Resenha Filosofia e Ética
Por: Rebeca Reis • 22/6/2015 • Resenha • 574 Palavras (3 Páginas) • 1.614 Visualizações
Resenha de Filosofia e Ética – Aluna: Rebeca Reis
Texto: Introdução do livro Filosofia e Ética na Administração.
O texto lido aborda uma questão bastante comum que é sempre questionada pelos alunos de Administração: por que tenho que estudar Filosofia? De maneira bem direta o autor logo aponta dois problemas básicos que se mostram como barreiras para a existência da disciplina no curso: a resistência dos alunos e a dificuldade de se encontrar professores adequadamente preparados para ministrar a disciplina.
É interessante observar as colocações do autor, considerando que o programa de Filosofia num curso mais “prático” é sempre visto com maus olhos, tendo em vista que a disciplina já causa certo estranhamento entre os alunos. De modo geral consideramos a Filosofia como uma disciplina mais lúdica, em que a necessidade de abstração é maior e, como ela exige um pouco mais de paciência e esforço para ser estudada, o aluno opta por deixa-la de lado.
Devemos frisar que o autor aponta que um programa de Filosofia para o curso de Administração “não deve ignorar seu público-alvo e ser todo elaborado como se procurássemos formar um grupo de filósofos”. Como ele mesmo diz, a filosofia deve ser a ponte que permite a relação entre disciplinas aparentemente diferentes. Além desse fator, o professor deve possuir uma gama maior de conhecimentos para que ele possa interagir de uma maneira melhor com os alunos.
O texto basicamente nos mostra que o administrador é aquele que tem a capacidade de perceber a organização em sua totalidade e que ele necessita da filosofia para desenvolver sua capacidade de perceber o todo e melhor direcionar a tomada de decisões. Apesar de muitos subestimarem o estudo da filosofia, “alegando” que as outras ciências seriam capazes de substituí-la, o executivo que está inserido no mundo globalizado precisa ampliar seus horizontes deixando de lado as questões técnicas e privilegiando as intelectuais.
É importante que os professores trabalhem em cima da resistência dos alunos. Cabe ao exercício de sala de aula trazer à tona essa resistência e questionar o porquê de sua existência. Muitos alunos confessam que entendem, mas não compreendem um texto, porém sabendo da dificuldade, muitos preferem não se empenhar e dizer apenas que o “problema é do texto”. Infelizmente, num curso mais prático observamos uma espécie de homogeneização do pensamento, na qual normalmente os discursos seguem o mesmo padrão. Muitos alunos quase não desenvolvem suas habilidades intelectuais e isso é prejudicial, pois gera pessoas intelectualmente superficiais.
É claro que devemos observar que o cotidiano de um aluno de Administração é bastante agitado, tendo em vista que muitos trabalham, fazem outros cursos e especializações. No entanto essa justificativa não deve ser a muleta em que muitos se apoiam para se convencerem de sua passividade intelectual. Qualquer estudo exige muito esforço para que haja progresso, e para isso tudo é necessário paciência.
Enfim, para que os alunos possam progredir na disciplina o autor aponta que eles devem ter participação ativa, muito esforço, paciência e mestres que os guiem na direção correta, na qual se desenvolvem ao invés de estagnar. Deve-se ler e reler textos e permitir que os estudantes construam respostas a partir deles próprios. Podemos pensar que a aplicação da Filosofia na Administração tem por objetivo fazer com que a Administração tenha um reflexo de si, de acordo com o texto, a fim de estuda-la de modo mais crítico e menos dogmático.
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