IDEIAS (E IMAGENS) SOBRE O HOMEM

IDEIAS (E IMAGENS) SOBRE O HOMEM

Homo vivens (vida): Por que – apesar de o fenômeno da vida ser dado como certo e óbvio – o significado de nossa existência (no mundo), a verdadeira natureza da vida e a sua origem são coisas muito complexas, obscuras e misteriosas?

O que é a vida?

(...) a vida é uma particular organização da matéria, discorridos em associações de átomos pertencentes a quatro elementos: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio; e estes são transformados em constituições orgânicas das células denominadas: carboidratos, gorduras, proteínas e os ácidos nucléicos, que conservam e transmitem o código genético (DNA), ainda deduzimos que o menor organismo vivente é a célula. (Mondin, 1980, p. 48).

O homem é homo vivens, ou seja, ele é humano enquanto é vivo. Apesar de o fenômeno da vida ser dado certo e óbvio, o seu significado, a sua verdadeira natureza e sua origem é complexo, obscuro e misterioso, pois não se tem nada de concreto para sua comprovação.

A pergunta quem somos e de onde viemos é um dos maiores mistérios que sempre intrigaram o homem ao longo de sua história.

O estudo da origem da vida segundo Mondin (1980) pode tomar três rumos diferentes:

• sob o prisma físicosomático (física anatômica, fisiologia, patologia, zoologia e paleontologia âmbito;
• sob  o âmbito antropológico, que  observa o homem sob o aspecto de sua origem histórica, etnológica ou cultural (psicologia e sociologia);
• sob o  rumo antropológico, que vê o homem do ponto de vista existencial ou filosófico.

Conforme Mondin (1980), para os vitalistas pode ser um fenômeno absolutamente originário, logo irredutível, para os mecanicistas um fenômeno derivado, que encontra na matéria todas as razões suficientes para o seu aparecimento.

Os povos da antiguidade para explicar a existência do homem e do universo, tinham teorias com fundamentos religiosos, filosóficos, ou até mesmo mitológicos.

Hoje para os cientistas a origem da vida é uma disposição complexa de certos tipos de moléculas.

Para os cientistas o problema da origem da vida tem quatro soluções: Criação direta por Deus, evolução segundo um plano estabelecido por Deus, geração por Deus, geração ou evolução por pura ação.

Do ponto de vista filosófico o princípio da vida é a alma, que tem origem do alto, mediante a ação de um ser inteligente.

Mas quem é esse ser inteligente? O Deus-Criador pode ser uma energia cósmica, uma inteligência superior. Como vamos saber? Não vamos...

Conforme Mondin (1980), “ainda é cedo para descobri-la, existem muitas coisas para estudar no homem antes de arriscar uma resposta para esse difícil problema.”.

Homo sapiens (saber): Em que medida o fato de o homem ser dotado de conhecimento lhe permite destacar-se de todos os outros seres que o circundam e superá-los imensamente?

O homem se destaca de todos os seres por sua capacidade de compreender, apreender e mudar o mundo em que vive a cada dia, ou seja, é um ser racional.

A razão é a de distinção de certo e errado e auxilia o homem no descobrimento das coisas, a criar, a destruir.

O homem tem a opção de escolher se faz ou não faz determinadas coisas, julgando, avaliando sugerindo e opinando sobre suas próprias ações Guardini citado por Mundim: “a autoconsciência é essência da verdade do ser do homem”.

O conhecimento sensitivo, segundo Mondin (1980, p. 63), “é obtido através dos sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar; estes, por sua vez, colhem materiais, reais ou aparentes, e os definem com singularidade, em partes ou num todo, especificando sua qualidade ou característica e reportando para sua finalidade”.

O filme a guerra do fogo retrata a evolução do homem e demonstra como ele se destacou dos outros seres. Ao tornar-se Homo Erectus viu-se com as mãos livres e pode usá-las para manipular as coisas, aprendeu a manipular instrumentos, a interferir no seu meio e a fazer, dentre outras coisas, o fogo. Ao tornar-se Homo Sapiens descobriu que poderia usar essa capacidade de manipulação para interferir no seu meio e aprendeu a diversificar os sons através das articulações. Pode então trocar informações entre os indivíduos.