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Critica a Moral

Por:   •  6/6/2015  •  Resenha  •  488 Palavras (2 Páginas)  •  2.340 Visualizações

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Critica a Moral

Para Nietzsche, a crítica à moral vai contra as normas criadas na modernidade, ele critica a tradição filosófica, religiosa e científica. Afirma que não existem princípios universais que possam orientar nossas ações sendo que cada indivíduo deve orientar suas ações segundo suas próprias convicções, e assim somente se poderá alcançar um nível de satisfação, o que indiretamente acabará por formar um ambiente social melhor desenvolvido. Não há uma verdade, pois existem diferentes perspectivas de análise do mundo.

A Vontade de poder é a base do pensamento de Nietzsche. Essa vontade é a afirmação do princípio da vida. A Vontade de poder é imprevisível e é um impulso em direção à saúde, à vida, ao desejo a partir das quais o ser humano se constrói. Os valores precisam ser criados, reavaliados, afirmados, pois eles não existem independentes do ser humano que os cria, “em si mesmos” ou “por si mesmos” como afirmava Kant.

Podemos perceber uma relação desse pensamento com o filme nas cenas em que os “guardas” deixavam de seguir as normas ditadas pelos “professores” e escondidos maltratavam os “presidiários”, escondidos para não descobrirem que estariam desrespeitando as normas, estavam orientando suas ações segundo suas próprias convicções. Porém isso acabou saindo do controle e o que era para ser somente um teste acabou resultando na morte de muitos.

Já Foucault ocupa-se em analisar as relações de poder e os modos como cada indivíduo se relaciona com as normas. Foucault analisa as relações entre “saber” e “poder”. Segundo ele, o problema é não só teórico, mas também histórico e metodológico: é necessário ver como este poder se exerce sobre cada indivíduo e sobre o coletivo, convertendo-se em um controle que fabrica indivíduos e impõe a todos um determinado modo de ser. Foucault ressalta como um corpo sofre vigilância e punição ao longo da história moderna e se questiona se é possível a constituição do sujeito frente à punição, à vigilância e ao controle. Com sua análise, o autor visa à possibilidade de transformação do mundo, tanto subjetivo quanto social. “O poder está em toda parte; não porque englobe tudo, e sim porque provém de todos os lugares” (FOUCAULT, 2007, p. 103). O poder, no pensamento de Foucault, não é uma instituição ou uma estrutura específica, mas é o nome dado a uma situação estratégica numa sociedade determinada.

O filme “A experiência” é uma amostra plena do pensamento de Foucault, onde em uma experiência foi colocado em questão o poder dos guardas, que deveriam impor ordem aos “presidiários”, e como cada um (presidiários) via e tratava as regras impostas por estes. Para os guardas havia o poder de ditar regras e para os presidiários a punição por não cumpri-las. O que acabou ocorrendo é que os presidiários ditaram suas próprias regras, sem receio da punição que poderiam sofrer, seguiram suas convicções, alguns acabaram sendo cruelmente punidos e até morrendo, porém quem acreditou em si e seguiu seus instintos acabou se salvando.

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