CÓLERA: UMA DOENÇA AGUDA
Por: niquemadona • 23/9/2015 • Trabalho acadêmico • 2.325 Palavras (10 Páginas) • 184 Visualizações
CÓLERA
1- Descrição:
A cólera é uma doença infecciosa aguda, caracterizada por uma infecção intestinal grave, podendo levar até a morte em virtude da desidratação. Uma doença transmissível e perigosa, causada pela bactéria, vibrião colérico ou víbrio cholerae.
Seu formato parece uma vírgula, e desenvolve no intestino humano a toxina responsável pela doença.
2 - Agente etiológico:
É encontrado nas fezes das pessoas infectadas, doentes ou não.
3 - Reservatório:
O único reservatório deste vibrião é o homem, podendo eliminar até 10 milhões de bactérias por grama de fezes.
4 – Vetores:
A bactéria causadora da cólera, é o vibrião colérico ou víbrio cholerae.
5 – Modo de transmissão:
O modo de transmissão, se deve principalmente, pela ingestão da água e alimentos contaminados por fezes ou vômitos de doente ou portador. Alimentos e utensílios podem ser contaminados pela água em seu manuseio ou por moscas, que assim como outros insetos servem como vetores mecânicos.
6 - Periodo de incubação:
Na maioria das vezes, o periodo de incubação leva de 6 a 10 horas até 2 a 3 dias. Em casos Perdura enquanto tiver eliminação do vibrião nas fezes, o que na maioria dos casos, ocorre até alguns dias após a cura. Para a vigilância, o periodo aceito como padrão é de 20 dias. Em algumas pessoas, a doença pode tornar-se crônica, eliminando o vibrião interminente por meses e até mesmo anos mais graves, como em caso de doença e casos de denustrição, podem se prolongar até 5 dias.
7 - Periodo de transmissibilidade:
Perdura enquanto tiver eliminação do vibrião nas fezes, o que na maioria dos casos, ocorre até alguns dias após a cura. Para a vigilância, o periodo aceito como padrão é de 20 dias. Em algumas pessoas, a doença pode tornar-se crônica, eliminando o vibrião interminente por meses e até mesmo anos.
8 - Suscetibilidade e imunidade:
A suscetibilidade é variável e aumenta na presença de fatores que diminuem a acidez gastrica (acloridria, gastrectomia, alcalinizantes e outros).
A infeção produz elevação de anticorpos e confere imunidade por tempo limitado,em torno de 6 meses. Repetidas infeções tendem a incrementar produção de IgA secretora nos individuos, gerando constantes estímulos a resposta imunológica, o que leva imunidade de longa duração. Esse mecanismo pode explicar a resistência demonstrada pelos adultos em áreas endêmicas.
9 - Aspectos clinicos:
Pode haver desde infecções inaparentes até diarreia profusa e grave. Além da diarreia, podem surgir vômitos, dor abdominal e, nas formas severas, cãibras, desidratação e choque. Febre não é uma manifestação comum. Nos casos graves mais típicos (menos de 10% do total), o início é súbito, com diarreia aquosa, abundante e incoercível, com inúmeras dejeções diárias. A diarreia e os vômitos, nesses casos, determinam uma extraordinária perda de líquidos, que pode ser da ordem de 1 a 2 litros por hora.
São decorrentes da depleção hidrossalina imposta pela diarreia e pelos vômitos e mais frequentes em idosos, diabéticos ou pessoas com doença cardíaca prévia.
A desidratação não corrigida levará deterioração progressiva da circulação, da função renal e do balanço hidroeletrolitico, produzindo dano a todos os sistemas do organismo.
Em consequencia, sobrevêm choque hipovolêmico, necrose tubular renal, íleo paralítico,hipocalemia (levando a arritmias), hipoglicemia (com convulsão e coma em crianças).
A acloridria gastrica se agrava no quadro clinico da doença.
O aborto é comum no 3º trimestre de gestação, em casos de choque hipovolêmico. As complicações podem ser evitadas, com adequada hidratação precoce.
10 - Tratamento :
O tratamento fundamenta-se na reposição rápida e completa da água e dos sais perdidos pela diarreia e vômitos. Os líquidos deverão ser administrados por via oral ou parenteral, conforme o estado do paciente.
• Formas leves e moderadas – hidratação oral, com soro de reidratação oral (SRO).
• Formas graves – hidratação venosa + antibioticoterapia, cujo objetivo é reduzir a disseminação da doença e desidratação.
A observação dos sinais e sintomas é fundamental, no decorrer da diarreia de qualquer etiologia
para identificar o grau de desidratação do paciente e decidir o plano de reposição.
O paciente que inicia o tratamento com reposição venosa, devido à gravidade da desidratação,
ao passar para hidratação oral, deve ficar sob constante avaliação clinica, considerando, inclusive, a possibilidade de seu retorno à reidratação endovenosa.
Destina-se a pacientes com diarreia SEM sinais de desidratação.
O tratamento é domiciliar:
• Oferecer ou ingerir mais líquidos que o habitual para prevenir a desidratação.
- Explicar ao paciente ou acompanhante, que, no domicílio, ele deve tomar líquidos caseiros (água de arroz, soro caseiro, chá, suco e sopas) ou solução de reidrataçã oral (SRO) após cada evacuação diarreica; e não se deve utilizar refrigerantes nem adoçar o chá ou suco.
• Manter a alimentação habitual para prevenir a desnutrição:
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