A Defesa de Sócrates
Por: Lucas Lucena • 12/5/2016 • Resenha • 370 Palavras (2 Páginas) • 1.045 Visualizações
Sócrates foi responsável pela sua própria defesa diante do tribunal ateniense. Ele é acusado pelos Sofistas de corromper os jovens e negar a existência dos Deuses.
Durante sua defesa, ele relata um episódio em que Querofonte, um amigo e discípulo, tendo perguntado ao oráculo do templo de Delfos quem era o homem mais sábio da Grécia, ela havia respondido ser Sócrates.
O filósofo, diante dessa revelação e por não se considerar um homem sábio, saiu a questionar os poetas, os políticos, os artífices e oradores para verificar se de fato ele era o homem mais sábio. Por meio de suas perguntas e utilizando o método da ironia e da maiêutica ele colocava seus interlocutores para avaliarem se de fato estavam a pensar sobre o que defendiam. O filósofo chegou à conclusão que aqueles que supunham ser sábios, na verdade não tinham sabedoria. Logo o conhecimento humano não abarca todos os problemas da sua existência e nem a existência das coisas, pois é limitado. Em vista disso, Sócrates afirma que verdadeiro sábio é aquele que reconhece sua ignorância, pois compreende que o conhecimento pleno é uma qualidade dos Deuses e não confere ao homem saber tudo.
Ao longo de toda a sua defesa Sócrates faz uso de seu método, a ironia, para esclarecer que as acusações sobre ele não eram verdadeiras. Ele questionava seus acusadores com a intenção de refutar seus argumentos e provar que eram falsos. A finalidade do seu método não é deixar o interlocutor embaraçado, mas levá-lo a examinar os seus pensamentos e abandonar o que for ilusório. No diálogo, para se defender da acusação feita por Meleto, que o acusava de negar a existência dos Deuses, Sócrates coloca o argumento feito por Meleto em discordância ao afirmar que seria impossível não acreditar nos Deuses e acreditar nos demônios. Seria como acreditar nas coisas humanas, mas não nos homens.
Sócrates graças a suas ideias ganhou a admiração de muitos, inclusive a dos jovens que o cercavam, os mesmo eram por meio dos métodos socráticos instigados a questionar, analisar e, sobretudo pensar. Mas suas discussões incomodavam os poderosos, por colocar em dúvida os costumes, a tradição e o modelo de sociedade estabelecido naquela Grécia e isso comina na sua morte.
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