A Burocracia E As Reformas Administrativas No Brasil
Exames: A Burocracia E As Reformas Administrativas No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nelson_veras • 3/3/2014 • 881 Palavras (4 Páginas) • 585 Visualizações
Atividade Avaliativa 1 – Seminário Integrador
Curso Bacharelado em Administração Pública – Polo Nova Iguaçu – semestre 2/2013
Nelson de Souza VERAS
No artigo “Brasil: 200 Anos de Estado; 200 Anos de Administração Pública; 200 Anos de
Reformas”, os principais pontos são as diferenças entre as formas de administração exercida pelo
poder público desde a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal até o governo
Fernando Henrique Cardoso. Conceitos-chave: administração pública; racionalização;
administração patrimonialista; administração burocrática; administração gerencial; reforma
administrativa. A diferença principal entre as formas de administração pública ocorridas no Brasil
de 1808 até FHC foi no foco para o qual cada forma era direcionada. Enquanto na administração
patrimonialista o foco era a preservação do poder imperial, do controle do imperador sobre a coisa
pública, na administração burocrática, o foco eram os meios como instrumento de prevenção à
corrupção, aos desvios e abusos característicos da administração anterior, e, na administração
gerencial, a atenção é voltada para os resultados, vendo-se o público como cliente-cidadão.
No artigo “A Burocracia no Brasil: as Bases da Administração Pública Nacional em
Perspectiva Histórica (1920-1945)”, os principais pontos são a importância das reformas
empreendidas no período Vargas, o impacto delas na história brasileira, o contexto social, político e
econômico do Brasil que legitimaram tais reformas e a dependência que existe entre a burocracia
(como fenômeno inevitável na evolução da administração) e a sociedade republicana. Conceitoschave:
administração pública; burocracia; clientelismo; modelo weberiano; reforma administrativa.
As reformas empreendidas no período Vargas produziram profundas mudanças na administração
brasileira, considerando que o sistema anterior – a “política-do-café-com-leite” – não primava pela
eficiência e eficácia, pois estas contrariariam os interesses clientelistas da época. Para se ter uma
ideia, nem mesmo a prática de concursos públicos para ocupar os cargos com pessoal habilitado era
comum. Clientelismo é, portanto, o mesmo que favoritismo, ou seja, a contaminação da política
com interesses pessoais, atendendo mais aos interesses de particulares, em detrimento dos interesses
da sociedade. A burocracia representa uma evolução, já que se ocupa em tornar impessoal o
processo de governo. Ela prima pelo controle e pela técnica e, podemos dizer, também pela eficácia,
pois o objetivo final (a satisfação dos interesses da sociedade) precisa ser atendido, muito embora se
distinga da administração gerencial porque esta volta-se primeiro para os resultados e só depois para
o controle. Daí não seria errado concluir-se que a eficiência é característica mais marcante da
administração gerencial. O modelo weberiano de burocracia é o mais parecido com o que foi
adotado na Era Vargas, pois houve grande concentração dos meios da administração e a execução
de um sistema de autoridade quase indestrutível1. O conceito de reforma administrativa não pode
ser banalizado, pois o Brasil independente conheceu apenas três momentos de significativos
avanços administrativos: a reforma de Vargas, a de 1967 e a dos anos 1990. Nem mesmo a
proclamação da República representou um grande avanço, isto porque a República Velha foi em
grande parte continuação do patrimonialismo praticado no Império. Por “reforma administrativa”
deve-se entender toda uma reformulação nas relações governo-sociedade-governo. Com isto,
entendemos melhor a importância da reforma realizada por Getúlio Vargas (a primeira do Brasil
livre) e a herança por ela deixada, abrindo caminho para as duas seguintes. É preciso dizer, no
entanto, que esse movimento vinha de longa data e não surgido como algo súbito ou como um
processo importado2. Esse movimento atendia ao clamor da sociedade. O papel da burocracia,
portanto,
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