Os Impacto da Violência Domestica no Cotidiano Familiar
Por: Adriana25levi • 15/9/2016 • Relatório de pesquisa • 3.692 Palavras (15 Páginas) • 550 Visualizações
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FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE – FVJ
CURSO: SERVIÇO SOCIAL – 7° PERÍODO
ALUNA: FRANCISCA ADRIANA DE OLIVEIRA
PROFESSORA: RAQUEL VIEIRA
OS IMPACTOS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO COTIDIANO FAMILIAR.
Aracati- CE [pic 2]
2016
FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE
OS IMPACTOS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO COTIDIANO FAMILIAR.
Projeto de monografia elaborado pela acadêmica Francisca Adriana de Oliveira como exigência do curso de Serviço social da Faculdade do vale do Jaguaribe, como requecito parcial para obtenção de nota final, sob a orientação da professora Raquel Vieira.
Aracati- CE
2016[pic 3]
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 03
1.1 MARCO TEÓRICO 04
2. JUSTIFICATIVA 09
3. OBJETIVOS 11
3.1 OBJETIVOS GERAL 11
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 11
4. METODOLOGIA 12
5. CRONOGRAMA 13
6. REFERÊNCIAS 14
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1. INTRODUÇÃO
Atualmente a violência contra mulher tem aumentado significativamente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE em 2015, 38,72 % das mulheres brasileiras em situação de violência sofrem agressões diariamente, sendo que para 33,86 % dessas mulheres a agressão é semanal.
A lei Maria da Penha estabelece cinco tipos de violência doméstica, que são: A violência física que diz respeito a qualquer ato contra a integridade ou saúde corporal da vítima; A violência psicológica que diz respeito a qualquer ação que cause prejuízo psicológico, como humilhar, chantagear ou ridicularizar, é também considerado dano emocional e controle de comportamento da mulher; A violência sexual se caracteriza pelo ato de forçar a mulher a praticar relação sexual indesejada, impedindo o uso de métodos contraceptivos ou força-la a gravidez, aborto ou prostituição; A violência patrimonial são aquelas situações em que o agressor destrói bens, documentos pessoais e instrumentos de trabalho; A violência moral acontece quando parceiro usa de comentários ofensivos na frente de estranhos ou conhecidos, para humilhar a mulher publicamente, expor a vida intima do casal, falando mal da mulher para os outros com o intuito de diminuí-la perante amigos e parentes.
Percebe-se que a violência doméstica modifica todo o contexto familiar da vítima, tendo em vista que o agredido não é o único que sofre com a situação, pois a violência doméstica atinge a todos do seu redor. Refletindo sobre isso surgiu a seguinte indagação: Quais os impactos da violência doméstica no cotidiano familiar?
Levando em consideração tudo o acima exposto, esse trabalho tem como objetivos analisar os impactos da violência doméstica no cotidiano familiar, bem como, identificar os tipos de violência sofridos pela mulher, entender as mudanças trazidas pela violência doméstica no ambiente familiar, e compreender como se efetivam as expressões de afeto/relacionamento familiar neste contexto de violência.
- MARCO TEÓRICO
Evidencia-se que no Brasil as relações sociais que foram construídas, vêm de uma herança patriarcal, machista, pois por muito tempo as mulheres eram vista como um mero objeto, sendo educadas pelos seus pais para casar e ter filhos, as mulheres dessa época eram como se fosse uma posse do seu pai quando pequenas e uma posse do marido quando adultas (CUNHA, 2014).
Percebe-se então que o patriarcado é uma espécie de “pacto masculino”, pois tem como objetivo garantir a opressão das mulheres, sobre isso a literatura retrata:
O regime patriarcal se sustenta em uma economia domesticamente organizada, sendo uma maneira de assegurar aos homens os meios necessários à produção diária e à reprodução da vida. Ele se estabelece como um pacto masculino para garantir a opressão de mulheres, as quais tornam-se seus objetos de satisfação sexual e reprodutoras de seus herdeiros, de força de trabalho e de novas reprodutoras. Trata-se de um direito político. A liberdade civil não pode ser compreendida sem a criação do direito patriarcal dos homens sobre as mulheres. Este pacto é social, pois cria o direito político dos homens sobre as mulheres, e é também sexual, porque estabelece um acesso sistemático dos homens ao corpo feminino. (CUNHA, 2014, p.155).
Portanto o patriarcado não se manifesta apenas na discriminação salarial e na segregação política no âmbito do espaço público, mas também sobre a sexualidade e reprodução da mulher, na medida em que influência a mulher na escolha de ter grandes números de filhos ou números reduzidos. Portanto a mulher nada mais é para os homens que um objeto sexual e de reprodução (SOUZA, 2013).
Sendo que as explicações para a violência contra a mulher, se dá pelo pressuposto, das mesmas serem consideradas como “sexo frágil”, de menor força física, e de incapacidade racional, devido sua própria natureza domesticável, tem tendência de serem dominadas, neste sentindo a mulher precisariam de alguém que a protegesse e orientasse. Nesta percepção a mulher se encontra passiva de violência em alguns momentos, até mesmo para correção. Esta discussão biologicista argumenta que as mulheres, por uma suposta natureza feminina, apresentam comportamentos irracionais, além de ser muito emotivas, fazendo o homem perder o controle, e assim provocando a violência. A violência doméstica nesta perspectiva falsa se justifica, portanto como controle da irracionalidade feminina. Essa concepção naturaliza a violência de gênero de tal forma que desloca para todos os tempos históricos como um fenômeno que sempre ocorreu e que sempre ocorrerá, ainda que em maior ou menor potencialidade (CUNHA, 2014).
Vale ressaltar que para a discussão desse tema é necessário compreender o conceito de gênero, corroborando com isso a literatura traz:
O conceito de gênero foi construído socialmente visando compreender as relações estabelecidas entre homens e mulheres, baseadas nos papéis que cada um assume na sociedade e nas relações de poder entre eles. Vive-se numa sociedade humana que é histórica, que muda conforme o padrão de desenvolvimento da produção, dos valores e normas sociais (Vincensi, 2011, p. 18).
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