Moviementos agrarios
Por: Kelcy Sousa • 14/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.386 Palavras (10 Páginas) • 139 Visualizações
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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
ACADÊMICAS: ISABEL CRISTINA, ALAIDES CARDOSO, LARA RACHEL, VINÍCIOS, SILVÂNIA, DEYSE, SHEILA HERMINIO ( falta completar os nomes)
Movimentos Sociais: Canudos, Balaiada e Formoso
PALMAS-TO
MARÇO DE 2015
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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
1. Movimentos Sociais: Canudos
Dados da história, século XVIII, enumeram 25 mil pessoas mortas que moravam em Belo Monte. O exército brasileiro contabilizou mais de dois mil envolvidos entre mortos, feridos e os que desertaram ao comando e fugiram.
A história do movimento social da guerra de Canudos é marcada pela grande presença de um dos maiores líderes do Brasil, Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro. A guerra de Canudos marca a transição entre a queda da monarquia e a instalação do regime republicano no país.
Região caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social. O governo republicano instaurado na época necessitava de capital para se manter e a forte presença no sertão para a cobrança de impostos impulsionaram ainda mais a pobreza e a misérias dos sertanejo do interior da Bahia. Ex- escravos, marginalizados e sem acesso à terra e oportunidades de emprego vagavam junto a Antônio Conselheiro com a esperança de que ele poderia livra-los da miséria e opressão.
1.2 Quem foi Antônio Conselheiro
Conselheiro nasceu em Quixeramobim, Ceará, em uma família de classe média e teve contato com uma educação privilegiada e contato com português, geografia, outras línguas. Casou-se com uma prima e com a morte do pai assumiu a responsabilidade de cuidar dos negócios e exerceu funções jurídicas em Campo Grande e Ipu. Pai de um filho, nascido após sua separação e envolvimento com uma escultora, Antônio Conselheiro optou por deixar os laços familiares e seguir vagueando pelo sertão onde começou a construir igrejas, cemitérios, assume uma identidade marcada pela longa barba grisalha, sandálias de couro e a tão marcante bata azul.
Sua principal característica era a inquietude tanto com os problemas pessoas quanto pelas questões socioeconômicas que permeavam o sertão. Em suas andanças, Antônio Conselheiro pregava a liberdade da opressão, um cristianismo primitivo, livramento das injustiça, quebra dos laços com os poderosos e coragem para lutar contra as mazelas vivenciadas pela povo do sertão, de acordo com os ditos religiosos. É nesta fase que Conselheiro consegue atrair uma numerosa quantidade de seguidores. Fiéis que acreditavam em seus conselhos e que também lutavam pelo livramento das questões sociais de miséria de miséria do sertão. Ser líder de inúmeros seguidores e ir contra o sistema dominante adotado na época gerou grande insatisfação dos setores dominantes que viam Antônio Conselheiro como uma grande ameaça. Preso pela primeiro vez em 1876, acusado de assassinar a esposa e sua sogra, Conselheiro foi mandado para o Ceará e solto meses depois.
Neste período o número de seguidores crescia a cada dia e após sua libertação, Antônio segue para o interior da Bahia, fundando em 1893, a comunidade Belo Monte que recebeu o nome de Canudos e que tinha como meta sensibilizar ainda mais seguidores para a luta contra a opressão, o que chamou mais ainda a atenção dos poderosos da época que se sentiam ameaçados com o poder de persuasão de Antônio Conselheiro e o crescente número de adeptos as orientações do líder de Canudos.
1.3 Os ataques
É neste dado momento da história que a classe dominante da início aos ataques aos habitantes de Canudos e seguidores de Conselheiro, alegando que eles era praticantes da heresia e depravação, além de sérias acusações de favorecimento da monarquia e arquitetação de um plano para derrubar o governo republicano, já instalado no Brasil, em meados de 1889.
O governo para manter sua hegemonia e exterminar qualquer ameaça a liderança vigente, quatro ataques a Canudos foram impetrados, mais para surpresa dos dominantes, bravamente, a comunidade resistiu aos militares.
Em 1896, exatamente 24 de novembro, e estourada a primeira intervenção militar. Os militares após esperar dias em campana sob a suspeita que os seguidores de Conselheiros iriam atacar e recuperar uma remessa de madeira interditada pelo Governo republicano, foram surpreendidos e quatro horas depois de guerrilha, os seguidores de Antônio se retiraram da área de combate e deixam para traz um cenário de horror. As tropas do Governo enfraquecidas também recolhem as armas e se registra um saldo de 10 mortos e 17 feridos.
A segunda investida acontece em janeiro de 1897, os oficiais do exército enfrentam os moradores de Canudos que estavam bastecidos das armas deixadas no confronto anterior ou que foram tomadas das tropas. A terceira expedição em março de 1987, é marcada pelo reconhecimento do Governo da ameaça monarquista em que Conselheiro era acusado e a república assume oficialmente a investida, comanda pelo Coronel Antônio Moreira César.
Em abril de 1987, metralhadoras e canhões foram as armas do governo para assassinar os seguidores de Antônio Conselheiro que não conseguiram resistir ao poder de fogo, e na última investida militar, a comunidade de Canudos foi reduzida a poucos homens e mulheres idosos, crianças, já que os mais moços foram para o embate e o massacre de Canudos se consolida.
De acordo os relatos da história, Antônio Conselheiro já estava debilitado à época da último combate e foi encontrado morto, onde teve sua cabeça decepada e colocada à disposição do governo republicado para que seu cérebro fosse estudado afim de se entender quem era, porque e como funcionava a mente do grande líder de Canudos.
A Guerra de Canudos durou apenas 1 anos, entre 1896 e 1897, e teve toda sua comunidade exterminada pelas tropas do Governo republicano. Logo após a guerra inúmeras publicações relatam os acontecidos em Canudos, entre elas: Canudos, história em versos, 1898, do poeta Manuel Pedro das Dores Bombinho, que participou como militar da Quarta Expedição contra o arraial; Descrição de uma Viagem a Canudos, 1899, de Alvim Martins Horcades; Libelo republicano, publicado em 1899 por Wolsey (pseudônimo de César Zama); Bahia: Typ. e Encadernação do “Diário da Bahia”, 1899; O Rei dos Jagunços, 1899, de Manoel Benício; A Guerra de Canudos, 1902, do tenente Henrique Duque-Estrada de Macedo Soares; Os Sertões, 1902, de Euclides da Cunha, que passou três semanas no local do conflito como correspondente do jornal O Estado de São Paulo. Este último uma das mais importantes publicações sobre a Guerra de Canudos.
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