MARX E ENGELS: O MATERISLMO MODERNO E O MÉTODO DA ECONOMIA POLÍTICA
Por: Jefferson Moura • 26/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.657 Palavras (7 Páginas) • 200 Visualizações
MARX E ENGELS: O MATERISLMO MODERNO E O MÉTODO DA ECONOMIA POLÍTICA
Jefferson Bento de Moura
RESUMO
O trabalho objetiva apresentar elementos do materialismo histórico dialético e alguns princípios norteadores. Parte-se do problema: Quais as categorias para uma pesquisa de campo em ciências sociais de acordo com o materialismo histórico dialético? A metodologia é o materialismo histórico dialético. Como referência adotamos os estudos dos textos “F. Engels: O materialismo Moderno” (ENGLES, 1989) e “Marx: O Método da Economia Política” MARX,1989). Ambos os textos estão no capítulo IV “Natureza e significado do materialismo histórico” da obra organizada por Florestan Fernandes intitulada “K Marx F. Engels – História”. O materialismo histórico defende a ideia de que a evolução e a organização da sociedade, ao longo da história, ocorrem de acordo com a sua capacidade de produção e com suas relações sociais de produtividade. Compreendemos que Marx e Engels podem nos oferecer possibilidades de compreensão das diversas realidades sociais.
Palavras-chave: Friedrich Engels. Karl Marx. Materialismo Histórico
1. Introdução
O trabalho tem como temática o materialismo histórico dialético a partir dos princípios descritos por Karl Marx e Friedrich Engels. Parte-se do problema: Quais as categorias para uma pesquisa de campo em ciências sociais de acordo com o materialismo histórico dialético?
Nosso objetivo neste trabalho é de apresentar o conceito de materialismo histórico e alguns princípios norteadores a partir do capítulo IV “Natureza e significado do materialismo histórico” do livro K Marx F. Engels – História, organizado por Florestan Fernandes. A metodologia é o materialismo histórico dialético.
O trabalho justifica-se pela importante contribuição que o materialismo histórico pode oferecer as pesquisas nas ciências sociais. O materialismo histórico defende a ideia de que a evolução e a organização da sociedade, ao longo da história, ocorrem de acordo com a sua capacidade de produção e com suas relações sociais de produtividade. Compreendemos que Marx e Engels podem nos oferecer possibilidades de compreensão das diversas realidades sociais.
2. Desenvolvimento
Karl Marx nasceu em 5 de maio de 1818 em Trier (Prússia renana). O pai, advogado, israelita, converteu-se em 1824 ao protestantismo. A família, abastada e culta, não era revolucionária. Depois de ter terminado os seus estudos no liceu de Trier, Marx entrou na Universidade de Bona e depois na de Berlim; aí estudou direito e, sobretudo história e filosofia. Em 1841 terminava o curso defendendo uma tese de doutoramento sobre a filosofia de Epicuro. Eram, então, as concepções de Marx as de um idealista hegeliano. Em Berlim, aderiu ao círculo dos “hegelianos de esquerda”3 (Bruno Bauer e outros) que procuravam tirar da filosofia de Hegel conclusões ateias e revolucionárias. (LENIN, 1986)
Friedrich Engels nasceu em 28 de novembro de 1820 em Wuppertal, Alemanha. Filho mais velho de Friedrich Engels e Elise Engels, teve 8 irmãos. Seu pai era descente de uma família de comerciantes e industriais cujas atividades se originaram ainda no século XVI, na região de Wuppertal e Barmen, os negócios foram passados de geração em geração até Engels. Sua mãe era filha de eruditos e conhecida por sua imaginação fértil e o apreço às artes e à cultura. Friederich Engels morreu em 5 de agosto de 1895, em Londres. (ARAÚJO, 2016)
Em setembro de 1844, Friedrich Engels esteve em Paris por uns dias, e desde então tornou-se o amigo mais íntimo de Marx. Ambos tomaram uma parte muito ativa na vida agitada da época dos grupos revolucionários de Paris (especial importância assumia então a doutrina de Proudhon , que Marx submeteu a uma crítica impiedosa na sua obra Miséria da Filosofia, publicada em 1847) e, numa árdua luta contra as diversas doutrinas do socialismo pequeno-burguês, elaboraram a teoria e a tática do socialismo proletário revolucionário ou comunismo (marxismo). (LENIN, 1986)
No texto “Natureza e significado do materialismo histórico”, Engels (1989) nos apresenta a resistência alemã ao materialismo metafísico e mecânico. “Contrastando com o simples repúdio, ingenuamente revolucionário, de toda a história anterior, o materialismo moderno vê na história o processo de desenvolvimento da humanidade, cujas leis de movimento é sua tarefa descobrir”. (ENGELS, 1989, p. 406). Engels partiu deste ponto inicial para demostrar a natureza e significado do materialismo histórico.
Engels (1989) inicia mostrando como as revoluções operárias na Europa proporcionaram uma reviravolta na concepção histórico do materialismo.
Em 1831, havia ocorrido em Lyon a primeira insurreição operária; de 1838 a 1842, o primeiro movimento operário nacional, o dos cartistas ingleses, atingiu o ponto culminante. A luta de classes entre proletariado e burguesia passou a ocupar o primeiro plano na história dos países mais avançados da Europa, na mesma proporção em que lá se desenvolvia, por um lado, a grande indústria e, por outro, a recém conquistada dominação política da burguesia. (ENGELS, 1989, p. 407)
Para Engels (1989) os novos fatos obrigaram a submeter toda história anterior a um novo exame, e aí se mostrou que toda a história anterior era, com exceção dos estágios primitivos, a história das lutas de classe. (ENGELS, 1989, p. 407).
(BOTTOMORE, 2001) Luta de classes é um conceito que diz respeito a expressão dos conflitos entre as diferentes classes sociais, portadoras de interesses completamente antagônicos e inconciliáveis entre si. Tais lutas são travadas não só no campo econômico, como também político e ideológico. Para Engels (1989) “essas classes sociais em luta entre si são, toda vez, fruto das relações de produção e de troca, em suma, das relações econômicas de sua época” (ENGELS, 1989, p. 407).
Nesse sentindo, Engels (1989) remete a Hegel como libertador da concepção histórica em relação a metafísica. Engels (1989) nos diz
Agora o idealismo estava desalojado de seu último refúgio, da concepção de história, estava proposta uma concepção materialista de história para explicar a consciência dos homens através do ser deles, ao invés de, como até então, o seu ser através da sua consciência. (ENGELS, 1979, p. 407)
Na conclusão de seu texto, Engels (1989) apresenta uma crítica ao socialismo anterior por não oferecer
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