O Livro reportagem e sua forma ao expressar emoção
Por: Beatriz Chaves • 13/9/2017 • Dissertação • 2.031 Palavras (9 Páginas) • 316 Visualizações
O livro reportagem e sua forma ao expressar emoção
O novo jornalismo veio quando o perfil-jornalístico começou a aparecer, pioneiramente com o jornalista Truman Capote, ao fazer a reportagem-perfil do ator Marlon Brando, primeira vez também na revista New Yorker.
O objetivo é dar um foco imaginativo da reportagem de forma lírica e literária. A observação e transmissão dos fatos relatados pelos jornalistas e escritores do gênero que empregam é uma das regras desse estilo de reportagem.
Que logo foi aderida pelos livros. Uma forma bem amigável, intimista de contar todos os relatos de um acontecimento. Mas de primeira seriam as pessoas a serem observadas e descritas para que possam saber que não é apenas uma pessoa que pensa algo sobre um determinado assunto. Pois se ele também é vivido por outra pessoa que seja bem vista na sociedade.
Um famoso que sempre aparece bem em filmes e programas de teve. Tem seu perfil traçado por um jornalista que deseja fazer então um perfil-reportagem, adere os passos do entrevistado. Tenta entender como pensa e então relatá-lo em forma de poesia.
Seria uma visão bem tranquila e amigável do Novo jornalismo e da forma que ele é levantando para criar grandes livros reportagens.
As regras do novo jornalismo não são apenas observar e obter o máximo de informação possível do seu personagem, apenas aproveitar as melhores partes. As partes que fazem crer que o entrevistado, observado, sinta-se bem com o resultado. E isso é muito comum nos perfils que são escritos.
Repórter-escritor, eram chamados os jornalistas que adotavam esse estilo e que faziam da notícia algo muito mais além do que se vê. Muito mais além que algumas palavras escritas sobre o observado. Exploravam a sensibilidade do estilo próprio ao transmitir a notícia.
Dessa forma o jornalismo criado por esses jornalistas está ligado ao surgimento da contracultura no Estados Unidos. A presença na mídia e de expressões como o idealismo racional tinha a exacerbação poética presente. Adquirindo feições do discurso crítico e que veio intervim no social e na política. Acompanhado de rebeldia a contra os discursos da então narrativa midiática presente nos veículos de comunicação.
O jornalismo passa a ter noções que é necessária uma crítica a massa, buscava a ideologia correta entre aqueles que traziam apenas a notícia de forma imparcial. Mas nem sempre era assim. Suas matérias criam e criavam opiniões a favor e contra muitos, normal, mas muitas vezes de forma parcial.
Novo jornalismo trouxe grandes mudanças para toda imprensa que estava em seu meio de divisão integral entre a literatura, escritores que virão jornalistas e de jornalistas que viram escritores. Todas as fases do jornalismo foram bem intensa e aceita por grandes partes da população.
A chegada da internet trouxe avanços e dificuldades para a periodicidade dos jornais diários. Já não se cabia uma reportagem sobre algum acidente ou assassinado de forma lírica. A veracidade é a chave da nova geração que é adotada pela sociedade.
O New Jornalism ganhava espaço em pequenos lugares nos jornais e sucessivamente nos portais. Crônicas, artigos e até algumas reportagens nas vias impressas, enquanto as notícias factuais, do momento e que precisavam chegar mais fácil ao seu leitor eram mais aceitas no online.
Os blogs não muito aceitos no meio jornalístico, surgiram por volta dos anos 2000 e quiseram abordar uma forma mais expressiva, mostrando a sua opinião sobre os assuntos que eram comentados na mídia tradicional. Os escritores desses portais de opinião enxergar que é uma forma diferenciada de colocar o jornalismo. Mas o foco deles era muitas vezes para o sensacionalismo, da opinião contrária e também para boicotar alguém.
Não querendo deixar o assunto sobre os blogs e seus escritores. Eles tiveram e tem grande parte importante na nossa mídia. Influenciam da mesma forma que um jornalista, trazem para o público o que eles desejam saber e conseguem expressar a sua opinião. Claro que é mais focado no seu público-alvo.
Mas o que queremos colocar é que o Novo jornalismo ele foi muito bem aceito não só apenas em algumas áreas, que até hoje prevalecem, no jornalismo impresso e sucessivamente para a internet. Mas que ele na sua forma fez o jornalismo ser mais humano. Observar os personagens e aprofundar suas expectativas sobre ele, contar seu mundo e aproveitar para mostrar o lado humano de uma pessoa é incrível.
No mesmo momento em que a abordagem para essas reportagens. O livro-reportagem até então não encarado pelos jornalistas. Um livro que contasse mais que um simples fato, mas toda a história de um acontecimento.
Os livro-reportagens de toda a história do jornalismo, começa simplesmente da vontade de uma jornalista querer abordar de forma mais concreta, as cenas das matérias que lhe foram colocadas em sua responsabilidade.
Agregar características da literatura sobre os fatos reais é observar que poderia ser uma nova prática para o texto jornalístico. A intensão era que a pessoa pudesse adentrar nos pensamentos e então extrair toda a experiência para a imprensa. Com uma mistura depois de ficção com o real.
Isso acontecia e acontece muito. Baseado em fatos reais, são formas de alertar a pessoa sobre o que ela está prestes a ler. Mas os livros-reportagens não são bem assim. São cheio de fatos reais, de experiências vividas e de fases incríveis descritas pelo profissional. Ele que em muitas vezes está presente nas tragédias. Nos acontecimentos sujos que encontramos na nossa sociedade moderna.
O Novo jornalismo é apresentar todas as informações capturadas pelo jornalista. Descrever todos os pontos, todas as informações necessárias. Ele descreve situações, cenas, personagens e suas roupas. Cada expressão facial de um criminoso ou de uma vítima. Consegue interpretar cada movimento observado. Muitas vezes pode ser confundido como ficção pela sua riqueza de detalhes. Uma invenção de quem escreve.
Inventar citações, personagens e criar cenas não é jornalismo, é literatura! Literatura com ficção e com grandes emoções. Mas o novo jornalismo estava voltado para um gênero literário e não jornalístico. Seu maior defeito foi crer que poderia trazer essa forma de escrever poética e cheio de informações detalhadas para o jornalismo e querer que seus praticantes não se limitarem apenas à adoção de alguns recursos estéticos.
O movimento começou a perder importância por causa da força alcançada pelo jornalismo investigativo, especialmente após o Caso de Watergate e sucessivamente pelo jornalista Janet Cook, que perdeu seu prêmio Pulitzer ao
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