REALIDADE SOCIAL OU FALTA DE INTERESSE?
Por: Raphaela Gonçalves • 20/6/2020 • Trabalho acadêmico • 810 Palavras (4 Páginas) • 162 Visualizações
REALIDADE SOCIAL OU FALTA DE INTERESSE?
Raphaela Gonçalves |1º SB | RA 58906
Professor: Jefferson Jorge da Silva
A criminalidade é um fato, e não há como negar ou extinguir sua existência. Desde os primórdios o crime existe,dos mais simples até os mais reprováveis, e para todo ato ilícito existe uma punição e, consequentemente, um processo penal. Nesse sentido um dos maiores problemas da sociedade contemporânea é o uso e a comercialização de entorpecentes, sendo esses, utilizados e vendidos, na maioria, por aqueles que compreendem a faixa etária de 15 a 27 anos. Os entorpecentes (ou drogas, como são mais conhecidos) são substâncias naturais ou sintéticas que provocam alterações físicas e psíquicas nas pessoas que as usam, podendo causar dependência química e psicológica. Para classificar uma substância como entorpecente, essa deve causar efeitos colaterais de embriaguez, entorpecimento ou qualquer tipo de sensação de transtorno psicossensorial. De acordo com a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, também são classificados como entorpecentes quaisquer substâncias ou produtos capazes de causar dependência química ou psicológica.
No ano de 2019 e na cidade de Araçatuba foram instaurados 2.967 inquéritos policiais, o tráfico de entorpecentes corresponde a aproximadamente 22,49% desse número, as apreensões de substâncias, por sua vez, perfazem um total de 2,56%, desses números extrai-se ¼ dos inquéritos policias lavrados em Araçatuba tem relação direta com entorpecentes, demonstrando o sérios problemas quanto ao tráfico de drogas que a cidade enfrenta, destaca-se ainda que os números supracitados somente perfazer a quantia que a polícia é capaz de computar. Dos dados em supra, ressalta-se que Inúmeros jovens e crianças, chamados pela gíria de ‘‘aviõezinhos’’, estão no mundo do tráfico; muitos por não ter escolha, sendo a vida delituosa a opção mais acessível para sua subsistência, no entanto, nem todos que incorrem na prática de tráfico lá estão por dificuldade financeiras, alguns simplesmente se maravilham com a luxuosa vida oferecida pela prática criminosa. Todavia, o estado, a sociedade e a polícia não fazem essa distinção na hora de agredi-los, julgá-los e prende-los, bem como não oferecem soluções reais para os problemas que aqueles jovens marginalizados encontram.
Por todos esses problemas, que há muito tempo deixaram de ser apenas sobre classe e tornando-se também sobre classe e gênero, observamos a ineficiência de programas como: Jovem aprendiz, Aprendiz Mirim e os cursos técnicos e profissionalizantes que não são amplamente divulgados na cidade devendo ter como princípio básico tirar os jovens das ruas e baixar os índices e dados em relação a criminalidade, venda e consumo de entorpecentes; tanto como estimular o emprego entre jovens, principalmente aqueles que nunca tiveram trabalho oferecendo capacitação profissional a eles; e como conseqüência da pouca divulgação e poucas vagas são incapazes de atingir uma quantidade grande de jovens e adolescentes, razão pela qual esses ficam nas ruas à procura de algo ou alguém que os ajude financeiramente, recorrendo, infelizmente, ao tráfico como maneira de sobrevivência e, por vezes, à droga, como a fuga da realidade degradante da qual se encontram.Na tentativa de retirar esses jovens das ruas e inseri-los na sociedade, encontramos a prática desportiva; no esporte a posição social e o conhecimento técnico não importam, sendo uma instrumento de mudança de vida, como se vê em matérias de televisão ou jornais, onde muitas pessoas foram tiradas de uma realidade caótica e levadas a lugares inimagináveis por modalidades como: vôlei, futebol, capoeira, jiu-jitsu, handebol e muitos outras que não transformam apenas a vida de uma pessoa, mas tem capacidade de mudar a realidade de toda uma comunidade. Ter dias na semana que quadras públicas e de boa qualidade são liberadas e a disponibilização da Prefeitura municipal colocando técnicos e professores dispostos a ensinar e a inserir essas pessoas é uma alternativa que não ajudaria apenas os jovens a não buscar em entorpecentes uma distração, mas ajudaria pais, avós, tios e irmãos; incluindo também muitos graduados na área de Educação física que teriam a oportunidade de serem inclusos em ambiente de trabalho logo que saíssem da faculdade, exercendo assim o tão esperado sonho.
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