Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Por: JVaz2811 • 5/4/2016 • Trabalho acadêmico • 408 Palavras (2 Páginas) • 265 Visualizações
Unidade Orgãnica | Departamento de Ciências Sociais e Humanas | ||
Curso | Ciências Sociais | Ano: 2013/14 | 1º |
Disciplina | Formação Social Cabo-verdiana | Semestre | 2º |
Docente | Arceolinda Ramos | ||
Discente | João Vieira Vaz |
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FICHA DE LEITURA
Referencia Bibliográfica:
Palavras Chave: Comercio, exportação, organização comercial, classes Sociais
A autora Zelinda Cohen, começa neste capitulo segundo do livro “Filhos da Folha, por analisar o inicio da formação da sociedade cabo-verdiana pondo enfase, não nos descobrimentos e povoamento como outros autores fizeram, mas sim na forma como o estado descobridor conseguiu administrar um espaço separado do seu território e tão distante.
Para a autora a razão da criação da administração nestas ilhas recentemente descobertas, é o facto de a coroa ter a necessidade de legalizar/legitimar a sua sorte para evitar intromissões de estranhos e demostrar a propriedade dele sobre esta parte descoberta. O trecho abaixo demonstra exactamente isso.
“Mas a soberania que começa por ser uma afirmação de jure, só é completa, se se tornar algo de facto (…) O espaço, ocupado e administrado segundo os princípios juridicamente firmados, constitui-se em território de uma entidade política. ” (pg. 32, § 3º).
A autora analisa os quatro representantes da administração régia, os oficiais régios, a Donataria, a Câmara e a Igreja, de forma individual, avaliando o papel de cada um, segundo as determinações régias, na sua acção convergente e comum na realização da administração. Esta delegação do poder régio, também transmite a cada uma destas representações a sua quota-parte de responsabilidade no cabal desempenho das suas funções e resultados dai advenientes.
Segundo a autora, apesar do rei ter criado estas instituições administrativas nas ilhas e de lhes atribuir cada um as suas funções dentro dos limites estabelecidos, havia uma clara ingerências do soberano nas atribuições, através da criação de uma dependência reciproca entre as instituições deforma intencional, inferindo assim de forma indirecta nas decisões e mantendo um equilíbrio entre as instituições, principalmente entre as duas instituições de juízes, os concelhios e os donatariais.
Por fim em forma de conclusão, a autora faz referencia aos interesses dos homens da terra em preencher posições nas instituições locais.
No capítulo V, onde a autora analisa os desvios e as resistências ao controle régio, entre os seculos XV e meados do século XVIII, seleccionando os mais significativos acontecimentos desviantes das ilhas, no seu contexto sociológico e não apenas factual, tentando descortinar as razões que levaram os envolvidos no oficialato régio, a cometerem tantos desvios e resistências ás regras impostas pela coroa na administração dessas ilhas achadas.
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