Mulheres no cenario esportivo
Por: Camila Anjos • 4/6/2015 • Artigo • 643 Palavras (3 Páginas) • 307 Visualizações
O CENÁRIO DAS MULHERES NO JORNALISMO ESPORTIVO:
Quebrando o preconceito
Camila Moreira dos Anjos
Larissa Barreto de Amorim Ribeiro
RESUMO: O artigo apresentado é um estudo sobre a presença da mulher jornalista no telejornalismo esportivo brasileiro. Procuramos pesquisar a participação feminina como âncoras e repórteres nos programas esportivos. O problema encontrado era se as mulheres continuam atuando apenas em alguns papéis no jornalismo esportivo devido ao preconceito, sendo valorizadas apenas pela beleza, ou se conseguem expressar suas opiniões neste contexto .A investigação do problema mostrou que as mulheres possuem pouca representatividade em matérias sobre esporte, mas conseguem espaços na apresentação deste gênero, lendo textos prontos, os programas esportivos, em sua maioria, continuam a acentuar a distância da mulher e do esporte, valorizando o fator feminino da beleza e definindo limites até onde as mulheres podem chegar para falar, entender e opinar sobre esporte.
Palavras-chave: Mulher; Esporte; Jornalismo; Preconceito
1 DEFINIÇÃO DO TEMA: Existem várias profissões “dominadas” pelos homens, as mulheres que exercem essas profissões acabam passando por situações em que não são respeitadas da mesma forma que um profissional do sexo masculino. A descriminação apesar de ter diminuído, ainda existe. Isso é evidenciado por toda situação em que uma mulher é tratada como “frágil demais”, chamada de “queridinha”, ou pior, quando deixa de receber uma tarefa para que um homem possa realizá-la. Um exemplo pesquisado foi o da Silvia Garcia,” uma das primeiras mulheres a entrar para o jornalismo esportivo, contou que, em sua época, o preconceito e o machismo eram ainda mais evidentes e agressivos. Chegaram a oferecê-la dinheiro e joias; “vou me segurar para não citar nomes, porque todos eles são bem conhecidos, da mídia ou do setor em que trabalhavam”, disse ela. Também mencionou o quanto era constrangedor o assédio que sofria pelos jogadores de futebol, principalmente porque ainda era obrigada a encontrá-los novamente, afinal, fazia parte de seu trabalho. Foi então que a jornalista levantou a questão de como é complicado para a mulher reagir a essas situações de desrespeito, sem prejudicar sua carreira profissional. “Você faz cara de paisagem? Ou dá uma resposta e corta ele? Mas ai você não pode mais cobrir o cara. Você vai fechando portas ou se faz de cega, surda e muda?”. (Http://www.casadosfocas.com.br/jornalismo-esportivo-tambem-e-lugar-de-mulher/). Várias jornalistas acabam desanimando, porem o ideal e lutar por aquilo que se acredita e quer realizar, pois a competência é o elemento mais essencial em uma profissão e não o sexo. E apesar dos preconceitos, existem vantagens em ser uma jornalista no meio esportivo, um exemplo que pode ser dado e que são tão poucas, que elas acabam ficando conhecidas facilmente. Iremos utilizar autores como Stuart Hall, um dos teóricos das Escolas Inglesas dos Estudos Culturais, utilizaremos como base o livro A Identidade em Questão com o argumento principal de que as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até aqui visto como um sujeito unificado. A assim chamada "crise de identidade" é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social. Faremos uma ligação entre a nova identidade e as mulheres no cenário do jornalismo esportivo.
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