Independência Financeira Através do Futebol
Por: Luciano Coimbra • 26/11/2018 • Resenha • 457 Palavras (2 Páginas) • 216 Visualizações
Faculdade São Francisco de Assis
Curso de Jornalismo - Seminário Especializado I
Luciano Coimbra
A independência financeira através do futebol.
O futebol é um dos empregos que mais bem pagam no país, mesmo que a economia nacional esteja em períodos de recessão. Mas a parcela de jogadores que conseguem atingir um nível de estabilidade financeira alta em âmbito nacional beira os 3 por cento. Uma segunda possibilidade que se apresenta aos jogadores brasileiros é atuar fora do Brasil, em países onde o futebol não tem tanta expressão, mas os aportes financeiros são bastante atraentes.
Sobre isso, o treinador Alexandre Gama, atualmente comandando o Chiangrai United FC, da Tailândia, nos conta que as vantagens financeiras de se trabalhar fora do Brasil são bastante generosas e acabam atraindo os brasileiros para o continente asiático. Em conversa com a produção, Gama afirma que “os valores pagos pelos clubes da Tailândia são muito atrativos. Não é fácil recusar uma proposta, principalmente quando a oferta contempla casa e carro inclusos. ”
Fica claro que as vantagens oferecidas pelos clubes asiáticos acabam seduzindo não só os brasileiros, mas também jogadores de todas as partes do mundo. Como exemplo, no clube treinado por Alexandre Gama, além de contar com cinco brasileiros, um dos goleiros é francês.
Conversamos também com o jogador Luciano Silva da Silva, zagueiro no Yuen Long, de Hong Kong e ele também nos relata as diferenças salariais do seu clube atual com relação ao que recebia quando atuava no Brasil. Ele destaca que “ as diferenças salariais é que motivam os jogadores brasileiros a virem atuar em Hong Kong e na China. A adaptação aos costumes daqui acabam sendo um fator que dificulta um pouco, mas a questão financeira fala mais alto. “
Para ilustrar a situação dos estrangeiros em Hong Kong, no clube onde Luciano atua, além dele, compõem o elenco outros cinco brasileiros e um húngaro.
Olhando esses fatores, a exportação de atletas a cada janela de transferências acaba sendo inevitável. Os clubes brasileiros não possuem o poder financeiro que os clubes estrangeiros têm e tornam-se reféns das investidas dos estrangeiros.
É a maneira que os jogadores encontram de construírem um patrimônio que possa sustentar outras gerações e também tragam uma estabilidade financeira para quando suas carreiras chegarem ao fim. Ambos os entrevistados demonstraram vontade de retornar ao Brasil, mas não veêm isto como uma possibilidade próxima. Pensam em continuar atuando por mais alguns anos longe de sua terra natal até que tenham condições satisfatórias do ponto de vista econômico.
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