Saúde e Gênero

Com o passar dos anos a expectativa de vida da população aumentou significativamente, devido a estudos e investimentos na área da saúde, surgiram novas drogas, vacinas, exames preventivos, equipamentos hospitalares e tantas outras possibilidades, que facilitavam cada vez mais para uma vida saudável. Entretanto podemos observar que mesmo com todo esse avanço os homens ainda morrem mais do que mulheres, estima-se que a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. A OMS destaca que atualmente as mulheres vivem em média, quatro anos a mais que os homens em todos os países e regiões do mundo.

Podemos levar em conta diversos motivos como, por exemplo, fator genético, mas o principal deles é a cautela com a saúde, é fato comprovado que as mulheres cuidam e se preocupam mais com a saúde do que os homens, as principais causas de morte dos homens estão relacionadas ao estilo de vida, acidentes de trânsito, violência, drogas, pressão alta, câncer de pulmão e de próstata, doenças relacionadas com bebidas alcoólicas entre outras.

Os homens e mulheres nascidos no século XIX viveram muito menos do que pessoas nascidas no século XX, devido às péssimas condições de saneamento, que as pessoas enfrentavam anos de 1800, o que as levava a consumir comida e água contaminadas frequentemente, além do mais, essas pessoas não contavam com antibióticos na hora de tratar uma doença infecciosa, o que resultava em uma mesma expectativa de vida entre homens e mulheres.

Com o passar dos anos e com os conhecimentos adquiridos sobre o assunto, surgem os antibióticos e a preocupação com o saneamento básico e a limpeza dos alimentos, o que resultou em um aumento dos índices. Homens nascidos entre 1900 e 1935 tinham de duas a três vezes mais chances de morrer na casa dos 50 ou 60 anos em relação às mulheres, pesquisadores descobriram que essas mortes eram, na maioria dos casos, provocadas por doenças cardiovasculares e também pelo fumo – um hábito muito maior em homens do que em mulheres, no início do século passado.

A figura do homem desde o início dos séculos sempre estava relacionada a um ser forte, auto confiável, capacitado para o trabalho, o líder de uma família, enquanto a mulher era vista como um ser frágil, cauteloso, cheio de limitações e que servia apenas para cuidar da família e dos afazeres domésticos. Essa idéia pré-concebida da sociedade em relação à imagem dos homens e mulheres influenciou o estilo de vida dos gêneros, fazendo com que a mulher por ser vista como um ser frágil buscasse mais cuidados com a saúde do que homem, que era visto como um ser forte capaz de superar todos os males.

Saúde significa o estado funcionamento normal do organismo. Ter saúde é viver com boa disposição física e mental, além destas disposições do corpo e da mente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) inclui na definição de saúde, o bem-estar social entre os indivíduos, podendo ser determinada pelo ambiente físico, social e econômico a que o individuo está exposto ou também pelo seu estilo de vida, isto é, pelos seus hábitos de alimentação entre outro. É possível relacionar saúde com diversos fatores, como por exemplo, raça, gênero, etnia, idade, entre outros.

Com base nisso podemos afirmar que além da saúde não estar relacionada apenas a fatores biológicos, mas também a fatores sociais e estilo de vida, as mulheres