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Resumo Textos de Marx

Por:   •  14/11/2017  •  Resenha  •  10.318 Palavras (42 Páginas)  •  246 Visualizações

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A Ideologia Alemã

PARTE A

Crítica alemã começa com Hegel, sendo filosófica (usando categorias pura e abstratas). Entretanto ela limita-se à crítica

da religião de uma época em que a consciência política, jurídica e moral era religiosa. Tudo era reduzido a essa lógica de consciência,

mas então propõe-se uma reinterpretação do mundo ao trazer esclarecimentos histórico-religiosos, apesar de não estabelecer uma

ligação concreta com o real.

A premissa para tanto é a base empírica, começando pelas bases naturais e a forma como é modificada pelos homens,

principalmente através da produção de seus meios de existência (grande ponto para separação dos humanos). Isso tudo depende

essencialmente dos meios de existência já existentes, mas essencialmente de um modo de vida (o que produz e como se reproduz o

que são). A produção relaciona-se com o aumento da população, mais particularmente no intercâmbio (condicionado pela produção).

Nessa medida o desenvolvimento se caracteriza pela divisão do trabalho (basilar e que determina novas relações sendo a primeira a

divisão campo-cidade).

As propriedades podem ser classificadas historicamente. A primeira é a tribal, onde havia pouca divisão do trabalho

(chefe da tribo, membros e escravos) e portanto poucas atividades (pesca e agricultura) e pouca utilização da terra. Na comunal

(Antiguidade) há junção de tribos, desenvolvendo melhor as relações. Há início da separação campo-cidade e da propriedade privada

(imobiliária). Na Idade Média a invasão dos povos bárbaros para expandir produção levou a uma maior concentração fundiária,

principalmente na Itália e os plebeus estavam em uma situação intermediária. A produção feudal caracteriza um protagonismo do

campo com grandes porções de terra (decadência das relações de produção), a servidão substitui a escravidão e há um domínio da

nobreza. Nas cidades vai se desenvolvendo a propriedade corporativa (trabalho artesanal), mas apesar de esta mental havia baixa

divisão do trabalho.

Marx alerta para a ligação entre estrutura social e política com a produção na medida em que deve ser empírica. Isso

porque a produção de ideias e consciência esta diretamente ligada a essa realidade concreta (representações e ideias são

condicionadas pela sociedade enquanto estruturas). Tal dimensão empírica ressalta como a consciência parte do indivíduo e não o

contrário, ou seja, parte de premissas reais (empiricamente visíveis). Define-se uma ciência real e positiva em que a filosofia não

mais tem espaço.

1) História

Primeiro pressuposto: homens vivem para fazer história, sendo que o primeiro passo é satisfazer suas necessidade

materiais. O primeiro ato histórico caracteriza-se pela produção de novas necessidades (e é o segundo pressuposto). O terceiro é a

família sendo essa a primeira relação social que vem da reprodução e é esse o fato empírico que deve ser base de sua análise. Essas

coisa são concomitantes e expressam a dupla relação entre o natural e o social. A associação às forças produtivas marca o início da

dependência dos homens entre si.

A consciência nesse ponto é perceptível, mas não pura, sendo um produto social. A linguagem é sua forma de expressão

concreta. A religião é sua primeira forma, limitada face à natureza e indivíduos que estruturam uma consciência primitiva (que

substitui o instinto - aperfeiçoa necessidade e produção). Nasce assim a divisão do trabalho, tanto intelectual quanto material, pela

qual a liberdade de consciência se liberta do real (contradições surgem no âmbito do nacional x universal).

A força produtiva, estado social e consciência entram em conflito, pois a divisão do trabalho separa os indivíduos entre

trabalho material e intelectual (produção x consumo) gerando distribuição desigual tanto quantitativa quanto qualitativamente. Tal

dimensão de propriedade nasce na família (mulher e filhos estão submetidos ao homem). A divisão do trabalho vai caracterizar uma

contradição de interesses (indivíduo x sociedade) e impõe um trabalho estranhado. Há um conjunto de classes, sendo que uma

domina conquistando primeiramente o cenário político (Estado particularizado). Um interesse estranho a maioria traz a necessidade

de intervenção prática.

A alienação é superada por duas condições práticas: privar a maioria da propriedade privada e deixá-la em contradição

com a riqueza; desenvolvimento das forças produtivas que ultrapassa o meramente necessário (precisa ser universal para manter o

consumo) caso contrário o consumismo só poderia ser local, não seria possível o intercâmbio humano universal e a ampliação deste

eliminaria os comunismos. O comunismo é visto como um Estado real de superação das contradições vigentes e necessita de

pressupostos históricos universais.

A sociedade civil é caracterizada como uma sequência da dominação original das famílias (basilar). Ela é a relação

material social em determinado estágio das forças produtivas e vem com a burguesia, apesar de ser confundida com a organização

social resultante

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