Projeto Integrado Multidisciplinar

Tucumã-PA, 20 de março de 2023

Prezado Francisco,

Espero que esta carta o encontre bem. Gostaria de conversar com você sobre a atuação da polícia em relação às pessoas de classes sociais mais baixas.

Tenho percebido que você é favorável à atuação ofensiva e agressiva da polícia, alegando que essa é uma forma de proteger os cidadãos de bem. No entanto, gostaria de alertá-lo contra a injustiça praticada pelos policiais ao dispensarem um tratamento indigno a pessoas que pertencem a classes sociais mais baixas, não tendo a possibilidade de defender-se e fazer valer seus direitos.

Como você sabe, muitas pessoas de baixa renda, que vivem em comunidades pobres, favelas e periferias, são frequentemente submetidas a abordagens violentas, prisões arbitrárias e até mesmo a tortura. Isso é uma violação dos direitos humanos e da justiça social. Muitas vezes, essas pessoas são vistas como suspeitas pela polícia simplesmente por causa de sua aparência ou por estarem em lugares que são considerados "perigosos". Isso não pode ser tolerado em uma sociedade justa e igualitária.

Ao não reconhecer a dignidade e a humanidade que atribuímos a nós mesmos e aos outros, ao não tratar as pessoas como iguais em direitos, rompemos eticamente com elas e com os grupos a que pertencem. Precisamos lembrar que todos os cidadãos merecem o mesmo tratamento justo e respeitoso pela polícia, independentemente de sua classe social.

Por isso, gostaria de convidá-lo a refletir sobre essa questão e a considerar a importância de combater a injustiça praticada pelos policiais contra as classes baixas. É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a formação e treinamento adequados para os policiais, a garantia de condições adequadas de trabalho e a punição para aqueles que violam os direitos humanos.

Espero que possamos conversar mais sobre isso pessoalmente em breve. Fico à disposição para discutir mais sobre esse assunto a qualquer momento.

Atenciosamente,

Gabriel Victor Ribeiro Pereira