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A Historiografia Pagana e Historiografia Cristina em el Siglo IV D.C

Por:   •  24/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.781 Palavras (12 Páginas)  •  183 Visualizações

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TEXTO 04 – Arnaldo Momigliano – Historiografía Pagana e Historiografía Cristana em el Siglo IV D.C

Considerações sobre esse texto:

- traduções e apropriações cristãs

- Eusébio citado no texto: bispo de Cesaréia, biografo de Constantino

Apontamentos sobre a historiografia romana:

- Elemento historiográfico: caráter político, orientada para fins políticos, não necessariamente encarada como conhecimento. Uma exaltação da cidade e do império.

Principais historiadores romanos

- Políbio: Historiador de origem grega, que viveu como prisioneiro em Roma. A história para Políbio era vista como ciclo, conduzindo à concepção segundo a qual a história é o conhecimento geral, daquilo que se repete, que obedece a leis e por suscetível de previsão.

- Tito Lívio: diferentemente de Polibio, esteve mais virado para o passado, tido, pelos romanos, como fonte de virtudes nacionais. Foi um intelectual ao serviço da política imperial, cuja preocupação maior foi elevar bem alto o rei e o império romanos não hesitando quando a defesa passasse pela deturpação da verdade, ou impusesse o recurso à mitologia.

Concepção Cristã da História:

- Desde o princípio o cristianismo assumiu-se como religião universalista e histórica, ou seja, teve a sua concepção do universo e de evolução da humanidade. Para os cristãos a história é um combate permanente entre Lúcifer (o mal) e Deus (o bem) e a sua trajetória, irreversível e oposta à concepção cíclica defendida pelos gregos e romanos, começa com o pecado original, passa pela redenção e termina com o juízo final. A ideia principal é que, devido ao pecado original, o homem espalhou o mal em toda a terra e Cristo apareceu para restabelecer a ordem e fazer triunfar a igreja, numa luta que, terminará com o juízo final. Deste modo a terra é apenas um local transitório para a expiação e redenção do pecado e o homem em vida tem a oportunidade de se preparar para o juízo final.

- É, portanto, a história providencialista, em que a evolução da humanidade aparece como providência divina.

Sobre o texto:

28/10/312: Constantino derrota Magêncio na batalha da Ponto Milvío.

Nesse mesmo ano Constantino se converte ao cristianismo.

