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O Uso Do Crack, Problema só Das Metrópolis

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Por:   •  9/11/2014  •  4.569 Palavras (19 Páginas)  •  617 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRECENCIAL CONNECTADO

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

RISOLEIDE PINTO DA SILVA RIOS DOS SANTOS

O USO DO CRAK, UM PROBLEMA RESTRITO ÀS METRÓPOLIS?

SERRINHA-BA

2014

RISOLEIDE PINTO DA SILVA RIOS DOS SANTOS

O USO DO CRAK, UM PROBLEMA RESTRITO ÀS METRÓPOLIS?

Trabalho apresentado ao curso de serviço social a faculdade Norte do Paraná – UNOPAR, VIII semestre, para obtenção de nota.

Professores: Gleiton Lima, Geane Albeazzetti, Roseane Malvezzi,Rodrigo Tringueiro.

SERRINHA-BA

2014

SUMÁRIO

CAPA----------------------------------------------------------------------------------------- 01

CONTRACAPA---------------------------------------------------------------------------- 02

INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------- 04

DESENVOLVIMENTO------------------------------------------------------------------- 04

CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------------ 14

REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------- 17

INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta uma revisão crítica da literatura sobre o uso indevido e abusivo de Crack o mesmo descreve-se como uma droga relacionada a uma forte angústia e fragilidade do sujeito, e a falta de escolaridade, famílias desestruturadas e outros, como parte do narcotráfico, relacionando-o com a criminalidade. Essas representações, portanto, devem ser observadas, pois a elas podem estar associados discursos e práticas sociais que situam o usuário como sujeito desprovido de capacidade avaliativa de sua própria condição e de sua relação com a droga.

A proposta da realização deste artigo representa um panorama com aspectos diferenciais acerca de literaturas de um conjunto de temas voltados para o tratamento de usuários de crack, o presente estudo representa a preocupação com o avanço devastador do crack na sociedade brasileira, em especial os males que este causa na saúde pública; onerando os cofres públicos, ocupado leitos hospitalares e destruído famílias. Por meio desta revisão foi abordado um conjunto de temas no que se refere à problemática do uso e abuso de substâncias psicoativas

DESENVOLVIMENTO

O crack é, atualmente, um dos psicoativos de uso crescente na sociedade brasileira, penetrando cada vez mais na classe média e sendo associado, pela opinião pública, como fator desencadeante de agressividade e violência. Constantemente a imprensa discute o consumo do crack, o que parece demonstrar uma preocupação social quanto aos efeitos que ele pode causar tanto do ponto de vista da saúde individual, quanto de seus impactos sociais. A relação com substâncias psicoativas não é algo recente na humanidade. MacRae (2001) descreve que, desde a pré-história, plantas e algumas substâncias de origem animal são utilizadas para alterar a consciência com inúmeros fins. É interessante observar que os sentidos atribuídos ao uso de psicoativos sofrem variações segundo o meio cultural em que se insere: objeto de rito sagrado, artigo de cura e prática hedonística são algumas das principais motivações para seu consumo.

Bucher e Lucchini (1992) afirma que a droga não existe excluída da experiência, pois seria a atividade simbólica em relação ao conjunto motivacional do consumidor que permitiria denominar uma substância como psicoativa. Para o autor, o usuário é um sujeito ativo que, como todo ser humano, utiliza símbolos para se comunicar. Então, esses elementos simbólicos são significados como um processo de constante reformulação, alterando-se sempre que esse sujeito interagir com seu ambiente.

O consumo de cocaína, por exemplo, teve origem no altiplano andino há mais de 4.500 anos, como afirmam Ferreira e Martini (2001). Os autores salientam que existem várias lendas em que a droga é associada aos mistérios da fertilidade, da sobrevivência e da morte, assim como a práticas curativas. Oliveira (2007) descreve que seu consumo era buscado pelo efeito estimulante da substância, amenizando fome e fadiga e proporcionando bem-estar e energia. Além disso, ainda tinha propriedades curativas, sendo, por isso, considerada portadora de virtudes mágicas entre os indígenas, recebendo posição de destaque em sua vida social e religiosa. Os Incas consideravam a Erythroxylon coca uma dádiva de Inti, o deussol. Seu consumo era privilegiado e, portanto, restrito aos representantes da nobreza, até o momento da invasão espanhola. Durante o período colonial, aconteceu uma disseminação do consumo entre o restante da população. No Brasil, as etnias indígenas localizadas na fronteira com a Venezuela mantiveram o hábito de mascar a folha, conhecida como "epadu" ou "ipadu", assim como de inalar um pó preparado com as folhas torradas misturadas a elementos alcalinos (Ferreira & Martini, 2001).

A baixa escolaridade observada entre os dependentes químicos já é tratada na literatura como um grave problema, decorrente, muitas vezes, do próprio uso da droga. O início do consumo na maior parte dos casos é iniciado precocemente, contribuindo para a evasão escolar desde cedo (Pechansky, Szobot & Scivoletto, 2004; Schenker & Minayo, 2005). Jovens usuários de substâncias acabam abandonando o ambiente escolar, não somente para fazer o uso da droga, mas também motivados pelo

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