A Sociedade Anônima
Por: 19941410 • 25/6/2017 • Trabalho acadêmico • 883 Palavras (4 Páginas) • 269 Visualizações
Acredita-se que as grandes navegações, despertaram a necessidade de
maiores investimentos econômicos, pois, quanto maior o número de
investidores, mais recursos se tinha a disposição, culminando no aceleramento
e crescimento da produção, bem como, na circulação de bens.
No decorrer dos anos, as sociedades anônimas, ajustaram-se as
transformações, estabelecendo seus mecanismos de atuação, ou seja, as
empresas se baseiam na lucratividade, tendo seu capital dividido em ações e a
responsabilidade de seus sócios (acionistas) limitada ao preço da emissão das
ações subscritas ou adquiridas.
São companhias que nasceram para atender as expectativas de
crescimento econômico de seus investidores, estes eram
estimulados a investir capitais financeiros na sociedade
empresarial, para que, todos juntos, formassem um grande
empreendimento (SANTOS, 2007).
Há duas características, fundamentais da sociedade anônima que atraem
os investidores, constituindo elas, como sendo de limitação da responsabilidade
e negociabilidade da participação societária. E por tais, particularidades, se tem
um protecionismo no patrimônio pessoal.
A regulamentação das sociedades anônimas no Brasil, está condicionada
em regra na lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das S/A), existindo uma
estrutura fixa. Deste modo, SANTOS (2007), esclarece que “seu capital é
formado exclusivamente por ações, que são, em regra, negociáveis entre os
acionistas ou entre os interessados em participar da companhia, ou seja, a
participação do sócio ou acionista se dá através da subscrição ou aquisição de
ações”, o art. 1º da referida lei, é bem objetivo e claro ao tratar deste assunto,
não deixando, margem para interpretações diversas, quando limita a responsabilidade dos acionistas, até o preço das ações adquiridas por cada um
dos membros, refletindo a autonomia patrimonial.
A sociedade empresarial, tem a possibilidade de adotar a natureza jurídica
contratual, compreendida como sendo, aquela formada, pela união e vontade
dos sócios, concretizada no contrato social e fundamentada no direito contratual,
e sua aplicabilidade. E ainda, a institucional, cuja característica, presente é a
igualdade de interesses dos sócios, porém, não seguirá as condições do direito
contratual, e sim, o regimento do estatuto social.
A fim de resguardar e impedir que as atribuições da sociedade anônima,
favoreçam determinados grupos de pessoas, a Lei das S/A estabeleceu
mecanismos, de proteção, instituindo a criação de órgãos, e assim, de maneira
harmônica, beneficie todos os envolvidos na companhia.
Essa distribuição e separação de competências pelos diversos
órgãos necessários da companhia visa a garantir o seu normal
funcionamento e a tornar exequível o controle de legalidade dos
atos praticados por esses mesmos órgãos (SANTOS, 2007).
Os órgãos são divididos em Assembleia Geral, Conselho de
administração, Diretoria, Conselho Fiscal, Acionistas e Poder de controle, por
conseguintes, serão analisados:
• Assembleia Geral: é responsável pela reunião dos acionistas, tendo por
objetivo a tomada de decisões, com relação aos interesses da companhia,
são realizadas eleições, que definem o futuro e/ou destituem membros do
da administração e do conselho fiscal, existe a Assembleia Geral
Ordinária, que visa discutir matérias pré-estabelecidas anualmente, e a
Assembleia Geral Extraordinária, que pode ser convocada a qualquer
momento, afim de se discutir assuntos urgentes.
• Conselho de Administração: este é considerado um órgão facultativo,
tem a sua existência condicionada a sociedade dualista, ou seja, quando
além da assembleia geral, existe, o conselho de administração, com
poderes
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