções que podem ser desenvolvidas nos hospitais, de acordo com a OMS (1957), são:
- Função restaurativas: diagnósticos, tratamento, reabilitação e emergência;
- Função de prevenção: supervisão da gravidez e supervisão do crescimento e desenvolvimento normal da criança e do adolescente, controle das doenças transmissíveis, prevenção das doenças de longa duração. Prevenção da invalidez física e mental, educação sanitária e saúde ocupacional;
- Função de ensino, educação e pesquisa: ensino prático dos profissionais de
medicina, enfermagem, serviço social, etc., formação de pós-graduação e especialistas, aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e doença, atividades hospitalares, técnicas e administrativas.
Os hospitais possuem diversas funções, uma delas é a administrativa, segundo Berwick (1994) é de fundamental importância que alguns programas sejam colocados em prática nos processos de administração hospitalar, para que os serviços prestados alcancem os níveis de qualidade esperados. Para atingir esses objetivos, os processos devem envolver todas as áreas da organização, como os setores administrativos (faturamento, contas médicas, almoxarifado), os serviços de apoio logístico (lavanderia, transporte), entre outros.
Berwick (1994) também afirma sobre essas funções são de suma importância, visto que “[...] impedem que os setores operacionais finalistícos desperdicem seu tempo na resolução de problemas administrativos, que não é seu foco de trabalho, e se concentrem nas suas funções com melhores resultados”.
Para Chiavenato (2003) a tarefa de administração é o processo de: planejar, organizar, dirigir e controlar qualquer organização, a fim de alcançar objetivos. A administração hospitalar, segundo Fontinele Junior (2002), assim como qualquer outro tipo de administração, visa em regra geral, coordenar e normalizar o meio laboral e institucional, nesse caso, um hospital.
No Brasil, as organizações hospitalares vêm promovendo as mudanças necessárias para o desenvolvimento da função de prestação de serviços à sociedade e para contribuindo na implementação das políticas de saúde definidas na Constituição Federal (CF) de 1988 (ARRETCHE, 2003).
A maior parte da literatura sobre a gestão dos hospitais é feita a partir do referencial funcionalista do campo da Administração Hospitalar. O hospital, como qualquer outro equipamento de saúde, necessita de trabalhadores formados para a sua gestão e para a atenção ao mesmo (FEUERWERKER, CECÍLIO, 2007).
Feuerwerker e Cecílio (2007) ainda afirmam que:
De acordo com esse referencial, o hospital funcionaria como um verdadeiro sistema, ou melhor, um subsistema dentro do sistema social mais amplo. Este subsistema consome insumos (humanos, materiais, tecnológicos, financeiros) para desenvolver certos processos internos que resultam em determinados produtos/serviços para seus clientes.
Para Colauto e Beuren (2003), o sucesso da administração hospitalar reside no melhor aproveitamento racional dos recursos estruturais, humanos e de clientes, requerendo para tal, que cada estratégia operacional seja direcionada no sentido da consecução dos objetivos institucionais da organização.
Considerando a importância que as unidades hospitalares têm no ambiente social e que, geralmente, essas organizações recebem tanto recursos públicos como da sociedade em geral para manter suas atividades, o estudo objetiva mapear as publicações científicas que tiveram como tema a administração hospitalar, para tanto se valeu de técnicas bibliométricas.
A ciência possui maneiras para identificar quais são os pesquisadores e os estudos de maior relevância a cerca de um determinado tema, uma forma é por meio da Bibliometria. Para Anderson, Daim e Kim (2008), a bibliometria pode ajudar outros pesquisadores na elaboração de previsões e apoio nas tomadas de decisão em razão de explorar, organizar e analisar grandes quantidades de dados históricos. Ela pode contribuir também para recuperar informações e produzir conhecimento.
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