Hannah Arendt
Por: Brenda Caniato • 23/4/2015 • Relatório de pesquisa • 455 Palavras (2 Páginas) • 645 Visualizações
Conhecida como a pensadora da liberdade, viveu as grandes transformações do poder político do século XX e é consagrada como um dos grandes nomes do pensamento político contemporâneo por seus estudos sobre os regimes totalitários e sua visão crítica da questão judaica. Hannah Arendt é hoje uma das mais citadas e lidas filósofas e pensadoras da história.
Sua infância foi marcada por terror e traumas, aos sete anos, Hannah perdeu seu pai, pouco depois, teve de conviver com conflitos da Primeira Guerra Mundial perto de sua casa. Ela foi educada de forma bastante liberal por sua mãe, que tinha tendências social-democratas.
Em 1924, Hannah foi para a universidade e passou a se interessar, por várias diferentes áreas da filosofia.
Com a ascensão do Governo Nazista e a privação de direitos e perseguição de pessoas de origem judaica na Alemanha a partir em 1933, Hannah tornou-se uma ativista política, pesquisando e escrevendo sobre a propaganda anti-semita e sendo, por isso, presa pela Gestapo (polícia nazista). Na prisão, ganhou a simpatia de um carcereiro que a libertou. Após a saída da prisão, Hannah decidiu emigrar para Paris, França, onde morou até o final da década. O regime nazista retirou a nacionalidade dela em 1937, o que lhe tornou apátrida.
Em Paris, trabalhou ajudando a resgatar crianças judias da Alemanha e a levá-las para o que viria a se tornar o Estado de Israel. Hannah foi levada para o campo de refugiados de Gurs, de onde fugiu e foi para Nova Iorque.
Arendt defendia um conceito de "pluralismo" no âmbito político. Graças ao pluralismo, o potencial de uma liberdade e igualdade política seria gerado entre as pessoas. Importante é a perspectiva da inclusão do “Outro”. As marcas deixadas pela ação de uma pessoa no mundo fazem com que este mesmo deixe seu nome guardado pela posteridade, por ter contribuído de alguma forma para a melhoria da vida de seus cidadãos, ou seja, o legado deixado pelas suas palavras, ações e obras.
No livro em que ela mostra a “banalidade do mal”, revela que um dos principais responsáveis pelo extermínio de judeus nos campos de concentração, Adolf Eichmann, não era um demônio e um poço de maldade (como o criam os ativistas judeus), mas alguém terrível e horrivelmente normal. Nesta obra, ela ainda escreveu que teriam morrido menos judeus no Holocausto se os Conselhos Judeus não tivessem colaborado, em diferentes níveis, com os nazistas. Essa afirmação gerou revolta no mundo judaico e fez com que acabassem as relações de Hannah com a comunidade judaica..
O trabalho filosófico de Hannah Arendt abrange temas como a política, a autoridade, o totalitarismo, a educação, a condição laboral, a violência, e a condição de mulher.
Hannah Arendt é uma das maiores, ou se não, a maior pensadora da História.
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