  • O texto de Momigliano parte do ponto da vitória dos cristãos nessa batalha e como ela teve um gosto de vingança contra os inimigos de Cristo.
  • “Para nós, há algo em comum entre os judeus mortos defendendo a Antiga Jerusalém e os cristãos mortos defendendo a Nova Jerusalém”
  • “Eruditos modernos tem demonstrado sem dificuldade que tanto na forma como na sustância o mártir judeu é o protótipo do mártir cristão, mas tal descoberta erudita tem escarça importância para as realidades do século IV.
  • “Os cristãos estavam dispostos a tomar o Império Romano, como deixa claro Eusébio, onde ele destaca a correlação entre a Pax Romana e a mensagem cristã: a ideia sequer era nova. “
  • Os cristãos estavam decididos a não deixar que a Igreja caísse na inferioridade de outrora. Momigliano pretende deixar de lado os conflitos e problemas dento da Igreja e tudo o que implicava.
  • Interessa a ele que “a revolução do século IV, que trouxe consigo uma nova historiografia, não pode ser entendida se subestimarmos a resolução, quase avidamente, com que os cristãos avaliaram e exploraram o milagre que transformou Constantino em seguidor da Igreja cristã”
  • “ De modo geral, os cristãos empreenderam sua escrita criativa antes que os pagãos. Os cristãos atacam. Os pagãos estão na defensiva” (Pg. 97)
  • Com o final do século, a situação mudou, o Império passou por um momento de crise, com a morte de Teodosio, que acarretou em uma crise política. Ou seja, os cristãos se sentiram menos seguros e voltaram ao paganismo. Na medida que os pagãos se tornaram mais agressivos acusando a nova religião de ser a causa da queda do Império. No campo pagão a resignação deu lugar a fúria e no campo cristão a agressividade teve que se converter em defesa própria.
  • Com isso houve um ressurgimento da escrita pagã grega, que até então estava ausente mediante os acontecimentos do séc. IV. Entre 395 e 410 houve um avanço dessa historiografia, mas isso está fora do alcance do texto de Momigliano.
  • “ Em tempos de perseguição incomoda, a Igreja expôs sua ideia ortodoxa e sua concepção de história providencial” (Pg. 97)
  • Essa ideia surgiu vitoriosa para reafirmar com autoridade a inconfundível intervenção divina no curso da história. A base dessa historiografia cristã foi lançada muito antes da vitória de Constantino.
  • A Bíblia não era literatura para os pagãos. Não era de se estranhar que os pagãos letrados e educados no Império Romano não sabiam nada da história judaica, nem da cristã. Caso quisessem saber alguma informação recorriam a escritos de segunda mão, como o que se lê em Tácito
  • O conhecimento da história judia ou cristã vinha junto com a conversão ao judaísmo ou ao cristianismo. As pessoas aprendiam uma nova história porque adquiriram uma nova religião, isso significava o descobrimento de uma nova história, de Adão e Eva e dos acontecimentos contemporâneos
  • Mas a nova história não podia suprimir a antiga, era preciso de alguma maneira apresentar a essas pessoas esses novos personagens. E isso criava alguns problemas. Primeiro porque tinha que apresentar aos pagãos a versão judaica da história, segundo, se esperava que os historiadores cristãos refutassem a ideia de que o cristianismo era algo novo e por isso não respeitável, terceiro, tinha que fazer entrar na cabeça pagã a ideia cristã de redenção
  • Isso foi o suficiente para os cristãos elaborarem uma cronologia que satisfazia ambas as necessidades de ensino Elemental como os fins da interpretação histórica superior (?????)
  • Os cronologistas cristãos tinham que resumir a história que agora os recém convertidos tinham que tomar como suas, ademais, tinham que demonstrar a antiguidade da doutrina judeu-cristã e tinham que apresentar um modelo de HISTÓRIA PROVIDENCIAL.
  • História Providencial   Cronologia como Filosofia da História
  • O resultado disso foi que, diferente da cronologia pagã, a cronologia cristã foi também uma filosofia da história. Ou seja, a ensino fundamenta cristão não podia deixar de se referir a essência do destino do homem. O pagão convertido ao cristianismo deveria ampliar seu horizonte histórico. É provável que pela primeira vez se pensava uma perspectiva de história universal. Embora no século III alguns historiadores cristãos houvessem preparado o terreno, o que fez Eusébio de Cesaréia foi modificar alguns pontos.
  • Para Eusébio a cronologia era algo entre a ciência exata e um instrumento de propaganda.
  • Os cristãos não eram os únicos a enfrentar um problema de “educação histórica”, os pagãos também tinham os seus. A diferença do ensino pagão para o cristão é claro, os pagãos não se ocupavam em valores últimos, sua principal preocupação era manter vivo o conhecimento do passado romano.
  • Os historiadores pagãos não representavam grandes riscos para os cristãos, pois careciam de conteúdo religioso, não significavam grande ofença.
  • “Por conseguinte, era fácil transformar um manual pagão em um cristão, mas era quase impossível transformar algo que havia sido cristão em pagão. ”
  • Momigliano passa a discorrer sobre as apropriações cristãs, de elementos não só pagãos como judeus.

FICHAMENTO DO TEXTO DO MAQUIAVEL

Considerações Iniciais:

A estrutura do texto de Maquiavel é feita de forma em que de cara ele denuncia que Florença não tinha uma forma apropriada de governo e ele é muito franco ao propor sua alternativa para manter a Itália/Florença unida e forte.  Com isso ele faz um rápido levantamento dos governos iniciais dos Medicis, Cosimo e Lorenzo, como a carta é endereçada ao papa Leão X, filho de Lorenzo. Maquiavel vai dizer porque esses regimes falharam, baseado em suas próprias observações e justamente por suas observações ele em lealdade à “Vossa Santidade” propõe uma forma em que o poderio dos Medici se estabeleçam novamente. Além de deixar claro seu pensamento ideológico, de autonomia de Estado, de separação entre a política e a moral.

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