O GRANDE DESAFIO DO ENSINO NA GRADUAÇÃO
Por: impactsystem • 22/8/2020 • Monografia • 3.516 Palavras (15 Páginas) • 165 Visualizações
O GRANDE DESAFIO DO ENSINO NA GRADUAÇÃO
ALUNO: ANDERSON DONISETI DE ARAUJO
CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCENCIA DO ENSINO SUPERIOR
UNIDADE: FACULDADE ANHANGUERA DE JACAREI
ORIENTADOR: ANDERSON LUIS VENÂCIO
RESUMO
Falaremos aqui acerca da graduação e sobre a educação continuada no Brasil. Hoje tem-se a Educação Continuada para as nossas crianças e jovens. Oque está acontecendo de fato? Alguém está medindo este resultado? Como está chegando na faculdade estes jovens que estão seguindo o programa do Governo? O que pensam alguns professores com 1 e 30 anos de experiência em educação? Qual o papel do educador hoje na educação, especialmente na graduação? E o papel das IES? O que podemos e devemos fazer? Falaremos aqui do despreparo dos alunos entrantes na graduação.
Palavras-Chave: educação continuada; educação; graduação; educação de adultos
1. INTRODUÇÃO
A finalidade deste trabalho é estudar a uma questão latente na sociedade contemporânea que é o despreparo dos alunos na graduação.
Que está mais acessível a entrada de todas as pessoas na graduação nos últimos anos não é segredo para ninguém. Quase que podemos falar: não faz faculdade hoje em dia quem não quer! “ PROUNI, FIES, financiamento próprio das universidades privadas, bolsas de estudo, cotas, etc... podemos seguramente dizer que a pessoa não se gradua hoje porque não quer.
Entretanto, estamos enfrentando uma problemática muito séria: o despreparo dos ingressantes na sala de aula das faculdades está muito grande. Alunos iniciantes de engenharia que não sabem o básico de matemática, alunos de direito que não sabem o básico de português, muitas vezes analfabetos funcionais.
Uma das questões a serem consideradas é devido a politica de educação publica existente no pais. Este problema tem se agravado nas salas de aula das graduações, alunos de engenharia que não conseguem resolver uma equação de primeiro ou segundo grau, alunos de direito que não conseguem ler e interpretar um texto, aliás, a interpretação de texto prejudica em qualquer sala de aula de qualquer curso e um dos motivos muito claro, é a Educação Continuada.
Se por um lado é fácil ou possível a todos o ingresso na graduação, por outro, enfrentamos os alunos que vêm de um sistema falido de ensino.
2. A EDUCAÇÃO CONTINUADA
A problemática levantada aqui neste trabalho é a mesma, diferenciado apenas na área de dificuldade dos egressos entrantes que por exemplo para os cursos de Engenharia é a matemática básica, já para os alunos de Direito seria a interpretação e leitura de texto.
A situação torna-se mais crítica ainda para alunos provenientes de escola pública, conhecidos por outros autores como analfabetos funcionais.
São chamados de analfabetos funcionais os indivíduos que, embora saibam reconhecer letras e números, são incapazes de compreender textos simples, bem como realizar operações matemáticas mais elaboradas. No Brasil, conforme pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro, 50% dos entrevistados declararam não ler livros por não conseguirem compreender seu conteúdo, embora sejam tecnicamente alfabetizados. Outra pesquisa, realizada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa, revelou dados da oitava edição do Indicador de Analfabetismo Funcional, o Inaf, cujos resultados são alarmantes. (CASTRO, 2016)
A outra grande questão é o que fazermos com este aluno, pois não podemos simplesmente deixá-los de lado. Uma pelo fato de excluí-lo, ao passo que devemos incluí-lo, e outro é por fazermos parte de uma instituição privada com fins lucrativos.
Nesta etapa deve entrar o carisma e competência de cada educador, pois estes alunos dependem de nosso esforço em faze-los entender e conseguir dar andamento ao curso.
Imagem: formação continuada
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/a-importancia-formacao-continua.htm
E por ultimo devemos nos preocupar com a qualidade que estes alunos estão se formando e isto também tem ligação direta com nosso profissionalismo, pois no final das contas todos estes alunos falarão os seu nome como professor dele na graduação.
Então estamos falando seguramente de uma preocupação também com nossa classe de professores.
2.1. A OUTRA FACE DO PROBLEMA
Na verdade, quando falamos sobre este tipo de problema, fica muito difícil para os administradores de faculdades privadas, que dependem de resultados, pensar somente no lado acadêmico, pois na verdade o que sustenta a faculdade são os alunos, não é verdade? Se o professor apertar demais no ensino e os alunos evadirem? O que fazer se o número de evasão aumenta significativamente?
Outra questão a ser adicionada nas ponderações, é o fato de muitos alunos estudarem a noite porque trabalham durante o dia, já que para elevar o nível daqueles que estão muito baixos, estes devem estudar mais que os outros, extraclasse, mas quando? Como estudar em horário extra, se eles trabalham as vezes 10 ou 12 horas por dia, tem família, filhos, problemas com dinheiro, etc.
Por outro lado, não podemos limitar o crescimento da turma toda pelo menor limite, ou seja, não podemos limitar a sala de aula pelo menor padrão existente, pois certamente desanimaria a outra parte da sala.
Estamos falando de, talvez, um dos maiores desafios para as IES (Instituição de Ensino Superior), especialmente para com os calouros.
Será que os alunos estão conseguindo acompanhar o ensino mínimo de cada graduação?
Será o número baixo de alunos que passam no exame de ordem dos advogados uma resposta as perguntas acima?
Será que se outras classes de profissionais como CREA, CRA, CRO fizessem um Exame como o dos advogados, teríamos o mesmo número de profissionais?
2.2. O RESULTADO DA OUTRA FACE DO PROBLEMA
A ideia do trabalho é discursar sobre este tipo de problema que se faz cada vez mais presente nas salas de aula de graduação.
Não podemos simplesmente ignorar o problema e aliviar a situação para os alunos, caso
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