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A Ética Utilitarista

Por:   •  23/6/2019  •  Artigo  •  709 Palavras (3 Páginas)  •  184 Visualizações

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Compare com os estudos anteriores, especialmente com a perspectiva

universalista da ética de Kant, que põe o dever como critério da tomada de

decisões.

A ética utilitarista surge em um contexto histórico diferente da ética

universalista, em um mundo não mais tão teocentrista. Enquanto a ética

universalista preza pelo bem comum, a ética utilitarista preza pela geração de

felicidade e pelo consequencialismo.

Kant explicava um ato como sendo ético a partir de sua intenção, não se

podia agir movido por emoções, sentimentos ou desejos, pois não são objetivos e

acabam por atrapalhar a universalidade. Os principais preceitos dessa corrente ética

eram:

Imperativo categórico : O ponto de partida nas tomadas de decisão não

pode ser empírico pois atrapalharia a universalidade. É o critério objetivo da

moralidade.

Princípio universal da moralidade kantiana : denota que o sujeito não pode

agir movido por emoções, sentimentos ou desejos, pois eles são subjetivos. Toda

ação deve ter o sentido de universalizar a atitude, se fazendo isso o ato não causa

problemas para a humanidade, o ato é ético.

Dever por dever : Toda ação realizada visando algum interesse próprio

(realização) não é ética.

Em suma, o sujeito não poderia ser ético agindo a partir de inclinações e a

busca pela universalidade era essencial. A ética utilitarista, por outro lado, se

preocupa com o mundo social e a interação entre os seres. Seu objetivo era criar a

maior felicidade aos indivíduos, sendo uma felicidade de mais qualidade a mais

visada. Seus principais fundamentos eram:

Consequencialismo : se considerarmos que o agir tem um início (intenção) e

um fim (consequência), o utilitarismo julga o agir como certo e errado através da

consequência/fim que ele obteve.

Quantidade de felicidade ou infelicidade produzida : O Utilitarismo

considera a ação certa se ela produziu como consequência a maior felicidade das

pessoas que estão envolvidas na ação;

Imparcialidade : A felicidade deve ser promovida de maneira imparcial; ao

agir é preciso produzir uma consequência que gere a maior felicidade para as

pessoas envolvidas de maneira imparcial, sendo que a felicidade das pessoas

possuem o mesmo valor.

Em síntese a perspectiva universalista diz que o fundamento das ações está

na prevalência do coletivo sobre o individual, e preza intenção. Já na utilitarista

aprendemos que é impossível agir e ser livre sem interferir no mundo e nas

relações, prezando pelas consequências e felicidade geradas através das ações.

Considerando o critério da utilidade é possível justificar o uso de

coisas, pessoas e animais como meio para atingir determinados fins?

Quando fazemos uma escolha levamos em consideração desejos e vontades

individuais e das pessoas que são próximas a nós. Exemplos são as relações

humanas: consideramos mais as pessoas que nos fazem felizes e estão de certa

forma ao nosso dispor. Pode-se também avaliar pelo tratamento aos animais:

...

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