Resenha Sobre: "A Separação Entre o 'Político' e o 'Econômico' no Capitalismo"
Por: Sophia Clari Csatlos • 3/4/2017 • Resenha • 335 Palavras (2 Páginas) • 814 Visualizações
Resenha sobre: "A separação entre o 'político' e o 'econômico' no capitalismo"
Bibliografia: WOOD, Elen Meiksins. "A separação entre o 'político' e o 'econômico' no capitalismo". In: ___. Democracia contra o capitalismo. A renovação do materialismo histórico. São Paulo: Boitempo, 2011, p.27-36 e 43-49.
Aluno: Sophia Clari
RA:187135
No texto "A separação entre o 'político' e o 'econômico' no capitalismo" Ellen Wood crítica as correntes marxistas, pois separam o conceito econômico e o político usado na própria lógica capitalista. Marx justamente desenvolveu sua análise baseada na economia política, referindo as relações sociais e a disposição do poder que se estabelece entre os operários e os capitalistas que vendem sua força de trabalho. O pensador trata a economia como algo que contrapõe a política, portanto é um conjunto de relações sociais.
Essa separação fez com que ocorresse uma ilusão da burguesa, pois não vê a esfera produtiva definida por suas relações sociais perdendo seu principal caráter. Essa visão torna-se abstrata, o que se contrapõe ao materialismo histórico defendido por Marx.
“Uma compreensão materialista do mundo é então uma compreensão da atividade social e das relações sociais por meio das quais os seres humanos interagem com a natureza ao produzir condições de vida; é uma compreensão histórica que reconhece que os produtos da atividade social, as formas de interação social produzidas por serem humanos, tornam-se elas próprias forças materiais, como são as naturalmente dadas. (WOOD, [1995] 2006, p. 32-33 ”
A lógica capitalista separa a esfera político econômica, através do meio de produção na qual há um processo envolvido. A esfera econômica se apóia na política para responder os interesses dos capitalistas, deste modo ocorre a separação privada dos deveres públicos.
A autora Explica a privatização do poder político através da historicidade, dizendo que o capitalismo se apropriou do feudalismo e aprimorou essa relação do político com a economia.
É, portanto nessa lógica do Estado burguês que surge a divisão do trabalho que apresenta o momento coercitivo do papel do Estado. O monopólio mais especializado leva a concentração do poder na sociedade.
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