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OS EFEITOS QUE A DITADURA MILITAR PRODUZIU SOBRE O SERVIÇO SOCIAL E A PSICOLOGIA

Por:   •  22/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.489 Palavras (6 Páginas)  •  517 Visualizações

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CENTRO DE ENSINO A DISTÂNCIA ANHANGUERA- UNIDERP

CURSO: Serviço Social

DISCIPLINAS: Fundamentos Históricos Teórico-Metodológicos do Serviço Social II/Psicologia e Serviço Social I

PROFESSORES (EAD):  Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes e Helenrose A. da S. Pedroso Coelho

PROFESSOR TUTOR PRESENCIAL: Francisca Diana Frazão de Sá Coutinho Vilanova

ALUNOS: Ezequiel Lima Ramos RA: 9910175105

                  Gracinete Nunes Esteves RA: 9910178497

                  João Dilson Alves de Sousa RA: 9910145668

OS EFEITOS QUE A DITADURA MILITAR PRODUZIU SOBRE O SERVIÇO SOCIAL E A PSICOLOGIA

O período  conhecido como ditadura militar no Brasil que vai do golpe militar de 1964 ao ano de 1985, período esse marcado por suspensão de direitos políticos, falta de liberdade, de democracia, suspensão de direitos constitucionais, instituição de vários atos institucionais entre outros, trouxe inúmeras transformações para o Serviço Social e para a profissão em si, a mais evidente foi sem dúvida o movimento de conceituação  e renovação da profissão, bem como a erosão do Serviço Social tradicional no Brasil. Assim para a Psicologia que em primeiro momento, a profissão sua regularização antes desse período. Conquanto as práticas psicológicas se consolidavam com a influência de ideológicas desenvolvimentistas, sendo que era pautada pela repressão política e ideologia local.

Portanto nesse momento a Psicologia no país agregava nas suas práticas e na formação profissional, o predomínio de abordagens individuais, descontextualizadas e apoiadas em modelos abstratos de seres humanos. Esses modelos eram utilizados como medidas para a realização e avaliação de ações que tornava o indivíduo adaptado com a situação em que vivia, articulando o processo de exclusão social. Método direcionado à classe média do país, onde foi atingida por esse processo, tendo conformismo político e consumo.

Percebe-se que a Psicologia na ditadura contribuiu como uma ferramenta ideológica com o potencial de tornar os mecanismos sociais em universais e neutros.

O trabalho do profissional era definido da clínica individual da tarefa de avaliação profissional e acompanhamento de dificuldades na aprendizagem nas escolas. Assim na época, havia a proibição da referência teórica, sendo lida na clandestinidade, ressaltando as obras de Freire Guattari e Cooper.

Portanto com as práticas participativas e a consideração dos espaços coletivos, permeou o trabalho em comunidades. Sendo usado na década de 70, ações inspirados na psiquiatria comunitária.

Assim mesmo tendo restrições dos direitos civis, foram efetuados projetos de extensão das universidades. À medida com que ocorria o desgaste do período militar, eclodia diversas manifestações populares contra a repressão política. Além do país aumentar a dívida eterna, persistindo o modelo da abertura do capital estrangeiro e a distribuição desigual das riquezas.

Houve o envolvimento dos Conselhos Federal e Regional de Psicologia na forma de desmitificar as teorias psicológicas, discutindo suas origens ideológicas e ao valores subjacentes às lógicas postuladas. Nesse momento teve a reflexão da responsabilidade social da Psicologia em relação à crise política do país.

O avanço da abertura política e dos movimentos sócias à ela associados, muitas práticas psicológicas se integraram às perspectiva da Psicologia ao longo do período militar do país, tanto que houve o movimento pelas eleições diretas nos anos 80 e a mobilização pelo “impeachment” de Collor, permitindo um sentimento de pertencimento do coletivo.

O período da Ditadura Militar no Brasil marcou acontecimentos históricos em relação ao Serviço Social. Com o golpe de 1964 feitos pelos militares, a ideologia proposta era o estudo de caso ou grupo, foi fixada na categoria. Assim em meados dessa época, no Brasil, houve o Seminário em Araxá, conduzia o Serviço Social na discursão do movimento de conceituação do Serviço Social. Com essa discursão desejava desvincular o Serviço Social com o conservadorismo da profissão, através da renúncia, da metodologia e a base teórica originadas da Europa e dos EUA.

No entanto, esse movimento não provocou mudanças significativas no momento histórico da profissão, que foi de 1960 à 1970. Assim existindo o movimento de conceituação, o Serviço Social reproduzia práticas resignadas. Houve o seminário de Teresópolis em 1970, que desejava a aproximação do Serviço Social teorizando com as técnicas para a intervenção.

Percebe-se que em meados dos anos 70, até 1974, alguns profissionais elaboraram críticas de esquerda, com base em Althusser, tendo resultado no método de BH. Por outro lado este método repercutiu a categoria no país, partindo de uma intervenção de militância dos profissionais, originando uma visão disforme e mecanista do contexto social.

Em 1979, teve o III Congresso Brasileiro dos Assistentes Sociais (congresso da virada) no qual os profissionais progressistas e os defensores marxistas lideraram o congresso. Portanto na Década de 80, em especial nas Diretrizes Curriculares de 1982, o Serviço Social fixou na corrente marxista, devido ao movimento histórico e econômico que a população vivenciava. Logo com o processo da redemocratização do país ao lado da aprovação da nova Constituição em 1988 e o fim da ditadura, a categoria escreve sua fundamentação teórico-metodológica, persistindo características que ajudaram a concretiza-las.

Durante o período da ditadura militar, os assistentes sociais depararam - se diante de novas perspectivas, e uma real necessidade de mudanças de práticas sociais, como a inserção de disciplinas sociais no mundo desse profissional e a sensibilização para as problemáticas macrossociais, bem como a inserção do assistente social em equipes multiprofissionais. Para atender a essa nova realidade sócio-política, era preciso romper com a velha herança do serviço social no Brasil, influenciado pela autocracia burguesa e a igreja.

Com o golpe de abril, ocorreu uma ampliação do mercado de trabalho dos assistentes sociais, por meio de criação de instituições e organizações estatais, no seminário de Araxá em meados de 1967, houve a diferenciação entre níveis de intervenção macrossocial e micro social. No macrossocial perfil do profissional está voltado para a formulação de políticas públicas modernas, no nível micro social este papel está voltado para a execução terminal das políticas tradicionais, e uma relação direta com os usuários do serviço da assistência social.

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