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 O PROCESSO EDUCATIVO EM UMA SALA DE AULA DO BAIRRO DA LIBERDADE

Por:   •  8/6/2020  •  Resenha  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  247 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PEDAGOGIA/ LICENCIATURA EM LETRAS - INGLÊS

DISCIPLINA: ASPECTOS FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

PROFESSORA TUTORA:

TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: O PROCESSO EDUCATIVO EM UMA SALA DE AULA DO BAIRRO DA LIBERDADE

ALUNA AUTORA DA ATIVIDADE: FERNANDA DE A. S.

DATA: 18/05/2019

O presente relatório é uma síntese da observação de uma aula de Literatura em uma escola da rede estadual de ensino do Estado da Bahia e de uma entrevista com a professora da turma, com o objetivo de entender como ocorrem as interações entre alunos e professor, assim como entre alunos, e também compreender e discorrer sobre algumas práticas de ensino e o papel da educação e do educador na sociedade.

A observação deste relatório foi realizada em uma turma do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Tereza Conceição Menezes, na conhecida Ladeira do Curuzu, bairro da Liberdade, na cidade de Salvador, Bahia. O bairro é mundialmente conhecido como um dos bairros que possuem as maiores populações negras do Brasil e no qual surgiu a Associação Cultural Ilê Aiyê,  bloco de carnaval que cultiva as raízes africanas e que desenvolve trabalhos sociais de inclusão, que também buscam resgatar a autoestima do povo negro, a partir de ações afirmativas.

A professora observada e entrevistada, R. S., é bacharel em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas, e leciona na rede pública de ensino da Bahia há mais de vinte anos.

Durante a aula, foi possível observar a tentativa da professora em eliciar conhecimentos prévios dos alunos e provocar questionamentos aos mesmos. Tal processo aproxima-se da maiêutica socrática, interpretando-a como um processo capaz de trazer à luz “a verdade” por meio de perguntas destinadas a resgatar o que já é implicitamente conhecido.

Segundo a professora R., seu papel como educadora é construir pontes para acessar e desenvolver possibilidades para o conhecimento, atuando como mediadora. A mesma acredita que o educando já traz consigo algum conhecimento, não sendo uma “tabula rasa”, e escolhe métodos que estabeleçam essa interação de troca entre ela e seus alunos, provocando-os a participar desse processo de construção.

Sobre os métodos lançados para o acesso e troca do conhecimento pela professora R., ela cita inspiração em Piaget, pois acredita que é a interação com o meio que aciona os mecanismos de inteligência e constrói o sujeito. Cita também Paulo Freire e sua “pedagogia libertadora”, que traz a educação como fomentadora da autonomia do sujeito, tornando-o capaz de construir seu próprio destino, extraindo de si mesmo competências e desenvolvendo habilidades.

O relato da professora R. sobre não considerar seus alunos “tábulas rasas” vai realmente ao encontro das ideias de Freire, que atacou o que chamava de “educação bancária”, sistema que criticava por tratar o educando como uma “conta vazia” a ser preenchida pelo conhecimento transmitido professor. Segundo o ele, tal sistema transformava os

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