Wright Mills

Para Wright Mills a elite não se compõe apenas de políticos, mas também de ricos e militares, os quais trocam e revezam o comando entre si, intercalando entre o poderio económico privado, e os altos postos de comando tanto das instituições políticas quanto militares, este seria o “modus operandi” da Elite do Poder.

Desta forma o autor busca comprovar que mesmo com determinada inversão de papéis, os membros da elite dominante permanecem os mesmos, os quais participam de organizações políticas já existentes ou criam outras para comandarem. Este aspecto de participação em várias instituições, é um fato intrínseco à elite política.

O conceito de elite, conforme foi desenvolvido por Wright Mills, recebeu inúmeras críticas, tanto dos teóricos do liberalismo, como dos teóricos marxistas, afirmando que não existe a possibilidade de se desenvolver uma elite nos três setores da sociedade (político, econômico e social).

Neste sentido, podemos apontar Robert Dahl, como um dos principais críticos da Teoria Elitista, contra a qual ele escreve “ A crítica ao modelo elitista” em 1958. Mais tarde desenvolve o conceito de poliarquia, em oposição após preceitos elitistas estabelecidos até então. Assim, preocupado com o rigor científico na análise social, Robert Dahl aponta que a existência de elite no poder, apenas poderia ser provada sob as seguintes condições: se a elite for um grupo bem definido; se houver casos de decisões onde as preferências da elite contrastam com as de outros grupos; e se nesses casos, as preferências da elite prevalecem. Desta forma, o autor afirma que a Teoria das Elites não possui comprovação científica.