Critica a Moral
Por: LACastilhos • 25/11/2015 • Resenha • 342 Palavras (2 Páginas) • 391 Visualizações
Ao assistir ao filme e ler os textos de Nietzsche e Foucault, podemos relacionar aos fatos e acontecimentos de nosso dia a dia. Ambos os autores citados a cima defendem o “individuo livre”, ou seja, livre de falsos julgamentos morais impostos pela sociedade, sendo assim possível julgar suas ações coerentes com a situação devida.
No filme Detenção, nos noventa e cinco minutos onde um grupo de homens é trancado em um local para a realização de um experimento prisional, podemos notar a presença de diversos mencionados por Nietzsche e Foucault em seus textos. Um deles, é uma das preposições levantadas por Foucault; “Onde há poder, há resistência”. O dividir o grupo em prisioneiros e guardas, é preestabelecido que os detentos são subordinados aos guardas e devem acatar as ordens e regras por eles determinadas. Cria-se uma relação de poder e conflito entre os dois grupos. O poder transforma as pessoas, e no filme não é diferente. O grupo de guardas começa a tomar inúmeras atitudes agressivas e de abuso do poder; onde podemos ver outra preposição de Foucault: “O poder não é algo que se adquira, o poder é praticado a partir de inúmeros pontos e em meio a relações desiguais;”. Vendo a situação favorável em que se encontravam, os guardas tomam proveito da situação para impor seu “poder”.
Podemos perceber no filme, dois personagens distintos até momentos finais do longa metragem. O protagonista, com uma liberdade de pensamento, com uma determinação em seus pensamentos e incapaz de ver atos de excesso sem revoltar-se; e seu colega de sela, uma pessoa com o costume de obedecer e de seguir as regras, visando a preservação de si mesmo. Nesses dois personagens distintos, encaixasse os dois instintos retratados por Nietzsche, o “instinto de rebanho” onde as pessoas presa aos costumes e ao instinto de sempre obedecer; e o “instinto do espírito livre” onde o a liberdade e a autodeterminação são os preceitos básicos.
Para os autores, deveríamos reavaliar nossa sociedade e nosso modo de viver, reavaliando nosso conceito de moral e a origem de nossos valores.
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