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Representaçao politica

Por:   •  15/11/2015  •  Resenha  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  104 Visualizações

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         Representação politica

                                           

A representação política possui uma dualidade de conceitos, os representantes atuais são similares aos que eles antecedem, porem o sistema político é o que possui mudanças. A palavra representar encontra se tanto no direito quanto na política, diplomatas, representantes, tem como significado, substituir, agir em nome de alguém ou no lugar dessa pessoa, pode ter significados que se referem a uma ação, ou que levam a reprodução de prioridades. Assim, a representação política resume na possibilidade de controlar o poder político, concedida a quem não pode exercer o poder pessoalmente, é basicamente um mecanismo político de controle entre governantes e governados.

No século XVII a revolução americana e a revolução francesa contribuíram para o surgimento das primeiras idéias de representação política. Antes destes eventos as formas de governo não eram representativas pois possuíam parlamentos formados por membros da aristocracia agrária, porem eles não tinham funções de representação. Na Revolução Americana, não havia um sentimento de patriotismo no país e as pessoas, se viam como ingleses que viviam na América. O grande fator determinante para a quebra do sistema colonial foram as arrecadações de tributos e em sua distribuição na sociedade. Após a revolução os estadunidenses pensaram a respeito de qual sistema político adotariam, assim surge a idéia de criação de um novo sistema político, intermediário a um governo em que o povo determinaria o andamento do estado e o absolutismo, onde a maioria ou todos escolheriam a minoria que iria governar.

É possível observar três modelos de representação política, a representação como delegação, como confiança e como espelho ou representatividade sociológica. A representação como delegação impõe ao representante eleito a determinadas funções atribuídas aqueles que o elegeu, como exemplo um embaixador, que recebe instruções e obrigatoriamente tem que as cumprir, caso contrário seu mandato pode ser revogado. Essa ideia de representação tem origem nas instituições políticas da idade medieval e por um determinado período chegou a influenciar as instituições do governo representativo moderno, atualmente pode ser encontrado nas organizações e comunidades internacionais. O segundo modelo é caracterizado como sendo autônomo, sendo que a única orientação é dos representantes, o eleito representa o povo e pode agir livremente para os interesses do povo, é a representação a serviço do “bem comum”. E finalmente o terceiro modelo, que é a escolha de representantes através do voto proporcional, tem mais foco no efeito do conjunto do que o papel de um representante isolado. Essa representação enxerga a sociedade como dividida entre variados grupos de interesses ou classes sociais.

Esse modelo, porém, apresenta falhas, a representação de espelho, apesar de representar as características de cada grupo social não é capaz de reproduzir algumas delas como as características religiosas, étnicas, diferenças de sexo, e devido a esta razão, nascem os partidos operários, feministas, étnicos, etc. A representação como delegação também apresenta uma pequena diferença entre representantes e representados, porem esta é levada para uma ação que substitui/reproduz comportamentos e como o regime é limitado há dificuldade dos representados no que diz respeito a massa dos negócios públicos. O modelo de confiança ou fiduciário tem como problema chave a não correspondência das percepções entre os representantes e representados, ou seja, não oferece uma solução satisfatória para um problema visto de todos os ângulos.

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