Resenha Crítica - Marilena Chauí
Por: luiz.panozzo • 23/11/2015 • Artigo • 869 Palavras (4 Páginas) • 554 Visualizações
RESENHA CRÍTICA – O QUE É IDEOLOGIA? (Marilena Chauí)
LUIZ FELIPE PANOZZO – 3º Ano de Jornalismo
O MEU IDEAL E O DISCURSO DELE COM O MUNDO
A ideologia é algo que não se compara a história. Muito pelo contrário, ela move a história, por isso não pode ser comparada. Quem lê o livro O que é Ideologia da Marilena Chauí. Em base do livro, temos a ideologia como a gênese das ideias. Apresentada como o campo da organização sistemática do conhecimento, é de onde nascem então, as teorias. É a ideologia - e depende do tipo de ideologia, é que nos faz pensar, criticar, analisar, observar.
Mas dentro dessas funções, a ideologia é mais conhecida por ser o fator pensante que nega os acontecimentos e conceitos impostos, sendo assim, o motor da história geral, tal qual Marx a coloca. Dizer então que ideologia e negação estão atreladas não é equívoco. Ela ilumina o ser para que tenha ou não consciência do discurso a ele proposto.
E aqui entro na discussão necessária. Se a negação é o fundamento da história e seu avanço, quer dizer, que o fundamento da história está nos discursos. Já que nossa disciplina se dispõe com esse nome “Análise do discurso”, quais são os ensinamentos que Marilena nos traz, ao tratar a ideologia, no campo do discurso.
Primeiro é interessante e conveniente comentar as visões de dialética que conseguimos encontrar através da leitura. Ela, a dialética, é a teoria, e o discurso tratamos como a prática. A dialética surge quando a teoria é posta em dúvida. A preposição é negada e começamos a ideologar, se assim posso dizer. Ideologar por que a negação aqui aparece. E esse fato de não ideologar os conteúdos referentes ao discurso é a minha maior crítica ao texto.
Construindo essa imagem de que a história se olharmos para trás, se desenvolve com as negações, não temos bons horizontes. Conversando com as últimas gerações, é possível identificar a pequenez do interesse por não contradizer. É fácil dizer que é radical quando as redes sociais são radicais. Mas ser radical para si mesmo, analisando de forma crítica seu próprio discurso – que por muitas vezes é mentiroso e falsificado para si mesmo, isso não é tratado como motor da história. Grande e ledo engano social.
O ser humano, radical ou não, tem em si faculdades mentais que o permitem criticar ou apenas voltar atrás, e rever além de conceitos (sob os quais a sociedade está se embasando a todo instante, cobrando de cada um dos seres um conceito sobre cada problema da vida).
A dialética do que eu sou pode cuidar daquilo que o homem não tem dado conta, que são os seres que não conseguem dialogar, quem dera discutir. A falta de conteúdo de muitos retira da sociedade o direito de discutir seu futuro e as decisões políticas se fecham no campo da prática, onde o problema está na forma de governar, e não analisado anteriormente, como um problema ideológico, de bases sobre a verdade da política. Ou seja, não saber ou ignorar a verdade sobre a arte de governar é o que faz dos governos, lugares de corrupção e de passagem de tempo com segurança financeira.
Esse período de uso da dialética, segundo a visão da ideologia, faz voltar a origem do homem. Voltar a sua construção racional, considerando-o como um ser pensante, capaz de criar conhecimento a partir de questionamentos. Uma síntese, que é o conjunto inicial e de base da dialética. Mas será que esse grupo de homens pensantes tem feito jus a suas características?
O que é ideal nos parâmetros atuais pede muitas vezes que o homem pensante, haja da forma pensante numa visão da ideologia capitalista vigente. A globalização comercial, de moda e de modo de vida, faz com que o ser acabe somente consumindo o pensamento colocado anteriormente por alguma agência ou por um grupo separado de pensadores.
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