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O Theodor Adorno

Por:   •  17/7/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.152 Palavras (9 Páginas)  •  141 Visualizações

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Theodor Adorno

Theodor Adorno foi um filósofo, sociólogo, musicólogo e crítico musical alemão.

Também foi um dos maiores críticos da degradação gerada pelo capitalismo em nome das forças que mercantilizam a cultura e as relações sociais.

Para Adorno, a psicologia precede a política. Seu foco não recai tanto sobre os aspectos econômicos do capitalismo, pois está interessado nas configurações culturais que esse possibilita.

Dessa maneira, Adorno foi um dos fundadores da famosa "Escola de Frankfurt", junto a nomes como Herbert Marcuse, Jürgen Habermas, Max Horkheimer e Wilhelm Reich.

Recebeu muitas influências de pensadores como Hegel, Marx e Freud, bem como de Lukács e Walter Benjamin, com quem conviveu.

Vale destacar que Adorno acreditava que a cultura possuía uma missão mais nobre, tal como os intelectuais, únicos capazes de modificar a sociedade

Biografia

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Nascido em Frankfurt, Alemanha, no dia 11 de setembro de 1903, Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno foi privilegiado por pertencer a uma família culta.

Seu pai, Oscar Alexander Wiesengrund, era negociante de vinhos e sua mãe, Maria Barbara Calvelli-Adorno, foi uma cantora lírica.

Ela e sua meio-irmã Agathe foram as responsáveis por despertar o gosto musical de Theodor.

Entre 1918 e 1919, foi aluno de Siegfried Kracauer e, posteriormente, frequentou o Kaiser-Wilhelm-Gymnasium.

Teve aulas particulares de música com o compositor Bernhard Sekles. Neste período publicou dezenas de artigos sobre crítica e estética musical.

Ingressou na Universidade de Frankfurt em 1920, onde estudou Filosofia, Musicologia, Psicologia e Sociologia, formando-se 1924.

Neste mesmo ano, Theodor Adorno e seus colegas fundam o “Instituto de Pesquisas Sociais”, mais tarde conhecido como “Escola de Frankfurt”.

Em 1925, Adorno vai para Viena, Áustria, com o intuito de estudar composição musical com Alban Berg.

No ano de 1933, publica sua tese sobre Kierkegaard. No ano seguinte, é obrigado a fugir do regime nazista, devido sua ascendência judaica e seu alinhamento socialista.

Foge para Inglaterra, onde irá lecionar Filosofia em Oxford. Em 1938, se exila nos Estados Unidos, onde irá estudar a mídia estadunidense, devido ao fascínio e repulsa que sentiu ao conhecer a cultura de consumo da Califórnia.

Foi convidado por seu amigo Max Horkheimer para lecionar na Universidade de Princeton. Posteriormente, é indicado para auxiliar na direção do Projeto de Pesquisas sobre Discriminação Social da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

No ano de 1953, volta a residir em Frankfurt, onde se torna Diretor-Adjunto do Instituto para Pesquisa Social, em 1955.

Morre no dia 6 de agosto de 1969, em Visp, na Suíça, devido a problemas no coração.

Principais Ideias

Adorno considerava a sociedade enquanto objeto e abandona a ideia de produção cultural autônoma em relação à ordem social vigente.

Por sua vez, sua perspectiva está embasada na Dialética de Hegel, apesar de divergirem em alguns pontos.

Com isso, critica o Positivismo Lógico e a Razão Instrumental, pois estes não aceitam a dualidade existente entre o sujeito e objeto.

Por outro lado, Adorno admite a presença do irracional no pensamento, do qual as obras de arte são um grande exemplo. Elas são um reflexo mediado do mundo real, expresso por uma linguagem (artística).

As obras de arte são capazes de abranger todas as contradições que a linguagem conceitual não alcança. Isso porque elas buscam uma correspondência exata entre a palavra e o objeto.

Por este motivo, a obra de arte representa uma verdadeira antítese da sociedade. Ela (a arte) é a própria aparência do real pela sua diferença (dialética) em relação à realidade.

Principais Obras

  • Dialética do Esclarecimento (1947)
  • Filosofia da Nova Música (1949)
  • Teoria Estética (1970)
  • A Indústria Cultural - o Iluminismo como Mistificação das Massas (1947)
  • Crítica Cultural e Sociedade (1949)
  • Tempo Livre (1969)
  • Minima Moralia (1944, 1945, 1946 e 1947)

Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt foi uma escola de pensamento filosófico e sociológico, filiada ao Instituto de Pesquisa Social, que nasceu como um projeto de intelectuais vinculados à Universidade de Frankfurt.

A Teoria Crítica foi o elo conceitual que uniu os intelectuais da Escola de Frankfurt, criando uma nova interpretação do marxismo, da sociologia e da política no início do século XX. Participaram da Escola de Frankfurt intelectuais como Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Erich Fromm, Walter Benjamin e Jürgen Habermas.

Contexto histórico do surgimento da Escola de Frankfurt

A ascensão da União Soviética como potência socialista começou no século XX. O marxismo era fortemente debatido na Europa, sobretudo após a Primeira Guerra Mundial. Alguns intelectuais defendiam a aplicação de um marxismo puro nos governos; outros, de ideias marxistas propostas por reformas de base, mas sem extinguir o capitalismo; outros, ainda, eram totalmente contrários ao socialismo, comunismo ou qualquer ideia de inspiração marxista.

Também existiam aqueles que defendiam uma nova interpretação das ideias de Marx, mais adaptadas à realidade do século XX. Estes últimos contemplam os intelectuais da Escola de Frankfurt, que, com base em uma Teoria Crítica da sociedade, reuniam elementos marxistas com uma crítica a diversos aspectos do cotidiano social europeu do século XX, mais tarde criticando sobretudo o nazifascismo da Alemanha de Hitler e o fascismo da Itália de Mussolini.

A Escola de Frankfurt e a Teoria Crítica surgiram após a Primeira Semana de Trabalho Marxista, um evento organizado por Félix Weil. A intenção do evento era buscar uma nova interpretação do marxismo, mais pura e fiel às ideias de Marx e com possibilidade de aplicação no cenário do século XX. Como resultado dessa semana, foi criado o Instituto de Pesquisa Social, que obteve o patrocínio de Herman Weil, pai de Félix Weil e um milionário alemão que ganhou muito dinheiro com o plantio de cereais na Argentina.

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