TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Politicas educacionais no brasil

Por:   •  2/11/2016  •  Resenha  •  1.778 Palavras (8 Páginas)  •  419 Visualizações

Página 1 de 8

Política e Organização da Educação Básica – Prova - 2015

NOME- Artur Bueno Rodrigues Neira.

Curso: Ciências Sociais

N. USP 6912717

1. Analise as consequências da globalização para a educação.

2. Analise as principais alterações, em relação à garantia do direito à educação, introduzidos pela Constituição Federal de 1988 e pelas Emendas Constitucionais -14, 53 e 59.

3. Discuta as conseqüências da expansão do ensino fundamental para a educação brasileira contemporânea.

4. Apresente os argumentos que sustentam a tese de que o Brasil deveria gastar mais em educação, os argumentos que sustentam a tese de que o Brasil deveria gastar melhor os recursos que aloca na educação e qual sua posição frente a essas alternativas.


1)         A globalização como processo econômico social e político, vem ao longo dos anos causando impactos em todos os campos da sociedade, evidentemente a educação também é sensível a tais transformações.

Costumamos afirmar que vivemos na era do conhecimento, ou na sociedade do conhecimento, e que este é um valor cada vez mais caro à sociedade, com efeito, essa “nova era” é fundamentada em uma difusão, cada vez mais rápida e acessível de conhecimento através de inovações tecnológicas oriundas do processo globalizante pelo qual passa o mundo. Essa facilidade nunca antes experimentada pelo ser humano vem ocasionando algumas alterações das quais, o campo da educação não fica de fora, ademais, o campo da educação jamais havia experimentado até pouco tempo atrás tais alterações.

Se em todas as áreas do campo do trabalho industrial a globalização já havia alterado, chegou o momento da educação sofrer conseqüências deste processo, com as inovações tecnológicas que agora são capazes de transmitir conhecimento, o trabalho docente é sensivelmente afetado, uma vez que, o conhecimento pode ser reproduzido ad aeternum o papel do professor perde importância, principalmente em cursos superiores em que a autonomia do estudante é maior. Com um sistema capitalista responsável por todo o processo de globalização, é óbvio que este processo obedece à lógica do capital, aumentar resultados é o objetivo de toda inovação, o problema está em exigir produtividade industrial na educação, sabemos que tudo é mercadoria no capitalismo, portanto educação no sistema capitalista também é mercadoria, logo quando o conhecimento vira uma indústria, quando a educação torna-se uma fábrica de produzir conhecimento é claro que a qualidade em algum momento vai perder a corrida, e o lucro vai ganhar. O que está colocado é, a globalização trás inovações tecnológicas para serem utilizadas em educação, porem tais inovações estão sendo utilizadas não para maximizar o conhecimento, mas para maximizar os lucros de universidades que formam professores a distancia por exemplo.

Contudo é necessário criticar as conseqüências da globalização na educação em muitos outros aspectos além do acima apresentado, e poderemos perceber que muitas inovações são interessantes para o ensino, não se trata de uma cruzada contra a globalização, ou tecnologia no ramo da educação, mas de refletir qual o papel delas na formação destes alunos.

Portanto a globalização está impactando e irá impactar ainda mais a educação, uma vez que inovações tecnológicas nesta área ainda estão incipientes se comparadas com outras, como a indústria, é necessário, no entanto, entender a chegada dessas novas ferramentas, e dessa nova compreensão de mundo não como um mal a priori, mas como uma conseqüência da qual não podemos fugir, e da qual devemos tirar o que há de melhor dela.

2) O direito a educação estabelecido pela constituição da Republica de 1988 aparece como primeiro dos direitos sociais, portanto um direito do cidadão e um dever do Estado, devendo a este não só proporcionar a escola como também a permanência do aluno nesta.

A emenda 14/1996 introduziu modificações significativas no financiamento da educação, introduziu a obrigatoriedade do ensino fundamental inclusive para aqueles que não estiverem na faixa etária ideal, e a universalização do ensino médio gratuito, além disso, estabeleceu como papel da União uma função redistributiva de recursos a fim de equacionar as oportunidades para gerar um padrão mínimo de qualidade, fixou a prioridade dos municípios em ofertar o ensino infantil e fundamental, bem como a prioridade dos estados com relação ao ensino médio, além de afirmar um regime colaborativo entre os sistemas estaduais e municipais para que a universalização da educação fosse cumprida. É importante lembrar que tal emenda também alterou a questão do salario educação isentando alguns setores da contribuição social.

Já a emenda 53/2006 altera a questão do salario educação passando a distribui-lo proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica das redes estaduais e municipais. Porem a grande mudança que a emenda 53 trás consigo em relação ao texto da constituição de 1988 está na criação do FUNDEB, que veio substituir o FUNDEF, o FUNDEF destinava-se apenas a educação no ensino fundamental, já o FUNDEB destina-se a toda educação básica. Fica destinada ao FUNDEB parte da receita de impostos municipais e estaduais esses recursos voltam para eles na proporção de matriculas nas redes de ensino, cabe a União estabelecer um gasto mínimo por aluno, e realizar uma redistribuição haja vista as desigualdades regionais do nosso país, isso faz com que todos estados gastem um mínimo com educação, o que atinge positivamente as politicas publicas educacionais.

A emenda 59/2009 estabeleceu como prioridade para a distribuição dos recursos públicos a universalização e a garantia de padrão de qualidade e introduziu a equidade como requisito para indicação das situações merecedoras do recebimento de recursos públicos, a equidade foi incorporada como um principio, pois é sabido que no Brasil além do problema da qualidade, ha grande diferença socioeconómica ente os alunos e sua eficacia escolar, o parametro para medir o cumprimento são as diretrizes do PNE,

Portanto, as mudanças trazidas pelas emendas são continuas principalmente no que tange ao financiamento da educação pelo Estado brasileiro, tal evolução é evidente, e mesmo que tenham criticas ao redor das adequações a legislação caminhou para uma melhoria nos resultados de anos anteriores, o desafio que se faz resente é o da qualidade da educação brasileira, que por mais que tenha melhorado é ainda insatisfatório, uma vez que em um mundo globalizado as competencias sejam cada vez mais dinámicas.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.5 Kb)   pdf (151 Kb)   docx (12.6 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com