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A Questão Da Liberdade

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Por:   •  9/12/2014  •  590 Palavras (3 Páginas)  •  321 Visualizações

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A liberdade é uma qualidade do ser humano adquirida após ter passado por nebulosas sombras pela escravidão física e espiritual, onde através do medo foram desenvolvendo inteligência imaginativa, repleta de fantasias com intuito de explicarem as forças assombrosas da natureza, originando assim o mito. O mito teve a função de explicar a realidade não compreensível para o homem. Nesta época, a liberdade não era algo questionável, porque o homem aceitava o poder da natureza como dominante. Após o surgimento da filosofia até à nossa atualidade, o mito e a razão têm uma convivência harmoniosa. Para Pinho a liberdade indica um estado, uma qualidade da pessoa humana, ele cita Bobbio (1997) que trata a liberdade com relação ao tema Igualdade e Justiça onde fala que “liberdade é o valor supremo do indivíduo em face do todo, enquanto a justiça é o bem supremo do todo enquanto composto das partes”.

Muitos pensadores chegaram a inúmeros conceitos sobre liberdade. Esses pensamentos iniciaram com os gregos que voltaram o desenvolvimento do homem para as forças da natureza. Pinho cita que a mais significativa manifestação da importância da razão humana encontra-se em Sócrates que concentrou seu interesse ao homem atingindo sua essência: a alma. Pinho cita também Platão que concebe o homem como alma e corpo, onde fala que a verdadeira liberdade será a alma se libertar do presídio do corpo. Pinho lembra também da concepção aristotélica onde a liberdade é o princípio que o homem possui para optar entre múltiplas possibilidades. Pinho chega à era medieval onde Santo Agostinho apresentou os conflitos da verdade em termos preciosos. Cita ainda a explicação que possibilitava, segundo Santo Agostinho, o homem a converter os valores autênticos e imutáveis a efêmeros: “A razão conhece, mas a vontade escolhe”. Na modernidade a questão da liberdade começava a inquietar o homem, vindo a liberdade a surgir da razão que questiona o mundo que até então já estava totalmente descoberto. Pinho cita Descartes onde justificou a liberdade dentro da corrente filosófica empírica que é a fonte do conhecimento negando as verdades acabadas, dando crescimento à ciência experimental, portanto, à liberdade. Já para Sartre, citado por Pinho, ser livre é estar lançado no mundo, responsável por tudo aquilo que se faz.

A história do ser humano é uma história de luta pela liberdade e é simultânea com a história das privações da mesma, mostra as diversas faces da liberdade, segundo Pinho. Para Pinho a existência humana e liberdade são inseparáveis. Pinho ressalta que os filósofos do século XXI colocaram a ideia de que o indivíduo não deveria estar subordinado a qualquer finalidade alheia ao seu próprio crescimento ou felicidade e, que, na metade desde mesmo século e início do século XX revelaram a tendência para a liberdade humana em sentido mais amplo, não só de todas as classes sociais, como dos próprios objetivos. Para Pinho a verdadeira liberdade consciente na atividade espontânea da personalidade integrada a sua totalidade, implicando na realização da pessoa em sua plena afirmação de sua personalidade.

A liberdade foi e sempre será questionável por todo ser humano, pois sempre existirá algo a ser questionado, sendo um direito de todos, sem exceção. Na atualidade a luta para a liberdade abrange também contra a miséria, o desemprego dentre outras.

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