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Desigualdade De Gênero No Brasil

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Por:   •  17/3/2015  •  819 Palavras (4 Páginas)  •  510 Visualizações

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Desigualdade de Gênero no Brasil

A luta por políticas, e pelos direitos das mulheres e por igualdade nas relações de gênero impulsionou a adoção de políticas públicas e leis nos campos como saúde sexual e reprodutiva, trabalho, direitos políticos, civis e contra a violência. Os direitos de cidadania das mulheres e as condições para seu exercício são questões centrais da democracia, e não apenas questões das mulheres. Já se tem alguns avanços significativos na construção dos direitos civis e políticos das mulheres brasileiras. O papel dos movimentos feministas foi fundamental nesse percurso. As articulações e mobilizações foram decisivas para á elaborações de leis e políticas públicas voltadas a eliminar as desigualdades entre homens e mulheres, nos espaços públicos e privados.

Analisando a trajetória histórica da mulher revela se que no princípio do século XXI, ás gerações atuais imprime grande importância à inserção no mercado de trabalho, o que já repercute para ás gerações futuras. Onde as mulheres já se inseriram no mundo da cultura, dos negócios e da política e continuamente, se impõe ás relações sociais a partir de suas práticas e de seus posicionamentos, permitindo perspectivas promissoras na construção de novas relações e novos espaços de participação. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, as mulheres representam 43% da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil e os negros (de ambos os sexos) representam 46%. Somados, correspondem a aproximadamente 70% da PEA (60 milhões de pessoas). As mulheres negras, por sua vez, correspondem a mais de 15 milhões de pessoas (18% da PEA) e, como resultado de uma dupla discriminação de gênero e apresentam uma situação de sistemática desvantagem em todos os principais indicadores sociais e de mercado de trabalho.

Por outro lado, a segmentação ocupacional por gênero persiste e exerce uma forte influência sobre os rendimentos e demais indicadores de qualidade de emprego de homens e mulheres, negros e brancos. A porcentagem de ocupações precárias, informais e de baixa qualidade sobre o total do emprego no Brasil é muito significativa: 57%. Mas essas cifras também evidenciam importantes diferenças de gênero: enquanto a proporção de ocupações informais e precárias sobre o total do emprego masculino era de 54%, para as mulheres essa cifra era de 61% (ou seja, 13% superior). Em termos de raça essas desigualdades são ainda mais acentuadas: foram classificadas como informais ou precárias 50,4% das ocupações dos brancos (de ambos os sexos) e 65,3% das dos negros (de ambos os sexos), o que configura uma diferença de 29%.

Uma grande proporção da ocupação feminina se concentra nos segmentos mais precários do mercado de trabalho. A porcentagem de mulheres ocupadas no serviço doméstico (18%) está entre as mais altas dos países latino-americanos. Se somarmos a isso a porcentagem de mulheres ocupadas sem remuneração que são as donas de casa (15%), chegamos a uma cifra de 33%. Isso significa que um terço das mulheres que trabalham no Brasil não recebe nenhuma remuneração pelo seu trabalho. Além disso, do total de ocupadas no serviço doméstico, apenas 27% têm carteira assinada (ou seja, mais de 2/3 delas não estão registradas e não gozam dos benefícios previstos na legislação

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