Filosofia da comunicação - Resenha crítica: O dia que durou 21 anos
Por: Gabriel Heitor Alves • 11/8/2018 • Resenha • 393 Palavras (2 Páginas) • 415 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO: GRADUAÇÃO EM JORNALISMO (Bacharelado)
TURNO: MATUTINO | 2017.2
Componente curricular: Filosofia da Comunicação
Docente: Solange Maria Norjosa Gonzaga
Discente: Gabriel Heitor de Morais Alves (172270081);
Resenha crítica: O dia que durou 21 anos
O dia que durou 21 anos é um documentário nacional do ano de 2012, escrito e dirigido por Camilo Galli Tavares. Com 77 minutos de duração, foi ao ar nos cinemas em março de 2013, e também na TV, segmentado em 3 episódios de 26 minutos cada.
É uma das poucas obras audiovisuais a explorar de forma sucinta, completa e objetiva, alguns pontos bem específicos dos interesses políticos que marcaram o período ditatorial no Brasil.
Vencedor de 3 prêmios internacionais e 1 nacional, o documentário se diferencia por dar destaque a um tema pouco abordado nas produções que o antecederam: o envolvimento dos Estados Unidos da América no golpe militar de 1964, que instauraria um período caótico de 21 anos de duração na nação brasileira.
Com uma estética bem particular, O Dia que durou 21 anos traz uma espécie de curadoria de arquivos, contando com documentos não mais secretos da CIA, áudios originais da Casa Branca e entrevistas de figuras que viveram a ditadura militar.
O enredo traz à tona personagens pouco explorados na cinematografia brasileira, como o professor de Harvard e embaixador norte-americano no Brasil Lincoln Gordon e também rostos mais do que conhecidos em âmbito mundial, como os presidentes Kennedy e Lyndon Johnson e mostra justamente como esses grandes nomes do alto escalão articularam a saída do então presidente do Brasil, João Goulart.
O documentário busca evidenciar que os militares não fizeram nada sozinhos, mas sim, com apoio e financiamento americano. O estigma de que o Brasil poderia ceder ao comunismo, e até mesmo ser a “nova Cuba”, abalava escancaradamente os interesses políticos dos Estados Unidos e a trama que conta com imagens em computação gráfica, arquivos históricos e uma trilha bem marcada de suspense, narra os movimentos americanos na defesa de seus interesses.
O Dia que durou 21 anos é, sem dúvidas, uma das melhores obras sobre o assunto, e é recomendável a todos os públicos que desejarem informações mais consistentes sobre o período. É curto, fácil de assistir e repleto de informação. Uma aula de história da melhor forma: com dados para comprovar.
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