O Que é Politica

Resumo

MAAR, Wolfgang Leo. O que é politica. Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos. Pág. 7 a 64.

Política pode ter vários significados, porém os mais visualizados pela população, são as ações de um deputado ou de um órgão da administração pública, é um comício, uma eleição. Essas são as ações que a sociedade caracteriza como política. Porem existe uma gama de outras situações que ocorrem no dia-a-dia que também são exemplos de política, como por exemplo, quando se discute assuntos de interesse geral nas igrejas, sindicatos e até mesmo em empresas, também são formas de políticas. Essa falta de definição do que é política, acaba levando o afastamento das pessoas do tema, e dessa maneira os “políticos” tomam de conta de todo o sistema tornando cada vez mais um tema insatisfatório rodeado de corrupção e violência. Cada vez mais deixa de existir a política, para existir apenas os políticos. E cada vez mais as lutas por causas e movimentos fazem políticos. Por outro lado, existe instituições que não pretendem fazer políticos, mas estar no meio das discursões e ter poder político, é o caso da igreja. Assim existe várias políticas, ou várias propostas políticas. Essa dinâmica implica em duas questões básicas, a primeira é a focalização do movimento histórico de inter-relacionamento das diversas políticas, em que se determina a preponderância de uma delas, chamada política hegemônica, ou situação delicada, que se denomina crise política. Em segundo lugar, cabe dedicar-se com especial carinho a própria conjuntura em que se desenvolve uma política como expressão de certas situações em sociedade, como algo que não tem, passa a ter significado político. Essas duas questões se encontram, basta observar os partidos políticos, que ao mesmo tempo disputam o controle do aparelho estatal e também são representantes de alguns interesses e causas especificas que passam a ter significado político.

A política deveria buscar privilegiar unicamente o coletivo social, pois o homem é um ser social, porem muitos na sua individualidade não conseguem enxergar dessa forma. A atividade política passa a ser um mal necessário, uma atividade social transformadora pela qual se visa a realização de certos fins utilizando-se de determinados meios. É uma busca de realização de metas maiores. Por oposição a está objetividade das tarefas políticas, surge a subjetividade, cuja a satisfação deve aguardar a realização da utopia, ante o risco que significa o abandono das prioridades sociais efetivas. Utilizando-se dos estudos marxistas, o autor remonta ao indivíduo como significado do meio onde habita. E sendo o capital aquele que determina a moral, o indivíduo perde seu significado e passa de senhor a servo das coisas, do capital. A atividade política não pode apenas servir de meio transformador do mundo objetivo (aquele determinado pelo coletivo), mas “significa, também, o exercício de uma atividade transformadora da consciência e das suas relações com o mundo”. Ou seja, seu papel deve focar tendências prolongadas ao longo do tempo.

A atividade política continua em movimento, hoje ela é o resultado de um longo processo histórico da vida social dos homens. A grande desmoralização da política oficial no presente leva a atividade política a se refugiar cada vez mais fora da atuação das instituições, concentrando-se apenas na política de base. Estudar política hoje, não se reduz a estudar apenas os partidos políticos, hoje é necessário entender os movimentos sócias as instituições, os agentes envolvidos nesse cenário, resguardar a atividade política sem preconceitos. O autor trás os gregos e os romanos para o livro, onde falar em Grécia é falar em democracia, porem apresenta suas contradições. Para Platão, o político não se deferência dos demais homens por nenhuma qualidade, a não ser por conhecer melhor os fins da pólis, oferecendo uma luz que guie os homens entrevados nas sombras da caverna. Para Aristóteles, na ética a nicômaco, como “a política utiliza-se de todas as outras ciências, e todas eles perseguem um determinado

...