A Politica e Legislação Educacional
Por: Marcos Augusto • 13/11/2021 • Artigo • 7.499 Palavras (30 Páginas) • 117 Visualizações
Política e Legislação Educacional
Introdução
Você já deve ter ouvido falar sobre os documentos que respaldam ações
junto à organização e gestão da escola brasileira, considerando as políticas da
educação infantil, e dos ensinos fundamental e médio prescritas na legislação
do ensino nacional, além as leis que regem o funcionamento dos processos
educacionais no país, no que se refere a organização e funcionamento dos
currículos e Parâmetros Curriculares para a Educação nos diferentes níveis de
ensino não é mesmo?! E você sabe por que é importante ter este
conhecimento?
Todas as discussões e conteúdos desse material partem do pressuposto
que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho” (Constituição Federal de 1988, art. 5º).
Sendo assim, serão apresentados os conteúdos relacionados aos
referidos temas, não para que o leitor tenha uma exaustiva leitura sobre leis e
artigos, mas objetiva-se a compreensão critica e consciente da formação dos
processos educacionais e suas leis.
1. OBJETIVOS E FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
A estrutura básica da educação brasileira é deliberada pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a qual está subsidiada e
subordinada aos princípios políticos e éticos da Constituição Brasileira vigente.
A LDB envolve estrutura e organiza diferentes etapas/níveis dos processos de
escolarização e Educação no país: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental
e Médio, assim como outras modalidades: a Educação de Jovens e Adultos
(EJA), a Educação Profissional e a Educação Especial.
Conforme o artigo 22 da LDB: “A educação básica tem por finalidade
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para
o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores”.
Esse artigo deve ser analisado a partir dos pressupostos filosóficos e
políticos contidos na Constituição Brasileira vigente. Sendo assim, enfatiza-se
que todas as atividades de ensino-aprendizagem devem, obrigatoriamente,
concentrar-se para garantir os objetivos educacionais constitucionalmente
estabelecidos.
Frente a essa discussão, devemos pensar nos fundamentos da
Educação, para que tenhamos clareza sobre eles, de forma a estabelecer os
princípios gerais que deverão nortear o ensino em qualquer nível.
Alguns aspectos que fundamentam a Educação são: Liberdade,
desenvolvimento, valores, finalidade e temporalidade, ética, que são
entendidos como categorias existenciais humanas essenciais ao convívio em
sociedade e que podem permear os pensamentos e discussões acerca dos
processos de Educação.
Dessa forma, entende-se que os fundamentos e objetivos da Educação
são regidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Essa
concepção normativa deriva, genericamente, de um conteúdo ético diretamente
relacionado ao contexto histórico. De maneira geral, trata-se de ter a cidadania
e a democracia como princípios fundamentais, bem como a preparação para o
trabalho em um contexto moderno e tecnológico.
Portanto, a educação deve possibilitar vivências e meios necessários
para o entendimento do mundo e das diferentes relações sociais nas quais o
educando participar.
2. A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Apresentarei, em síntese, o desenvolvimento histórico do processo e
cenário educacional brasileiro, destacando as épocas da primeira república até
o período de abertura política.
A educação na Primeira República (1889-1929) caracterizou-se por
inúmeras reformas que tinham por objetivo a superação do modelo educacional
Imperial substituindo o ensino de caráter literário pelo científico. As
transformações sociais que ocorreriam nos anos seguintes, que deram a
tonalidade das ebulições culturais da década de 1920, transformariam o
cenário social, econômico, cultural e educacional do país.
Durante a Segunda República (1930-1936), observa-se a
industrialização e a urbanização do país, seguidos por decretos que buscavam
regimentar o ensino. Em 1934, a educação passou a ser compreendida como
direito de todos os cidadãos. Ainda em 1934, criou-se a Universidade de São
Paulo. No ano de 1935, funda-se a Universidade do
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