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“Políticas educacionais no Brasil: desfiguramento da escola e do conhecimento escolar” de José Carlos Libâneo

Por:   •  22/9/2019  •  Resenha  •  750 Palavras (3 Páginas)  •  983 Visualizações

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Resenha do Texto: “Políticas educacionais no Brasil: desfiguramento da escola e do conhecimento escolar” de José Carlos Libâneo

Aluna: Cleidilaine Martins Moreira de Oliveira

Libâneo (2016), inicia o texto com uma inquietante pergunta: para que serve as escolas? Essa pergunta pode ter uma variedade de respostas, e nos faz refletir sobre a importância da educação, e para que e para quem a escola existe?  Essa reflexão nos faz perceber que a escola pode ter vários papeis, e um deles é a concepção de escola como lugar de acolhimento e proteção social.

O autor deixa evidente o seu posicionamento em relação aos conteúdos dos currículos escolares, expondo que as formas de educação nas últimas décadas sofreram influências de orientações dos organismos internacionais, as quais produzem um impacto considerável nas concepções de escola e conhecimento escolar e na elaboração de currículos.

 Nos últimos anos é possível identificar três orientações em relação às finalidades e formas de funcionamento da escola presente nos cursos de formação de professores, porém o autor aborda apenas a primeira e a terceira orientação: A primeira orientação domina o sistema brasileiro devido a vínculos entre politicas educacionais e a orientações de organismos internacionais multilaterais. A terceira orientação apoia um currículo fundamentado na formação cultural e científica ligados as práticas socioculturais.

    Como bem nos assegura Libâneo no texto, pode-se dizer que a internacionalização das políticas educacionais é um movimento inserido no contexto da globalização. Neste contexto, fica claro que agências internacionais multilaterais de modelos monetário, comercial, financeiro e creditício elaboram recomendações sobre políticas públicas para países emergentes ou em desenvolvimento. Assim, preocupa o fato de que tais recomendações incluem formas de regulação das políticas resultantes de acordos de cooperação, principalmente nas áreas de saúde e educação.

  Libâneo e muitos outros autores buscam através de estudos analisar o impacto dessas políticas nos objetivos e nas formas de funcionamentos das escolas públicas. Esses estudos mostram que as finalidades dessas instituições multilaterais sempre estiveram ligadas à cooperação técnica e financeiras a países com dificuldades, por meio de empréstimos para realização de programas relacionados a saúde, educação, saneamento, etc.

Pode-se dizer que se instituiu em âmbito internacional, um padrão universal de políticas. Neste contexto, para Libâneo fica claro que a educação está baseada em indicadores e metas quantificáveis. O mais preocupante, contudo, é constatar que como critério de governabilidade curricular, as políticas estão visando o controle dos sistemas de ensino nacionais. 

A educação fundamental mostra que a aprendizagem e a escola se prestam, em primeira instância, à solução de problemas sociais e econômicos dentro dos critérios do mercado global. Por essa razão, tem particular relevância quando se trata da satisfação de necessidades básicas de aprendizagem. Mesmo porque significa criar os insumos necessários para que o aluno alcance a aprendizagem como produto, ou seja, conhecimento e habilidades necessárias ao mercado de trabalho.

Por esse motivo as escolas reduzem a atender conteúdos superficiais de aprendizagem, dando ênfase na preparação da força de trabalho, mão de obra.

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