RESENHA CRÍTICA DA HQ ‘’AZUL É A COR MAIS QUENTE’’
Por: Thayane Dantas • 28/11/2018 • Resenha • 419 Palavras (2 Páginas) • 230 Visualizações
RESENHA CRÍTICA DA HQ ‘’AZUL É A COR MAIS QUENTE’’
Julie Maroh, escritora e artista, especialista em romance gráfico, 32 anos, autora de ‘’Azul é a Cor Mais Quente’’ (2013 - Obra ganhadora de prêmio no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême) e ‘’Skandalon’’.
Leitores, após finalizar a brilhante obra de Maroh, ‘’Azul é a Cor Mais Quente’’, decidi trazê-los para o enredo cativante em cima da história de amor entre Clémentine e Emma. A descoberta de um romance entre duas mulheres e as polêmicas de aceitação dentro da sociedade.
A leitura se dá ao longo das leituras de Emma com os diários de Clémentine deixados para ela. Dessa maneira, podemos compreender a história desde o início desse romance. Clémentine, jovem de 15 anos, descobrindo as sensações e seus desejos se mostra confusa ao ver que não se enquadra numa maioria. Se apaixonou pelas madeixas azuis de Emma mesmo relutando em aceitar seus sentimentos.
Outros personagens são inseridos ao longo da história de amor, como Valentin, amigo de Clém que a ampara em diversos momentos da trama, seus pais conservadores que a expulsam de casa quando descobrem o envolvimento com outra mulher e Sabine, atual namorada de Emma até o término para dar início ao relacionamento com Clémentinne.
Os percalços do relacionamento entre as duas protagonistas durante o desenvolvimento dos quadrinhos resultam em traição, Clémentine se arrepende do seus atos amargamente e desenvolve uma dependência com remédios após sair da casa que morava com Emma.
A HQ, com sutileza, traz os tons de azul ressaltados, mostrando a sensibilidade poética e essência do exemplar. Dessa forma permite ao leitor uma gradativa textual entrando em contato com o lado artístico, trazendo dessa maneira um mergulho total dentro da obra.
O desfecho da trama já é previsto pelo leitor, mas quando ele se dá as emoções tomam conta e as reflexões sobre o amor, respeito, intolerância, os atos e suas consequências ficam. ‘’[...] O azul do teu olhar e o azul dos teus cabelos, que assombraram as minhas noites de adolescência durante todo tempo em que te amei sem ter coragem de assumir.(p.156)’’
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