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SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO HISTÓRICO DA DITADURA MILITAR

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Por:   •  25/10/2014  •  1.404 Palavras (6 Páginas)  •  1.482 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................3

2 GOLPE MILITAR DE 1964 ......................................................................................4

3 MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO E RENOVAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL.6

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................7

REFERENCIAS............................................................................................................8

1 INTRODUÇÃO

Diante do contexto histórico político da ditadura militar brasileira, busca o presente trabalho analisar a articulação do movimento de reconceituação do serviço social que, mediante a insatisfação dos profissionais devidos as suas limitações, vieram a instituir uma perspectiva de mudança social, devido à conscientização da exploração, opressão e dominação.

Após o Golpe Militar de 1964, o espaço da atuação profissional dos assistentes sociais se limitou à execução das políticas sociais em expansão dos programas de desenvolvimento da comunidade, atuando na eliminação da resistência cultural que representasse obstáculos ao crescimento econômico e na integração aos programas de desenvolvimento do Estado.

A ditadura militar no Brasil baseado na “cultura do medo”, repressão as classes populares atingiu também os profissionais do serviço social onde a sua atuação era limitada. Deste modo, os profissionais se empenharam em assumir uma relação mais eficiente, eficaz e neutra, de forma a conservar o espaço no mercado de trabalho, não conflitando com o Estado Militar.

Na ditadura militar as políticas sociais eram burocráticas, paliativas; tinham o objetivo de unificar, uniformizar e centralizar, não tinha caráter libertário serviam apenas para reprodução capitalista; o custo era partilhado entre empregado, empregador e o estado, e o Serviço Social apenas executava essas políticas.

Mas com a conscientização da opressão e dominação é institucionalizada uma perspectiva de mudança social. Assim os assistentes sociais começam a desenvolver um intenso processo de discussão interna na busca de um novo perfil profissional, de uma identidade com as classes trabalhadoras. Surge assim uma oposição ao tradicionalismo do Serviço Social, passando a questionar sua vinculação histórica com os interesses do poder.

2 GOLPE MILITAR DE 1964

A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961, quem assumiria a presidência seria o vice presidente João Belquior Marques Goulart, o popular JANGO, mas os ministros militares eram contrários a sua posse, pois temiam ao comunismo.

Então os partidos de esquerda, aliados aos sindicatos e ao movimento estudantil, ganharam as ruas em defesa de João Goulart, em manifestações de apoio ao cumprimento da constituição. Para evitar uma guerra civil os militares retrocederam, e enfim João Goulart, no dia 07 de setembro de 1961 toma posse em regime parlamentarista, ou seja, não podia governar de fato. Mas, em 06 de janeiro de 1963 um plebiscito promovido pelo governo restabeleceu o presidencialismo, e João Goulart pode assumir a presidência com plenos poderes.

Quando o presidente João Goulart apresentou um projeto de reformas econômicas e sociais que almejava garantir melhores condições de vida nas diversas camadas populares e promover a emancipação econômica brasileira sendo que esta estratégia não tinha o objetivo de quebrar a hierarquia de classes, mas todo este processo de reforma aborreceu os conservadores capitalistas, pois os mesmos tinham medo que a nação vivenciasse um regime socialista e assim providenciaram a derrubada de João Goulart por meio de um Golpe militar. Daí então os presidentes deixaram de ser escolhidos pelo povo, através dos votos secretos e diretos, e passaram a ser escolhidos por generais do exercito e pela força armada. Dando inicio a ditadura um período que foi caracterizado pela falta de democracia, censura concentração de renda pensamentos capitalista, perseguição política e repressão.

Neste período o país foi governado por militares como os generais Castello Branco, Arthur da Costa e Silva, Emilio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo. Vale ressaltar que no governo Médici conhecido como “anos de chumbo” devido o aumento de repressão e censura o país também passou por um milagre econômico com o objetivo de desenvolvimento era conseguido com grandes projetos financiados pelo capital externo, com isso, de 1968 a 1973 a economia brasileira cresceu a uma media de 12% ao ano, os fatores que contribuíram foram os empréstimos externos e investimentos estrangeiros, a expansão industrial, aumento das exportações industriais e produtos agrícolas, foi também época de grandes obras entre elas a ponte Rio - Niterói e a estrada transamazônica, foi também nesta época que o Brasil sagrou-se tricampeão mundial de futebol no México em 1970 todos esses “fatores positivos” era usado pelo governo como propaganda a seu favor.

Mas o milagre econômico, porém mostrou sua outra face: as suas misérias, que não eram divulgadas, o país teve crescimento econômico, mas não teve desenvolvimento econômico, ou seja, houve crescimento, sem qualidade de vida; houve aumento dos postos de trabalho, mas faltaram condições estruturais para permanência destes postos; tinha muito dinheiro nos cofres dos bancos, especialmente nas poupanças das classes média e alta, mas milhões de brasileiros morriam de subnutrição. Assim, se concebe neste cenário que o crescimento econômico brasileiro gerou mazelas sociais irreparáveis, especialmente a concentração de renda e o desemprego.

O fim do milagre econômico se deu em 1973, por motivos internos e externos. O milagre econômico começou a dar sinais de esgotamento, uma vez que internamente,

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