Resumo do texto gorgias
Por: Juarez Henrique • 10/12/2018 • Abstract • 1.501 Palavras (7 Páginas) • 168 Visualizações
O texto “Górgias” se encontra no livro “Diálogos”, de Platão, e tem como personagens: Górgias, Sócrates, Polo e Cálicles. O diálogo é ambientando na casa de Cálicles, sendo objetivado por Górgias, que, em primeiro momento, se compromete a responder de forma clara e direta quaisquer dúvidas e questionamentos que fossem indagados por Sócrates, de forma clara e direta, como o mesmo preza que os discursos sejam feitos. O texto é iniciado com Sócrates tentando entender a arte no qual Górgias domina, a arte da retórica, buscando assim classificá-la entre todas as artes já existentes, porém, os questionamentos ao fim vão se desenrolando entres diversos outros assuntos, ao incluir Polo e Cálicles nos debates.
Antes mesmo do protagonista do texto, Górgias, começar a ser interrogado, Polo entra em um debate com Sócrates, tentando responder suas complexas perguntas que o mesmo faz sobre a arte da retórica. Polo responde que a retórica se encontra entre as mais nobres e belas artes, Sócrates, não satisfeito com sua definição, inicia então um debate com Górgias, o qual se gaba, com certa arrogância, de dominar essa arte como ninguém mais. Górgias, após ser lembrado de sua promessa de responder o que quer que lhe fosse perguntado, denomina a retórica como a arte dos discursos, e que a mesma tem como um de seus objetivos, a formação de excelentes e justos oradores. Sócrates o indaga sobre as demais artes em que também estão presentes os discursos, sendo rebatido por Górgias, ao dizer que, diferentemente das outras artes, a retórica não diz respeito aos trabalhos ou práticas manuais.
Sócrates, ainda não satisfeito com as respostas obtidas, tenta desmembrar, junto à Górgias, todas as propriedades da retórica. Górgias, então, responde à uma série de questionamentos feitos de forma mais direta, e começa, primeiramente, afirmando que a retórica trata, única e exclusivamente, dos negócios humanos, a denominando, em concordância à Sócrates, como, a mestra da persuasão, dando, assim, liberdade e poder ao orador que se utiliza da mesma. Logo após, Sócrates indaga a Górgias à que espécie de persuasão se trata a retórica e de que forma a mesma se manifesta, Górgias o responde que é a persuasão que se exerce nos tribunais, se tratando, também, do justo e do injusto.
Começa a seguir, o debate entre a relação de retórica, crença e conhecimento. Sócrates afirma que crença e conhecimentos são coisas que se distinguem, ao impor que existem crenças falsas e verdadeiras, porém o mesmo não acontece com o acontecimento, que seria absoluto. O mesmo sugere a existência de duas espécies de persuasão: a persuasão que é fonte da crença sem conhecimento, e a que se trata apenas do conhecimento, sem crença. Górgias responde que a retórica se vale da crença, e não do conhecimento, e que a mesma desperta a crença no justo e no injusto nos tribunais e assembleias, deixando-se a entender que entre os ignorantes a retórica se torna mais eficaz do que ao redor de detentores de conhecimento, por isso a mesma se relaciona diretamente com a crença. Diz Górgias, que diferentemente das outras artes, a retórica não deve ser utilizada em busca de fama, pelo contrário, usada apenas de forma justa, como qualquer outro gênero de combate.
Górgias é contradito por Sócrates ao afirmar que a retórica é sempre justa, porém que seu mau uso é possível, porém, logo após, afirma que os oradores da arte da retórica são incapazes de cometer qualquer injustiça. Para que o diálogo continue e não se torne inconclusivo, Górgias admite por fim a contradição existente em seu discurso. Polo então se revolta com o acanhamento de Górgias em discordar de Sócrates, o acusando de rusticidade e manipulação, ao fazer com que a conversa chegasse a tal ponto.
Começa então um diálogo entre Sócrates e Polo. Como primeiro pedido, Sócrates pede que Polo não seja prolixo e não se estenda mais que o necessário em suas respostas, perguntando, então, se o mesmo se compromete a responder qualquer perguntar que o for dirigida, porém, Polo concorda em ser o condutor das perguntas, e não o perguntado, como anteriormente. Sócrates, ao ser perguntando o que seria a retórica para ele, responde que a mesma é fruto de uma rotina, para gerar prazer e satisfação, e que a mesma está longe de ser arte, pois se trata apenas de uma atividade que necessita de um sagacidade, ferocidade e disposição para lidar com os homens, sendo assim o simulacro de uma parte da política. Polo argumenta de que os oradores são detentores de grande poder, pois detêm o conhecimento e a habilidade de persuasão, sendo assim poderosos, fato novamente rebatido por Sócrates, que afirma que não são poderosos se não podem ser injustos, pois assim estão inaptos de fazer o que bem entendem, necessitando, obrigatoriamente, serem pessoas justas e do bem. Porém em casos de injustiça, os oradores devem preferir ser punidos e pagar por suas injustiças do que saírem impunes, pois só assim seriam felizes, já que cometer injustiça e não ser punido seria o maior mal em importância existente. Sócrates diz também que o maior dos males se torna, então, o ato de cometer uma injustiça, e não sofrer a mesma.
Entra Cálicles no debate, ao revoltar-se com a forma em que Sócrates estava levando o debate, acusando Polo de ter incidido no mesmo erro que Górgias, ao ser obrigado a contradizer-se,
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