A PSICOLOGIA E O SEVIÇO SOCIAL NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR
Por: 360942 • 3/8/2015 • Tese • 1.248 Palavras (5 Páginas) • 367 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA PÓLO DE OSVALDO CRUZ
SERVIÇO SOCIAL - 3ª SÉRIE
DICIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II; PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL I
A PSICOLOGIA E O SEVIÇO SOCIAL NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR
NOME DO TUTOR A DISTÂNCIA
Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes
Helenrose A da S Pedroso Coelho
OSVALDO CRUZ –15/04/2015
Introdução
Este trabalho tem como objetivo mostrar o posicionamento dos profissionais de Psicologia e Serviço Social e reconhecer os acontecimentos sócios-políticos brasileiro, na década de 60, durante um período de grande manifestações e repressão que foi o período da Ditadura Militar. Busca também esclarecer os principais acontecimentos que marcaram essas duas profissões e suas principais transformações.
A Psicologia e o período da Ditadura Militar
A Psicologia no Brasil foi regulamentada no ano de 1962, pouco antes do golpe militar, em um período no qual as Forças Armadas se articularam para promover o tão fatídico e inesquecível golpe.
Durante a Ditadura, os trabalhos eram realizados em consultórios, ambientes escolares e na área de recrutamento de seleção. Nesse período ditatorial a psicologia estava sendo refém de necessidades políticas e econômicas geradas pelo governo militar. O Brasil estava sujeito a um modelo de governo que privava o individuo dos seus direitos básicos, tais como: moradia, educação, empregos.
A partir desse processo social, vários profissionais começaram a atuar junto a população desfavorecida com a preocupação de tornar essa prática próxima do povo, com intuito de deselitizar a profissão. Essas práticas ganharam forças, em um contexto de desespero da população com o descuido do Estado e diante de vários conflitos sociais que o Psicólogo é desafiado a atuar. O Psicólogo trabalhava de maneira voluntária, convicto do seu compromisso político e social junto a essas populações carentes.
A mudança do foco de atuação dos profissionais com o fim da Ditadura Militar saiu da visão individualizada / privada para a construção de posicionamentos atentos ao coletivo / social. Processo de transformação das praticas profissionais do Psicólogo que foram de grande importância para a ascensão e reconhecimento da população no país.
Na atualidade, psicologia tem ocupado diversos espaços de discussões em torno do direito de crianças , adolescentes e idosos, na luta pela igualdade de gêneros, contra a homofobia, na defesa pela ampliação da Reforma Psiquiátrica, na implementação e defesa do Sistema Único de Saúde , na defesa do Sistema Único de Assistência Social. Á também uma preocupação de diversos segmentos sociais em relação a defesa dos Direitos Humanos, e em muitos momentos se insere nesses espaços, nos quais o profissional das pode desenvolver o papel, denuncia e luta pela transformação das situações que acarretam a violação dos Direitos.
Serviço Social e a Ditadura Militar
A profissão do Serviço Social foi marcada por vários acontecimentos. No inicio a profissão se firma no Brasil com o apoio da Igreja Católica, mas este trabalho favorece a classe burguesa em uma sociedade onde impera o capitalismo fazendo com que surjam pessoas que possam trabalhar a favor das classes dominantes para que a classe menos favorecida sinta-se amparada.
No final da década de 50 e no inicio da década de 60 com a era de Juscelino Kubitsheck o Brasil vivenciava a ideologia econômica do desenvolvimentismo, e com isso o Serviço Social reproduziu técnicas que visaram o desenvolvimentismo, tais como estudo de caso, de grupo e comunidade, e também o desenvolvimento de comunidade ( DC). Os Assistentes Sociais passaram a se comprometer com essa nova perspectiva.
Posteriormente, em 1964 o espaço de atuação profissional dos Assistentes Sociais se limitou a execução das políticas sociais em expansão dos programas de desenvolvimento de comunidade, atuando na eliminação da resistência cultural que representasse obstáculos ao crescimento econômico e na integração aos programas de desenvolvimento de Estado.
O descontentamento da política social em que está inserido o Assistente Social e a conjuntura da sociedade brasileira culmina em um processo de Renovação do Serviço Social, visando uma mudança prática do Assistente Social em ações profissionais. Inicia-se assim o movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil. A fim de ser criada uma perspectiva de reatualização do conservadorismo e perspectiva de ruptura.
Neste quesito os Assistentes Sociais começam a desenvolver um intenso processo de discussões interna na busca de um novo perfil profissional. A partir dessas definições foram imprescindíveis as realizações dos seminários que trataram da necessidade de se apropriar de novas práticas para o Serviço Social: Araxá (1967 ), Teresópolis (1970 ), Sumaré e Alto de Boa Vista ( 1978 0. A partir de 1970 assenta a perspectiva marxista, com influência de Althussur, tal método repercutiu no Serviço Social brasileiro uma visão disforme e mecanicista da realidade social. Podemos assim dizer que o Serviço Social foi marcado por vários acontecimentos durante o período da Ditadura.
Diferenças entre a Psicologia e o Serviço Social
Em 1964 instaurou-se no pais a Ditadura Militar, os profissionais de Psicologia participaram dos movimentos populares acreditando que iriam colaborar para uma sociedade mais justa e igualitária. E com isso começaram a marcar espaço, saindo das escolas, consultórios, e indo para os bairros, favelas, associações de moradores, a principio eram voluntários.
Com a Ditadura houve um descontentamento da classe do trabalhador, essa classe se une e organiza movimentos na luta contra a opressão e exploração. Esse grito coletivo exige do profissional de Serviço Social uma postura de superação de sua prática antes baseada na manutenção do poder e assistencialismo, para uma prática de neutralidade, com uma ação articulada com as lutas de movimentos populares, objetivando transformação social.
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