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A Sociedade

Por:   •  20/11/2018  •  Resenha  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  149 Visualizações

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Sociedade

 Os animais apesar de viverem em grupos e se organizarem através das repartições de funções, não apresentam características suficientes para a formação de uma sociedade, esta é exclusividade do homem.  O homem na busca da felicidade empenha esforços  permanentes com o intuito de satisfazer aos seus interesses, que na maioria das vezes  depende de uma atividade coordenada de vários homens.  Esse engajamento coletivo, coordenado, regulado por um conjunto de normas e objetivando um determinado fim, caracterizam uma  sociedade.

A doutrina não é unânime quando  trata da origem da sociedade, alguns estudiosos defendem que ela é  fruto da natureza humana , enquanto outros sustentam que ela surge da própria vontade humana, cumpre dizer que  a corrente que prevalece é a da sociedade natural.

Dentre os pensadores que defendem a ideia de sociedade natural , destaca-se  Aristóteles , que afirma que para poder desenvolver-se o homem necessita relacionar-se constantemente com outros homens, sendo eminentemente um ser social. Na idade média corroborando com as ideias de Aristóteles,  Santo Tomás de Aquino  afirmava que o homem é altamente  social e politico, e que a sociedade representa para o homem um elemento vital para a sua sobrevivência, pois é através do convívio em sociedade que  o homem encontra a satisfação das suas necessidades e a proteção dos seus direitos e bens.

Platão , em sua obra A republica, em posição contraria a corrente que defende a “sociedade natural”, faz  referencia a organização social criada racionalmente pelo homem, e não em razão de um simples impulso natural. Já Thomas Hobbes, em sua obra O Leviatã, defende a ideia de que o homem primeiramente vive em estado de natureza, representando neste estado uma verdadeira ameaça para outros homens, pois o extinto e a paixão tomam conta do seu ser, tornando-o egoísta e agressivo.  Hobbes afirma que nesse estado de natureza “ o homem é lobo do próprio homem”, capaz de desencadear uma verdadeira “guerra de todos contra todos” . Portanto o estado de natureza é um estado de guerra, uma vez que cada individuo se sente dono da razão, poderoso, temido ou, ao contrario, traído, desrespeitado. Esse ambiente de total insegurança faz com os homens acabem se associando em busca de proteção, o que vem a ser o contrato social, resultante da vontade do homem e consiste na transferência de direitos. Passa-se então do estado de natureza para o estado social em que a razão supera a paixão, sendo imprescindível para a vida em sociedade o estabelecimento de leis, estas objetivam o convívio harmônico, trazer segurança e  celebrar a paz.

Vale ressaltar que para Hobbes a sociedade nasce com o Estado, o governo existe para manter a paz, pois sem ele o homem volta ao estado de natureza.

Em  suma , resta dizer  que a sociedade é fruto da natureza humana do homem, atrelada a participação da vontade e da inteligência humana.  Ela necessita , para existir , da convivência pacifica de seus membros, que so se faz possível mediante a implementação de normas sociais que garantam os direitos e deveres de cada um.

Toda sociedade é composta de elementos materiais (homens e base física), formais ( normas jurídicas, organização e poder)  e finalísticos ( bem comum, progresso, a cultura entre outros ).

Dentre os tipos de sociedade a mais difundida é a familiar, é tida por natural pois o nascer nesta ou naquela família não é um ato de vontade. A sua finalidade é a reprodução da espécie, embora não deixe de ter fins afetivos, assistenciais, educativos e até mesmo econômicos.

Apesar de vir historicamente perdendo a importância, sobretudo pela redução das suas dimensões, a família ainda é, no mundo moderno, a entidade em que se dá por excelência,  a socialização do homem pelo aprendizado dos seus valores e das suas regras fundamentais.

O fenômeno associativo institui entidades com fins e formas dos mais variados, neste tipo de sociedade o homem agrupa-se para realizar tarefas econômicas, culturais, recreativas, religiosas, esportivas, etc. algumas tem dimensões muito pequenas, outras transcendem o limite do próprio Estado.

Outro tipo de sociedade é a religiosa, nela o homem busca seu aperfeiçoamento e desenvolvimento espiritual, todavia é uma sociedade involuntária, ou seja, seus integrantes participam dela por compulsão.

As sociedades contigentes são aquelas que podem deixar de existir a qualquer tempo, por esse motivo alguns autores preferem denomina-las meras associações. Temos como exemplos: sociedades econômicas, filantrópicas e esportivas, nascem de um ato voluntario do homem .

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