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O FICHAMENTO DA OBRA DE HANNAH ARENDI – SOBRE VIOLÊNCIA

Por:   •  17/6/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  873 Palavras (4 Páginas)  •  227 Visualizações

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Mario Magno de Oliveira Silva

 

 

Fichamento da obra de Hannah Arendi – Sobre violência

 

 

 

Acarape

 

2016 

A obra apresentada por Hannah Arendt traz reflexões sobre os conceitos de poder e violência e realiza crítica ao marxismo, tendo como base teórica os contextos vivenciados no século XX, demostrando a partir de questões políticas como as rebeliões estudantis, os confrontos raciais nos Estados Unidos, A Guerra no Vietnã; os avanços tecnológicos para produção de mecanismos de violências, a  proximidade da esquerda  e movimentos reivindicatórios com perceptivas de valoração da violência, como Jean-Paulo Satre (1905-1980) e Frantz Fanon (1925-1961); os movimentos de resistências e desobediências, os défices das democracias representativas do ocidentes sob marcos de poder nas máquinas burocráticas-partidárias e que muitas vezes não conseguem abrir espaço para uma maior participação ativa na política por parte da população e entre outras experiências que foram apresentadas em sua obra.

Ela inicia apresentando de acordo com Lênin que o século XX foi o século das guerras e revoluções (P. 13). Demostrando como os avanços nas técnicas de violência se desenvolveram ao longo do tempo e nas quais foram mantidos por discursos como da “garantia da paz”, que foi utilizado para legitimar mecanismos como ampliação do armamento... E mostrando que para se chegar ao fim, ou a uma revolução, necessitaria da fabricação de instrumentos que ocasionassem a violência (P.13-14). Percebe-se como há uma proliferação de técnicas e máquinas de guerra e assim vai conduzindo o processo de desenvolvimento da humanidade. Mostrando como o campo da violência adentra aos “negócios humanos”, na qual as guerras ainda estão presentes no nosso cotidiano por conta das disputas políticas internacionais (P.14). E esse discurso de disputa internacional, armamento, mecanização da violência, vem da construção realizada após a segunda Guerra Mundial, durante a Guerra Fria. Demostrando que muito dos conflitos mundiais se fez pela disputa do poder nuclear. Relacionando a violência como um “fenômeno marginal” (P.16) Arendt pregava o princípio da não-violência para a construção do estado de bem-estar social e de conquistas de direitos civis como foi realizado na Guerra do Vietnã (P.20). Mas a autora apresenta critica a radicalidade dos marxistas Fanon e Satre sobre a estereotipação dos mesmo pelo discurso de “glorificação a violência” e realizando também as críticas as rebeliões estudantis que realizam a “verdadeira prática de violência”, segundo a autora, como algumas mobilizações globais e também no movimento Black Power, na qual mostra sua visão racista aos “rebeldes” e afirma que a negrada não tinha qualificação acadêmica e que não realizam somente a violência através de teoria e retórica (P. 22). Nessa visão, ela mostra o posicionamento sobre a “Nova Esquerda” que contribuiu nas organizações mundiais de estudantes e na qual foram a geração que naturalizou alguns processos de luta de desconstrução da tese de “Fim das Ideologias”, realizando lutas contra a política imperialista dos governos, em especial dos Estados Unidos e realizando a crítica ao mito do pluralismo e da Democracia.

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