O Ensaio Teórico: Vigiar e Punir
Por: Wilson Enes • 30/10/2023 • Ensaio • 854 Palavras (4 Páginas) • 59 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS- UFMG.FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS -FACE.PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO/ PPGA
Disciplina: Teoria das Organizações- Turma: Única.
Professor: Dr. Alexandre Carrieri. Aluno: Wilson Machado Enes
Ensaio teórico: Vigiar e Punir -FOUCAULT
Considerações:
FOUCAULT, em Vigiar e Punir nos mostra por que a justiça deixou de aplicar torturas morais, buscando ‘‘correção” dos criminosos. Com uma narrativa elétrica, em 1757, Paris sucumbe-se com os gritos clamando a Deus piedade de François-Damiens condenado por parricídio e sentenciado ao esquartejamento com requintes de crueldade, além da fogueira.
Posterior ao século do suplício, podemos observar a casa dos jovens detentos de paris, tendo a chatice como principal fonte comparando-se a cronômetros para se vestir, horários rígidos para refeições e trabalhos até mesmo para se descasar.
As transformações francesas ocorridas nos séculos 18 e 19 irão influenciar muito na obra de Vigiar e Punir. Neste tempo houve muita mudança, o entendimento de que o poder absoluto dos reis acabou dando espaço a uma república moderna como ocorrera em outros lugares do planeta que por ventura seguira o modelo francês. Mas isso não significa que o poder do governo para controlar a vida dos cidadãos ficou necessariamente menor, apenas mudou o argumento – o surgimento da prisão, resultante da transformação.
Um grande teatro pode ser descrito como as novas execuções, haja vista que agora condenado o criminoso tinha que caminhar pela cidade declamando seu delito em voz alta, fazendo uma espécie de confissão pública diante da igreja. Incomum não era matar o sujeito no memo local e com as mesmas armas de seus crimes, instruindo o povo pela punição física.
Para FOUCALT, da mesma maneira que a tortura e a execução permeavam, a vingança pessoal do monarca era possível, que a população se voltasse contra a pessoa do soberano case se solidarizasse com o condenado.
Segundo FOUCALT, os castigos muito violentos e arbitrários tornaram o sistema penal instável, e as características cada vez mais ligadas a atividade industrial, ao comércio de larga escala e as grandes transformações financeiras, características mais atribuídas a sociedade francesa nos séculos 18 e 19 (Virada), correspondente a uma nova economina punitiva com a intenção de não se rebaixar ao nível do condenado ao ser tão violento quanto ele foi. Aqui quem exerce o poder não comete o crime.
Ser vigilante, uma vigilância aumentada, para FOUCALT o Panóptico (como o que tudo que vê em grego), apresentado em 1785 por Jeremy Bentham, porém nunca colocado em prática. Diga-se um precursor do BIG BROTHER: presídios com celas e centros vigilantes em que um único guarda poderia observar os prisioneiros sem seu saber em ser observado. O guarda era a divindade, a onipotência. Neste cenário. Quanto ao sistema de monitoramentos de suspeitos nas fronteiras, em locais públicos, pelas câmeras digitais e outras maneiras de acompanhar cada passo dos cidadãos seria a imagem de uma sociedade moderna.
Uma punição passa a integrar, segundo FOUCAULT, no século 19 em um sistema de controle social mais amplo, chamado de disciplina: uma série de mecanismos que visam separar o indivíduo do outros e de si mesmo, qualificando- assim como louco, normal, anormal, sadio ou doente, bom cidadão ou delinquente. Ainda segundo o autor, a disciplina também de manifesta -se nas escolas, industrias Armadas modernas, até o tempo de que as pessoas se dispõem ser controladas de formas mais restrita do que se viam antes.
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