A MODERNIDADE LIQUIDA
Por: Imperium St • 15/9/2021 • Dissertação • 396 Palavras (2 Páginas) • 139 Visualizações
Vivendo ou sobrevivendo?
Será que a modernidade, a tecnologia e a internet tem mesmo sido algo bom para nós? Será que tudo aquilo que aprendemos um dia ainda existe? Estabilidade, segurança, referencial, durabilidade... tudo isso ainda é válido? Atualmente, vivemos numa sociedade onde a internet potencializa em nós um extinto de competição, velocidade, medo, incertezas e necessidades que antes passavam desapercebidas por nós, fomos arremessados num mundo competitivo onde precisamos ter metas, carreira, estabilidade, onde o medo e a insegurança fazem morada.
Será que ainda temos tempo para refletir? Pensar? Avaliar a fundo o que realmente queremos ou temos apenas que nos conformar com aquilo que a sociedade liquida atual quer que aceitemos?
Vivemos numa sociedade onde tudo é consumismo, inclusive para se sentir aceito em um meio. Quando a modernidade sólida vai perdendo espaço, a racionalidade entra com força criando uma espécie de sistema onde as nossas antigas certezas já não existem mais. Isso se estende a várias áreas da nossa vida, inclusive nossas relações sociais, que se tornaram distantes, baseadas em conexões via redes sociais, onde o que importa são os números e a superficialidade, essa tal superficialidade encaixa-se também a relacionamentos amorosos que podem ser desfeitos rapidamente, onde busca-se apenas prazeres momentâneos e rápidos, banalizando algo que é tão lindo e intenso como o amor.
Como se não bastasse a fase em que estamos vivendo, o Covid não tem sido a única doença que está matando, a vida em sua liquidez, tem trago consigo o fugaz das emoções e dos relacionamentos; egoísmo e narcisismo dominam o indivíduo, estamos na era do estresse, do rápido, e do tecnológico e com certeza sem tempo para refletir sobre a finitude da vida.
Alguns transtornos mentais como a depressão, fobias, pânico, psicoses e ansiedade tiveram aumentos assustadores nos últimos tempos, inclusive nos índices de suicídio.
A origem dessas neuroses está na desestabilização das emoções onde o princípio da dor supera o princípio do prazer no funcionamento psíquico e a saúde mental está intrinsecamente ligada a tolerância a frustração tão rara nos dias atuais.
Bauman em seu livro, já dizia “o demônio mais sinistro do nosso tempo” quando se referia ao mundo líquido e ele tinha razão, pois nesse mundo, a única sensação que temos é de que tudo é absolutamente nada e de que a vida atual por mais que alguns aspectos pareçam bons, na verdade, não passa de uma ilusão.
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